Se nessa reta final de Log Horizon alguém queria tensão, ideias interessantes e ação, se sinta realizado porque isso é o que esse arco promete, e o décimo episódio veio para começar essa imersão na batalha contra o gênio Ereinus – e sabe se lá mais quem. É chegada a hora de apostar nos times da segunda divisão e dados os acontecimentos recentes, tem gente que já parece mais do que pronta para herdar o manto de seus mestres.

Antes eu estava achando que os problemas viriam com tudo, então me surpreendi que mesmo com lutas ocorrendo, a direção tenha controlado o pé do acelerador, mantendo a atmosfera de perigo sem depender tanto da movimentação. Por um instante, confesso que me preocupei dessa escolha afetar o andamento e consequemente as cenas ficarem muito enroladas, ou sem trazer qualquer novidade a luz, porém saio contente de ter me enganado.

Algo que eu acho bem legal desse chefão, é justamente a forma como ele aproveita suas habilidades e as brechas concedidas pelo jogo, pois do mesmo jeito que essas brechas beneficiam os aventureiros, elas podem beneficiar um gênio inteligente e bem munido.

Um inimigo como ele é necessário para criar mais dificuldades, tornando a vida dos guerreiros impossível, o que foi bem explorado em todos, mas principalmente através da Takayama e do Isaac – que são excelentes lutadores e já estão fora de combate.

Quando anunciaram a chegada dele e as possibilidades do que poderia acontecer, imaginei que essa criatura apenas reduziria os grandes ao seu nível, sem causar muito estrago para além disso, então ver o vilão superar as expectativas é maravilhoso, vindo daí o espaço que os outros vão ganhar – que é praticamente obrigatório nesse caso.

Fico curioso para saber se os aventureiros veteranos conseguirão se unir, para conter ao menos o avanço dos monstros menores, já que querendo ou não, essa batalha é de uma escala que os meninos não darão conta tranquilamente, fora que ainda não se sabe quais as penalidades por perder lá dentro e o tempo que levariam para “entrar” novamente.

Achei boas as poucas cenas de luta, mas destaco como melhor o momento em que o time do Shiroe encontra o time da Rieze, porque além da boa articulação deles, isso só me fez confirmar o que eu já achava desde a segunda temporada, que a líder substituta da D.D.D. é uma versão feminina do protagonista e não a toa o Krusty deposita tanta confiança nela e na Takayama como chefes.

A Akatsuki ter permanecido nivelada por estar com o status de professora também foi uma jogada legal, porque eu me questionei sobre como os mais novos iriam lidar com a experiência da primeira incursão, sem que uma voz da experiência lhes desse algum suporte e apoio moral direto, nessa primeira chance obtida com o Ereinus.

Ela ser a eleita é legal porque embora sua presença sirva de apoio para a Minori e os outros em várias coisas, isso não ofusca as chances de ninguém, já que além de permanecer a maior parte do tempo “escondida”, a própria também não tem tanta experiência assim. Ela conhece o necessário para que eles organizem, mas não muito a ponto de lhes facilitar a vida e eu gosto desse caminho.

Para a assassina isso também é ótimo individualmente, pois dá chance para que ela continue crescendo em relação a seus companheiros, que por serem mais antigos, escolados e expostos no jogo, lidam com ele mais facilmente, sabendo como aproveitar melhor os poderes e habilidades que possuem.

Outra surpresa positiva do episódio são as gêmeas Lelia e Litka, que mostraram uma face do jogo desconhecida aos aventureiros, ao lembrar dos acontecimentos do passado e as pessoas que encontraram, antes das mudanças ocorridas no jogo.

O que me chamou atenção nesse trecho, é como o Elder Tale realmente vai além com a questão dos NPCs, porque como o Shiroe mesmo diz, qualquer um as veria apenas como personagens programáveis e ponto, quando na verdade elas assim como os outros, também tem sentimentos e memórias, o que é interessante para a dinâmica mais realista do que é o jogo.

Aqui entra um parêntese, porque pensava eu que eles já entendiam isso de outra forma, levando em conta o que viveram desde a mudança, mas principalmente pelo convívio com a Rayneshia e os outros personagens, que tem vontade própria, expressam sentimentos e por aí vai.

Talvez eles imaginassem que a programação dos gênios e outras figuras “lendárias”, fosse diferente do Povo da Terra comum, enfim, não consigo idealizar uma outra lógica para acharem que as duas não se recordariam de nada do seu passado.

Acredito eu que por conta delas, eles repensarão certas coisas nesse sentido, no que torço para que elas consigam se redimir com as atrapalhações do passado e contribuam bastante com a party dos miúdos, que inclusive ganhará reforço dos menores das outras alianças – assim como previ.

Os dois episódios que faltam devem ser ação pura e já estou empolgado com o que as antigas e os pequenos guerreiros podem oferecer, em particular a Minori e a Akatsuki, que clamam por esse desenvolvimento pessoal – então tomara que o orçamento do anime inteiro esteja nesse final.

Agradeço a quem leu e até o próximo artigo!

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