Re: Zero Kara Hajimeru Isekai Seikatsu 2 – ep 12 final – Um futuro para proteger
A Beako é uma fofa, né? E eu sou horrível por ter demorado mais de um mês para acabar a cobertura de Re: Zero, eu sei. De toda forma, o importante é que o anime acabou bem, concluindo um arco narrativo essencial para alçar voos maiores, afinal, ficou claro como o Subaru tem uma verdadeira equipe do seu lado agora, ou melhor, a favor da Emilia se tornar a chefe de Lugunica. Sem mais delongas, vamos nos despedir!
Gostei do plano traçado para derrotar o coelho, mas, honestamente, ao lado de um grande espírito, uma meia-elfa poderosa e com muita motivação, não tinha mesmo como o Subaru resolver e fazer parecer fácil, ainda mais após o tal lobo de nome difícil ter sido derrotado. Se antes um majuu forte desses o assustava, agora já não é mais o caso. Isso vai deixar nosso herói um pouco mais arrogante do que ele já é? Talvez.
A questão é, a arrogância dele é proposital dentro da construção do personagem extremamente irreverente, mas também complexo, que ele é. Só acho engraçado como às vezes o Subaru acaba sendo clichê mesmo assim, como foi em alguns momentos do episódio. Felizmente, nada que incomode, diria até que foi o contrário porque foi bem divertido ver a proximidade que alcançou com a Beako e, claro, com a Emilia também.
Agora, o grande momento dessa primeira parte do episódio certamente foi o diálogo entre a Beako e o Roswaal. A gente já sabia que ele era o mesmo de 400 anos atrás, a Beako não, e isso trouxe de novo essa questão à tona de uma forma que não achei inadequada, pois, apesar de ser uma ideia escabrosa essa de implantar sua alma no corpo de outro indivíduo, a gente também já sabia que santo o Roswaal nunca foi, então…
E não tem uma corte que o faça pagar pelos seus crimes, coisa que, aliás, quem foi atingido por eles não gostaria. Por quê? Porque o Roswaal ainda tem sua utilidade, além da Ram amar ele e a Emilia depender de seus esforços para conseguir ser eleita. O melhor cenário mesmo era esse, derrotá-lo e praticamente obrigá-lo a entrar na gangue, e por mais que eu não passe pano para as cagadas dele, dá para se sensibilizar, talvez?
Eu curti a conversa dele com a Beako, achei muito boa tanto pelo dialogo, quanto pela sensação de desconforto e estranha familiaridade que se abateu entre os dois, a qual os retornou aquele cenário antigo, já muito ultrapassado, no qual ambos dependiam da mestre dele e mãe dela, a Echidna. A Beatrice conseguiu se libertar dessas amarras, enquanto ele meio que foi forçado, mas não desistiu completamente de reencontrá-la.
Mais tarde no artigo falo sobre isso, mas meu ponto é, dá para se sensibilizar com a conversa dos dois sem passar pano para as barbaridades que ele cometeu, sendo uma das piores todo o cenário que criou para ferrar com os próprios aliados, até porque, convenhamos, foi um arco de fortalecimento de laços e amadurecimento de personagens. As ações dele acabaram foi dando um impulso bacana a trama, apesar de tudo.
Mas sim, é claro que ele fez muita coisa louca e isso não deve ser esquecido, contudo, ele ainda pode ajudar muito e acaba sendo um preço bem razoável a se pagar mantê-lo por perto. Nada razoável foi uma das expressões do cadáver da Echidna, ela fez uma cara de meme que me levou ao riso na hora, o que não ocorreu com o besteirol da Emilia achar que estava grávida. Podemos pular essa cena constrangedoramente tosca?
Voltando ao Roswaal, acho mesmo que o anime não passou pano para ele até pelas circunstâncias de seu alinhamento com o Subaru, agora claramente quem dá as cartas entre seus aliados. O conde estava tão alucinado em seu propósito que fez uma promessa que o colocaria em xeque em caso de derrota. Como ele perdeu, só o restava ser absorvido pelo grupo do Subaru, que só se fortaleceu nessa segunda temporada.
Aliás, sejamos honestos, o grupo dele na primeira era ele e a Rem, e como a segunda heroína mais importante dessa história (e ainda a minha favorita) saiu de cena para a Emilia começar a ser uma personagem realmente relevante, a verdade é que ele abriu bastante o leque ao contar não só com o apoio dos novos personagens que vieram com essa temporada, mas conquistar aqueles com os quais já interagia na primeira.
