Girls’ Frontline (também conhecido como Dolls’ Frontline) é um anime do estúdio Asahi Production que conta a história de um jogo mobile chinês no qual as heroínas “homenageiam” armas de fogo. Segue abaixo a sinopse extraída da Funimation (o streaming oficial do anime).

 

“Uma equipe de Bonecas Táticas e seu comandante humano recém-designado são enviados em missões para enfrentar uma nova ameaça desonesta, Sangvis Ferri.”

 

Esse anime elevou o conceito de bonecas humanas a outro nível, né? Falando sério agora, finalmente estreou uma das produções que eu mais esperava, ainda que já imaginasse que não seria tão boa quanto um Kancolle, talvez o melhor anime de “garotas-fofas-objetos”.

Girls’ Frontline não trata de garotas navio, mas de garotas arma de fogo, o que podemos ver pelos nomes das heroínas que integram o Time AR (Antirain Team): M4, M16, SOPMOD II e AR15; todos nomes de rifles e fuzis. As garotas são batizadas de acordo com as armas que usam.

O anime explica o contexto da Terceira Guerra Mundial, o papel das bonecas (as T-Dolls), quem é o inimigo e quem são as “mocinhas”, e posso confessar para vocês que essa é a parte que menos me interessa? Gosto mais da ideia em si, que é ver “waifus” atirando umas nas outras.

Eu sei, parece maldoso escrever isso, mas que culpa tenho eu se é a mais pura verdade? Aliás, há outra franquia, também chinesa e de muito sucesso, cujo anime antecede GL, o Azur Lane. Se você gosta desse tipo de obra fica outra indicação. E eu nem falei de Strike Witches, né?

Enfim, focando na história agora, juro que tentei me divertir ou ver méritos narrativos com a situação abordada nessa estreia, mas não consegui tirar muita coisa. Observar a diferença de “castas” mesmo entre bonecas da mesma facção foi o que mais me chamou atenção.

A pergunta que não quer calar é: isso vai ser mais e melhor explorado ao longo do anime? Não temos como saber. Em todo caso, não é como se todas não fossem descartáveis, mas claro, o Time AR não vai ser pelos motivos óbvios, não espero nada de imprevisível desse anime.

Infelizmente, também não tenho muito o que elogiar das lutas, pois só gostei da dinâmica de ação do último embate, contra as Agents, tanto que achei bem estranho o que o time de suporte vinha fazendo. Menos mal que as bonecas da Sangvis Ferri revelaram a sua armadilha.

Sobre a natureza da missão, realmente só faria sentido mandar um time tão pequeno se fosse para roubar alguma coisa e vazar, ainda mais levando em consideração que se tratava do território inimigo e que a quantidade de T-Dolls poderia superar a qualidade.

Tanto é que não entendo terem aparecido apenas duas Agents para lutar contra as garotas, parece que subestimaram o inimigo. Tudo bem, se levarmos em consideração a espionagem feita consigo ver algum sentido em terem aparecido só duas, mas não havia margem de erro?

Em todo caso, pelo menos se preocuparam em desenvolver alguma coisa sobre as personagens. Na verdade, sobre a M4, a líder do time, as outras mais deixaram transparecer suas personalidades, não apresentando exatamente um conflito, como é a falta de confiança da principal.

Ela não é a mais velha das quatro, mas mostrou que é qualificada, o problema é ela se afirmar enquanto líder, isso é algo que denota mais tempo, mais missões bem-sucedidas. Apresentá-la com essa lacuna de melhora passa uma ideia de que a trama pode crescer para algum lugar.

Mas é só isso mesmo, o conflito das facções (Griffin e Sangvis Ferri) não aguça muito o interesse nessa estreia, o que infelizmente acredito se dever muito a falta de coreografias de ação mais elaboradas e uma dinâmica de combate preponderante e instigante.

Para não dizer que não falei de flores, gostei da cena em que a Agent ataca a M4 e a M16, da trilha sonora e da ideia hilária que é as armas “saírem” das coxas das antagonistas. Falta só aparecer uma tirando arma dos seios agora. Vai duvidar ou torcer para que isso aconteça?

Se reclamar do design (fofo, mas genérico e simples) seria atirar em cachorro morto, então aproveito e me despeço por aqui. Indico que você assista Girls’ Frontline? Só se gostar de Kancolle ou Azur Lane (e nem tanto, pois as dinâmicas de ação são diferentes) e tiver curtido essa estreia.

Até a próxima!