Quando se fala em Japão, pensamos na tecnologia, na movimentada Tóquio e na tradição de seus templos históricos. Mas lá também há uma faceta rural, que não é muito diferente do que conhecemos sobre o ambiente rural.

Essa simpática divertida história sobre a vida interiorana segundo a perspectiva de personagens infantis/pré-adolescentes está de volta mantendo todos os elementos que mantem o clima agradável da obra. Tudo parece estar do mesmo jeito, mas o tempo avança sem parecer que está andando.

A animação continua sob os cuidados do estúdio Silver Link (Bofuri, Hamefura), com a direção de Shinya Kawatsura, que dirigiu as temporadas anteriores e o filme da série. A qualidade técnica se manteve, o que é um bom sinal. Mesmo não sendo um anime tecnicamente acima da média, ainda assim é uma série bem produzida.

Como não é recomendável viajar durante essa tenebrosa fase de pandemia, rever os lindos cenários de Non Non Biyori é como viajar sem sair de casa. Por falar em cenários, o foco neles continuam. É como se eles fossem um “personagem”, algo que não está ali apenas para decoração, mas como parte importante do anime.

A essa altura da história, as personagens principais dispensam comentários longos. E por falar nelas, a Renge, que é uma das personagens mais simpáticas (ao meu ver, pelo menos) teve bastante destaque nesse episódio de estreia. A Natsume continua cheia de energia e perturbando suas amigas.

Komari, como sempre, reclamando de sua irmã mais nova, com certa razão. Hotaru mantem a serenidade que lhe dá fama de garota madura  e continua sempre vigilante para não mostrar seu lado mais infantil. Mesmo com todas as precauções, a mesma ainda comete algum deslize.

Mesmo sendo uma personagem de apoio, a professora é quase um símbolo da tranquilidade e da vida sem grandes preocupações. O aparente marasmo do lugar é convidativo a um delicioso cochilo, que pode durar horas, ou a contemplação da paisagem.

A inserção de uma nova personagem (Akane) foi interessante para “movimentar” o episódio. Ela é tem uma personalidade introvertida, mas que gostaria de fazer amigos. A interação com a Renge não foi exatamente da forma que ela gostaria que fosse.

Claro que a diferença de faixa etária entre as duas personagens “atrapalha” um pouco, embora não seja um grande empecilho. Espero que a nova personagem possa interagir com as demais garotas do elenco principal, que têm ou a mesma idade ou uma idade aproximada.

A singela “musica do sapo” transmitiu com a sua melodia toda a calmaria do anime. Se você chegou até a terceira temporada, não há motivos para abandonar a atual. Nossas divertidas personagens continuarão nos mostrando que existe diversão no lugar onde parece que o tempo parece andar vagarosamente, quase parando.

Por fim, vale ressaltar como é bom ver o aprendizado da Renge, que não sabia tocar flauta, mas aprendeu neste episódio. Para uma criança, qualquer aprendizado é como se fosse uma grande descoberta. A personagem, sem dúvida, é uma daquelas crianças que aprendem as coisas muito rápido. Característica essa que a torna uma das personagens mais interessantes da série.

Obrigado a todos que chegaram até aqui, e até o próximo artigo!

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