Back Arrow – Convicção é poder – Primeiras impressões
Back Arrow já começa com ação e uma ação cheia de informação. Importante para toda história que se baseia em tantos elementos diversos como é o caso de Back Arrow. Há muitas formas de se passar informações, a mais simples delas foi a que o anime escolheu. Apenas diga as coisas com clareza e tudo está resolvido. Claro que ser expositivo sempre tem os seus problemas mas é um recurso tão útil que toda obra utiliza-se dele em diversos momentos.
Back Arrow é uma daquelas típicas histórias de fantasia com ação, aventura e um vasto mundo. Então já pode esperar por um grande continente divido em reinos e poderosas nações que se espalham pelos quatro cantos da terra.
A história se passa em Lingalind, nela há duas poderosas nações que lutam entre si numa batalha não apenas bélica como também entre seus ideais. A República de Rekka acredita acima de tudo na honra e bravura de seus guerreiros. São os mocinhos, é claro. Por outro lado temos a Supremacia de Lutoh que se orgulha de sua própria inteligência. Já para eles sobrou o papel de vilões.
Mais a distante dessas terras e reinos há algo que circunda todo o mundo conhecido. Uma grande parede que estabelece as fronteiras do mundo conhecido ao mesmo tempo em que suas muralhas são como os braços de uma mãe que se enrolam sobre o seu querido filho em um caloroso abraço sem fim. Amor de mãe, imponência de pai e presença divina. De fato, a parede é vista quase como uma divindade.
Essa parede manda uma vez por mês para aquelas terras algo que eles chamam de Rakuho. Dentro de um Rakuho se encontram objetos raríssimos que não existem dentro daquele mundo, algo que eles chamam de “Bind Warpers” e que são itens capazes de trazer à tona os Briheight. Muitos nomes para o seu gosto? Também acho, mas fica fácil lembrar quando os entende.
Esses Briheight são armaduras gigantes que se manifestaram de diferentes formas, se distinguindo umas das outras de acordo com quem as utiliza. Um Briheight surge da convicção do usuário, sua aparência é baseada nessa convicção e suas habilidades são decididas em decorrência dela. Mas resumindo, são mechas.
Tudo bem, vamos para a história agora. Como eu disse só deveria acontecer de cair um Rakuho por mês. Mas por algum motivo logo após a queda do primeiro caiu um segundo logo em sequência. Este último atingiu as terras ao sul onde se encontra um vilarejo isolado. Lembra das disputas entre os dois reinos? Então, essa é uma terra neutra que não é influenciada nem por um e nem por outro. E nessa vila isolada é onde os nossos personagens principais são apresentados.
Um grupo que logo de cara gostei bastante, todos foram do meu agrado. Os quatro são bem carismáticos, cada um à sua própria maneira. Todos são membros daquele vilarejo com a exceção do protagonista que é um apátrida. Ele chegou até aquele vilarejo ao mesmo tempo que o Rakuho, mas não por coincidência. Ele veio dentro do Rakuho! Mas então, quem raios ele é? Nem mesmo o próprio sabe a resposta. O ponto todo é que ele não tem memórias a não ser do fato de que veio de além da muralha.
O lugar que todos acreditavam ser o final do mundo foi de onde ele disse ter vindo. O lado de lá da muralha cuja existência nunca sequer foi considerada por ninguém antes. Lógico que ninguém o levou a sério no início e quem sabe nem mesmo depois. Mas após ele salvar o vilarejo do ataque de um Briheight de Lutoh pelo menos a gratidão daquele povo ele conquistou. O motivo desse ataque já ficou claro se você conseguiu juntar as peças. Os Rakuhos guardam itens úteis para a soberania daquelas nações e um deles acabou de cair naquele vilarejo.
Vilarejo esse por sinal bem peculiar, não que o mundo inteiro seja diferente. O anime apresenta logo de cara uma coleção de combinações dissonantes. Muitos animes com variedades ainda menos combináveis já tivemos tanto o prazer quanto o desprazer de ver, mas não deixa de ser um ponto a ser comentado.
No vilarejo nos lembramos logo do faroeste, os reinos nos lembram da China medieval, a gigantesca influência da cultura japonesa é inevitável, tecnologia futurista e os robôs gigantes então são a cereja do bolo. Uma fantasia que mais parece uma mistura de elementos aleatórios batidos em um liquidificador. Isso é Back Arrow.
A história tem tanto elementos interessantes como alguns bem desnecessários. A parte visual eu tanto gostei de algumas escolhas quanto desgostei de outras. O mesmo vale para a animação que tem seus bons e maus momentos. Mas em momento nenhum é incrível.
A direção conta com nada mais nada menos do que o diretor de “Code Geass”, o que é um grande sinal de qualidade. Outro nome conhecido é a cantora LiSA, cuja abertura do anime “Dawn” é de sua autoria. Já o encerramento se chama “Sekai no Hate” de Shuka Saitou, que além de cantar já teve alguns trabalhos como dubladora. A título de curiosidade, a Watanabe de “Love Live! Sunshine!!” é dublada por ela.
Falando sério agora, não achei o episódio ruim mas também não conseguiu me empolgar. É um daqueles típicos animes medianos que raramente passam do “legalzinho”. Isso se o anime não piorar, é claro. Mas quem ficou curioso sempre pode conferir com os próprios olhos. Até mais.