Mais um episódio legal de Neverland, mas dessa vez com menos o que comentar até por se tratar de apenas um episódio.

Foram três artigos duplos consecutivos, ufa, agora que o anime se encaminha para o final vou me esforçar para manter os artigos em dia.

É hora de Batman vs Superman: A Reta Final de Neverland no Anime21!

Peter Ratri é um personagem do mangá e nem é um spoiler o que vou escrever a seguir, ficou fácil de deduzir pelo que foi mostrado dele.

Diferente do Minerva, ele não quer ajudar os humanos no mundo dos demônios, é o contrário, usa e abusa deles na instituição Lambda, um verdadeiro antro para experimentos humanos de diversas ordens. O Norman foi uma dessas cobaias e vimos um pouco de seu tempo lá.

Felizmente, não tentaram explicar como ele escapou, não acho que era preciso e com certeza não havia tempo. O importante foi ver a forma como os humanos eram tratados e quais foram os primeiros passos de seu plano de fuga.

Ele começou fazendo um aliado, analisou as características do entorno e só depois agiu. Pelo tempo que passou longe da Emma acredito que ele tenha passado mais tempo na Lambda do que pareceu.

Antes de sair, ficou claro como a saúde dele estava fragilizada, mas não lembro de tê-lo visto tomando comprimidos ou com medicação por perto, então não posso afirmar que seja por eles que ele tenha acabado assim.

Mas ao que tudo indica é por isso também, afinal, ele não havia melhorado em comparação a sua fragilidade quando criança? Além disso, seus companheiros não são todos mazelados porque eram cobaias?

Enfim, algumas coisas que comentei no artigo passado se confirmaram e gostaria de falar um pouco de uma delas mais a frente. Antes disso, foi só impressão minha ou não foi muito conveniente o verdadeiro “amuleto da sorte” que a Mujika deu a Emma e fez com que se reencontrassem?

E não foi só isso, a cruel coincidência da neta do velinho que ia ao templo ter o mesmo nome da heroína fez Neverland parecer coisa da DC.

Apelar ao emocional do Norman com isso, como se tentar matar uma criança já não fosse o suficiente, não me convenceu, diria até que foi desnecessário.

Aliás, por que ele precisava ir até a cidade em meio ao caos para matar demônios com as próprias mãos? Que coisa mórbida. Ele não pensou que ver de perto muito provavelmente mexeria com seu emocional? Não dava para se conter?

Não deu, mas tudo bem, sei que dá para colocar um pouco disso na conta do quão contraditório é o ser humano. O que não dá para entender é a ideia de matar com as próprias mãos, me parece um risco que ele não precisava e não deveria correr de forma alguma.

Quanto ao que eu havia escrito antes e se confirmou, foi bem bobo ele fazer pose e falar sozinho em voz alta, mas o que pensou não foi bobo de forma alguma.

Aliás, de novo ele e a Emma não se equivaleram um pouco nesse episódio? Ficou evidente o que o Norman está tentando fazer, que é deixar o mundo o melhor possível para as pessoas que ele ama nem que ir a extremos para isso, a mesma coisa que a Emma fez ao atrair a atenção do demônio gigante.

A diferença é que um segue um caminho praticamente suicida, até porque já vai morrer mesmo, e a outra não.

Antes de chegar ao clímax do artigo, gostaria de elogiar a trilha sonora, que adornou bastante a reta final do episódio, a animação, que fora o CG tem sido boa apesar dos problemas que animadores têm relatado, e a direção em si, que continua fazendo um trabalho competente, ainda que o roteiro não a tenha ajudado tanto nesse episódio.

As saídas narrativas foram simplórias, mas a direção se esforçou para fazê-las parecerem razoáveis, na medida do possível.

Enfim, o Norman hesitou e era esperado que assim o fizesse, ainda mais depois da “coincidência” com o nome da Emma, a observação das desgraças familiares que se espalhavam por toda a cidade e a chegada de seus amigos.

Se ele não hesitasse agora o personagem se perderia na vilania, mas não acho que seja essa a proposta aqui, só que também espero que ele não mude de ideia tão “fácil”.

Não que tudo que aconteceu possa ser considerado pouca coisa, mas como a Emma bem observou, o Norman está escondendo algo e o que ele está escondendo não é pouca coisa.

Como o anime só tem mais três episódios se for para ele mudar de ideia e cooperar com a Emma imagino que isso ocorra “já” no próximo episódio, eu só espero que não ocorra de prontidão. Nem deve, afinal, seria burrice não aproveitar a cena para investir forte no drama.

Por fim, apesar das ressalvas, ainda gostei do episódio, mas ele foi só okay. Os acontecimentos poderiam ter sido menos decididos pela coincidência e conveniência, além de que, para alguém que paga de Light Yagami, o Norman foi burro.

Ele ser irracional no olho do furação é compreensível, mas é exatamente por ser que deveria ter evitado e não pareceu preciso que estivesse ali na praça para ser induzido a questionamentos sobre os próprios planos.

Por outro lado, sei que essa hesitação dele era necessária para trazer um pouco mais o personagem a luz e deixar ainda mais claro o quanto tudo está sendo extremamente pesado para ele.

O que pega para mim é a maneira como se chegou até esse ponto, não o resultado, o qual não me surpreendeu, mas também não é como se precisasse. Repito, não há muito tempo e dentro desse tempo Neverland tem sobrevivido como é possível, dignamente, diga-se de passagem.

Até a próxima!

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