Bom dia!

Eu sei que já saiu o episódio 3, e eu planejava escrever um artigo sobre ambos episódios, mas o episódio 3 é começo de um arco, então achei por bem escrever apenas sobre o 2, ainda que bastante atrasado, e semana que vem sai artigo dos episódios 3 e 4 analisando a história inteira.

Tudo bem assim?

Zombieland voltou a ter episódios focados em suas personagens, como foi na primeira temporada. Faz sentido e não sei porque eu já não esperava por isso.

E isso me fez pensar naquele clichê bastante japonês sobre pessoas que morrem com arrependimentos ou assuntos inacabados e por isso não conseguem partir, se tornando almas penadas.

Não é tão diferente do que temos em Zombieland Saga. É só que aqui temos zumbis ao invés de fantasmas. E isso faz toda a diferença.

 

 

Normalmente essas almas atormentadas têm só um arrependimento ou assunto inacabado, mas as nossas zumbis têm vários. O que é o esperado, dado que morreram tão jovens e de forma tão súbita.

E como voltaram como zumbis e estão vivendo como se fossem de novo pessoas normais, a lista de coisas que querem fazer só aumenta.

Ao mesmo tempo, não é como se houvesse alguém tentando realizar seus últimos desejos – só o Koutarou sabe da verdade sobre elas.

Quero dizer, ele é um babaca, mas talvez esteja sim tentando fazer por elas (principalmente a Sakura) algo que elas não puderam fazer enquanto vivas?

 

 

Mas enquanto fantasmas ficariam assombrando Saga para sempre, talvez até chegando o dia em que esqueceriam porque ainda estão lá, como zumbis a realidade é bastante diferente.

Em primeiro lugar, ainda não me saiu da cabeça o prazo limite que o Koutarou desolado mencionou no primeiro episódio. Estarão as zumbis com seus dias contados?

Em segundo lugar, elas não podem ficar lá para sempre sem chamar atenção.

Imagine que estranho seria um grupo idol cujas membras nunca envelhecem?

Ai, essa é uma dor que até agora elas não sabiam que tinham, não é? Não vão crescer, não vão envelhecer, nunca mais. Na verdade isso foi mencionado uma vez na primeira temporada, mas com conotação positiva: Lily estava feliz por não precisar mais se preocupar em passar pela puberdade.

Agora, através da Saki, elas descobriram que não envelhecer não é tão legal assim.

 

 

Seu ídolo envelheceu. Seu primeiro amor agora é um adulto direito que jamais encostaria em um fio de cabelo de uma adolescente.

Isso é tema recorrente em ficção de vampiros: a pobre garota tornada vampira ainda criança amadureceu mentalmente, mas continua com seu corpo infantil que não encanta o homem de sua vida.

Não que isso tenha a ver com Zombieland Saga, as zumbis foram recém-despertas, então elas ainda têm a mentalidade que tinham quando morreram, adequada aos seus corpos. A dor é por antecipação: elas sabem que não vão envelhecer.

O que elas têm não é exatamente uma segunda chance, já que elas não voltaram à vida de verdade. A Zumbi Número 2 Saki não é a mesma pessoa que a Saki Nikaidou.

Talvez o que elas tenham seja mais próximo de uma maldição.

Em todo caso, o resultado objetivo desse episódio para o Franchouchou foi o mais positivo possível: ganharam um programa fixo de rádio.

 

 

O que só foi possível por causa da admiração que a Saki tinha pelo White Ryu, o que torna inevitável a pergunta: será que o Koutarou já sabia disso?

Não seria inverossímil que ele tivesse feito uma investigação profunda sobre as garotas que pretendia despertar, bem como não seria inverossímil que a Saki tivesse comentado com algumas de suas ex-parceiras de gangue sobre sua admiração (e paixão) pelo cantor e personalidade do rádio.

Na verdade, o que soa inverossímil é obter tamanho resultado por pura coincidência.

Mas é Zombieland Saga, e por tudo o que entendo, pode muito bem ter sido o caso. E não é como se eu esperasse que o Koutarou vá eventualmente esclarecer tudo, então é um tipo de raciocínio interessante, mas inútil.

É isso, até semana que vem!