No fim, essa sequência veio para construir o grupo do Subaru de forma muito mais contundente do que foi feito no primeiro anime, afinal, nele apresentaram personagens relevantes para a trama como um todo, haviam questão diversas a serem exploradas e as conexões mais importantes para o protagonista, como seu amor pela Emilia e a parceria com a Rem, precisavam ser trabalhadas antes de tudo.
Para encerrar meus comentários sobre a aliança (re)formada, a Emilia até que foi legal ao trazer a questão do pedido de desculpas à tona, mas, honestamente, ao que aquilo agregou, ainda mais após o Roswaal ter deixado claro que não abriu mão do desejo de reencontrar sua mestra? Além disso, dá mesmo para não guarda mágoa só com isso? Pelo menos a Petra não nos deixou esquecer do quão vacilão o Roswaal foi.
Mas deixando a heroína boazinha de lado, o bruxo realmente não largou completamente o osso e deixou isso bem claro para o Subaru, o que não tem nenhum problema, afinal, o herói não deve impedi-lo e é realmente bem mais fácil que ele atinja esse objetivo caso se alinhe com o garoto, que até tomou chá torcido na calcinha da Echidna. Teve uma zoeira dessas na primeira parte dessa temporada, né? Fanservice doidão.
Quanto a cerimônia de nomeação em que se falaram e o Subaru realizou um de seus sonhos (o de virar o guarda-costas oficial da namorada), ela serviu para introduzir personagens que devem ser reaproveitados na sequência, a família que abrigou eles e promoveu o evento, além de nos prover uma ideia bem bacana para o fechamento desse momento. Na primeira temporada o Subaru não queria virar cavaleiro da Emilia, né?
Minha memória é bem ruinzinha, mas lembro disso, e diferente daquele tempo, dessa vez essa nomeação tem substância por todo o caminho que ele percorreu para chegar até ali, praticamente salvando todo o alicerce que antes suportava a Emilia, afinal, a arrogância do herói ao achar que conseguiria conciliar tudo deu certo e ele foi capaz de fortalecer a conexão entre as pessoas que apoiarão a Emilia em seus objetivos.
O tiro do Roswaal saiu pela culatra, mas não o do Subaru, que junto da heroína principal dessa obra nos proveu com uma encantadora cena na sacada na qual os dois conversaram abertamente, mas deixaram muitas outras coisas importantes a conversar para depois em um cliffhanger que praticamente nem foi uma deixa para nada, mas deixou qualquer fã satisfeito pelo crescimento que a relação dos dois sofreu nessa temporada.
Agora ele é o cavaleiro dela, mas os dois se gostam, então são meio que namorados, né? De toda forma, a Emilia ainda está viva na eleição e agora vai precisar voltar suas atenções ao mundo exterior após a resolução de conflitos internos seus e de seu grupo de apoio, o que só vai fazer sentido se der certo justamente por todo o rolo que aconteceu nessa temporada, que fortaleceu esse alicerce do qual ela necessita.
Só imagino a Rem voltando e vendo os dois pombinhos felizes, vai ser uma bad, ao mesmo tempo, posso dizer que quero muito que ela volte logo porque finalmente devemos ver o autor trabalhando mais de uma heroína relevante por vez com o Subaru. Além disso, nós não podemos esquecer que agora ele também tem a Beako, mas sim, como ela bem disse ao Roswaal, foi ela que o escolheu, sem essas expectativas todas.
Inclusive, essa Beako mais honesta com seus sentimentos foi um belo achado desse episódio, fortalecendo o papel da heroína na trama em um momento no qual a Emilia ganhou muito espaço, não à toa volto a cena final depois de dar uma bela volta e, afirmo, ela foi fácil a melhor e mais bonita, sensível até, desse episódio. Muito pela animação, a direção e o roteiro, mas também, é claro, por corroborar com as ideias da narrativa.
Os dois têm muito o que conversar, acertar e discordar. Eu imagino que a Emilia tenha várias anseios que queira tratar com o Subaru e que ele também tenha suas expectativas pela nova forma que o relacionamento dos dois tomou, então sim, mal posso esperar para revê-los em uma vindoura terceira temporada, agora com laços muito mais fortes que os darão sustentação nas dificuldades que certamente chegarão.
Até a próxima!