Depois de cinco semanas acompanhando as aventuras do guardião de cogumelos e seu co-star, chegamos a um episódio um pouco diferente dos anteriores. Ao contrário do episódio passado, que rendeu boas risadas e acompanhou o desenvolvimento da relação entre os protagonistas, este quinto focou neles separadamente.

O que foi melhor trabalhado aqui foi o “mini-arco” do doutor Milo. Toda a interação dele e das crianças mostrou, mais uma vez, como ele é um homem bom e que não liga para as consequências quando o assunto é ajudar alguém.

O fato da menina ter soltado ele foi a prova de que ele é, além de bondoso e  determinado, um cara inofensivo. Talvez seja um pouco tarde para apontar isso, mas os traços, o design e a dublagem do personagem corroboram muito para que ele não pareça uma ameaça em qualquer sentido.

Nesse encontro dele com a menina que devia ser a responsável por mantê-lo cativo, eles falam de assuntos que deixam bem claro que o governador esconde muita coisa e é, provavelmente, nosso grande vilão.

No mesmo vilarejo, Bisco também está preso. Como no primeiro episódio, ele não é o centro da trama, mas suas aparições mostram mais sobre como a personalidade dele funciona.

Quebrar correntes apenas com os pulsos, por mais que estejam enferrujadas, é uma tarefa meio difícil para uma pessoa normal, o que não é o caso de Bisco.

Isso já tinha sido sinalizado no terceiro episódio durante as cenas de batalha, mas aqui, parece que o autor quis mostrar que Bisco não tem a fama de ser perigoso à toa.

Nosso protagonista acaba fazendo um tipo de amizade com seu suposto “carcereiro”. Foi algo até interessante de ver, mas se tratando do protagonista, seria melhor um episódio inteiro para focar nisso.

A personalidade forte de Bisco em contraste com a inocência de uma criança que acha que deixa o prisioneiro para ir ao banheiro renderia muitos momentos bonitos e engraçados.

O terceiro personagem com destaque, mais destaque até que o próprio Bisco, é Pawoo, a irmã do doutor. Sinceramente, a interação dela com o casal de enganadores é legal, porém,  no ponto em que está agora, ela não consegue carregar um mini-arco na história sozinha.

Infelizmente, ela precisa do contraste dos protagonistas para ter mais destaque. Pense assim: se a função dela é ser tão legal a ponto de roubar a cena, como fica a situação se ela já for o centro da cena?

A intenção não é criar um mal-entendido. O episódio foi realmente bom. Ele deixou mais pontas soltas e trouxe um misterioso novo vilão. Mesmo assim, eu, falando por mim, senti falta dos outros personagens sempre que a Pawoo aparecia num núcleo sozinha. Deve ser porque ainda falta carisma, ou simplesmente é minha impressão.

Apesar de semana passada ter trazido uma experiência levemente mais agradável, foi interessante ver como os dois protagonistas têm uma química agradável e como eles fazem falta quando não aparecem.

Parece que semana que vem vai ser a vez do velho Jabi roubar a cena. O mentor de Bisco estava disfarçado o tempo todo no meio dos guardas do governador, o que será que ele está tramando? Fica a curiosidade para o próximo episódio.

Até a próxima!

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