Digimon Adventure (2020) – ep 33 – A luz que eu sempre busquei
O último dos escolhidos se encontrou com o seu digimon, demorou trinta e três episódios mas aconteceu. E não é qualquer digimon, é um digimon sagrado. Não foi fácil encontrá-la e ainda mais difícil tirar ela de onde estava, mas agora tudo está resolvido. Agora a Tailmon também faz parte do grupo.
A situação era bastante tensa e toda a aura do episódio foi muito mais carregada e nebulosa do que o normal. A reunião daqueles digimons parecidos com aliens até fazia parecer que aquele era um acontecimento de importância universal, como se o destino do mundo estivesse a ser decidido naquele momento. E de fato estava, o renascer do Millenniumon não só deve ser um momento decisivo como provavelmente o ápice de todo o anime de Digimon Advanture (2020).
É claro que evitar que isso aconteça é algo de tremenda importância, mas ainda assim o grande motivador desse episódio foi sem dúvidas a Hikari. Ela e o próprio DarkKnightmon seriam sacrificados para a ressureição do Millenniumon. Salvar a vida de sua irmã era o que motivava o Tai. Porém havia uma outra motivação oculta nesse episódio, a motivação da própria Kari.
Ela se arriscou porque sabia que lá encontraria alguém que sempre esteve destinada a encontrar. Note que os digimons sempre tiveram essa conexão com os escolhidos, porém com a Kari essa conexão é mútua. Ela sempre esteve conectada com aquele mundo, diferente dos outros escolhidos que só o conheceram quando esse mundo os chamou.
Mas indo agora até o campo de batalha, não tinha como Digimon deixar de fazer cenas grandiosas outra vez. Na verdade dessa vez o anime soube se conter, essa batalha teve dimensões muito menores e suas cenas foram muito mais simples e objetivas do que o esperado.
Lembremos que além do destino de todo aquele mundo estar em jogo ainda tínhamos o grande vilão do arco atual no meio disso tudo. Seria isso um problema? Nesse caso acho que está mais para um grande acerto. O que eu gostei dessa escolha é que ela permitiu ao anime dar foco na coisa mais importante: a própria Hikari.
Então o anime pode fazer uma excelente introdução para essa personagem tão aguardada que é a Tailmon e me deixar de fato curioso tanto para o seu papel na história como para o rumo que a história tomará. Uma coisa que me desagradava era como o anime tentava ser épico e fazer um episódio mais grandioso que o anterior enquanto negligenciava o básico e o simples. De forma alguma estou dizendo para o anime se transformar em outro, apenas gostaria que ele soubesse manter o equilíbrio enquanto ainda continue sendo aquilo que é.
A cena da conclusão foi muito bem feita, outra vez com a cena belíssima de transformação do WarGreymon, auxiliado com uma belíssima trilha sonora. Aliás, a trilha sonora que eu mesmo cheguei a contestar nos primeiros episódios hoje sou obrigado a exaltar. Claro que sempre vou sentir falta da trilha sonora espetacular do anime antigo, mas é inegável os méritos do reboot nessa área.
Estou animado para o futuro do anime então aqui gostaria de esclarecer os meus problemas com o anime. Acho que o anime carece de momentos de paz, aqueles instantes de contemplação tão importantes para uma história de fantasia.
A interação entre os personagens também, eles são tão numerosos e carismáticos que é um desperdício não deixá-los brilhar. E por fim a interação com o próprio mundo e o aprofundamento em sua história. Esse último ponto nós tivemos nos episódios passados, gostaria de ver mais dos outros pontos também.
O vilão dos últimos episódios foi finalmente derrotado, eis uma oportunidade para apresentar novos e os desenvolver corretamente. Além das muitas informações e palavras, tipo “FAGA” que foram ditas nesse episódio e parecem ser um indício de uma nova trama a ser desenvolvida. Enfim, foi um bom episódio e se o anime souber aproveitar os próximos tem tudo para serem ainda melhores. Até mais.