Se heróis como os de BokuAca existissem na nossa sociedade, você apostaria quanto que haveriam trocentos stalkers de heróis? E pior, sendo alguns deles verdadeiros vilões malucos que querem ser mortos pelos tão poderosos heróis. Só por isso que desconto a construção feita nesse episódio porque o tal do “Ending” não me agradou em nada, realmente foi um mero meio para um fim, esse já bem mais satisfatório para mim.

Primeiro, vamos falar da história do Toya? Mas que história se não sabemos como o moleque morreu? O Endeavor se culpa, o Natsu culpa o Endeavor, mas o que ele fez exatamente? Pelo que entendi ele também treinava com o pai como o Shoto, mas por que não continuou após o garoto meio-frio, meio-quente ter idade suficiente para treinar (é a impressão que tenho), por que ele também foi uma “tentativa mal-sucedida”?

Mas como o Endeavor influenciou na morte do filho é que é a questão. Felizmente, ele não parece ter agido diretamente para a tragédia. Ainda assim, não estranho que se culpe. Aliás, é bom que ele se culpe e busque reparar seus erros, mas não de forma instantânea e nem decidida, por ora basta a vontade de mudar as mazelas que se abateram em sua família por causa dele que, diretamente ou não, foi quem machucou a todos.

E, na verdade, não é que o Ending trouxe algo de interessante com sua performance maníaca ridícula? Só vim me tocar agora, pois apesar de não ter curtido muito a loucura dele, achei legal o questionamento que ele levanta, de um herói matar uma pessoa, ainda que seja um vilão. Se o Endeavor carrega a culpa pela morte do filho é como se tivesse matado ele, não é mesmo? Por isso entendo ser difícil arriscar “matar” de novo.

Enfim, só acho uma pena que a questão não tenha sido aprofundada, mas também, tinha outras coisas ali misturadas que quer eu gostasse ou não, precisavam ser abordadas, como a conquista dos garotos em agir mais rápido que o Endeavor e resolver a parada. Foi lapso momentâneo do herói número um, não foi incapacidade exatamente, mas é fato que eles bateram a meta lindamente. O Deku até usou o chicote muito bem.

Quanto a isso não há mais o que falar, exceto talvez que me diverti com a “vergoinha” do Bakugo em falar seu nome de herói para os colegas. Aliás, não vou me aprofundar em discussões do mangá (aqui é o anime, afinal), mas repito o que já escrevi algumas vezes, o que me incomoda no Bakugo nem é ele ser c*zão, mas o exagero patético da caracterização do personagem, a qual já o tornou cômico. Dá para levar ele a sério?

Dá sim porque, repito, ele é um babacão como o Endeavor, ainda que de maneiras bem diferentes. Para melhorar um pouco a imagem do pai abusivo e ausente a cena da conversa no meio da pista veio bem a calhar não por a trama estar “passando pano” para o personagem e sim por estar tentando não eximi-lo da culpa, mas ao mesmo tempo não condená-lo. Ele quer mudar e está tentando, é um processo longo e doloroso.

O que o Endeavor pode fazer por sua família? O que ele pode fazer para reparar seus erros? Não é uma resposta exata e, apesar desse ponto de melhora (agora ele vai deixar sua família se reconstruir, mesmo que sem ele pelo menos nesse primeiro momento), ainda deve demorar um bocado para que a conhecemos. A única certeza que tenho é de que a inquietação e boa vontade são as melhores respostas para uma questão dessas.

Até a próxima!

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