Dessa vez o extermínio foi por um fio, mas a verdade é que foi por quatro fios que ele foi possível, afinal, as nichirintou de nossos heróis que resolveram a parada em um episódio que foi de 0 a 80 muito rápido e muito bem. Vamos falar do clímax desse arco?

Finalmente botaram a Akari Kito para falar, né? É um desperdício uma seiyuu tão talentosa falar tão pouco. Não que devessem inventar fala para ela também, pois como a situação se apresentou fez todo sentido a interferência “dela”, ou melhor, do sonho que o Tanjiro teve com ela.

Muito por causa do paralelo traçado entre as duplas de irmãos, construção narrativa recorrente em Kimetsu, mas que não é exatamente ruim, ainda mais quando levamos em consideração que o Tanjiro consegue se imaginar no lugar do Gyutaro porque poderia muito bem estar lá mesmo.

E nisso vemos como é importante um personagem bem construído, pois apesar de toda a humilhação que o herói sofreu, qualquer pessoa que o conhece sabia que ele estava apenas se aprontando para dar o bote. A soberba foi a ruína dos irmãos onis.

Mas não sem um show de direção no que toca a sequência de ação e a própria ideia de trazer os heróis das cinzas, um a um, todos ferrados, mas com motivação de sobra para superar seus limites e providenciar um extermínio que careceu muito das circunstâncias, não só de força.

Sobrou animação fluída e impacto, ainda mais quando os heróis foram retornando, sendo o mais importante deles o Uzui, que não foi quem decapitou o Gyutaro, mas foi quem permitiu que o Tanjiro pudesse fazer isso. Isso sim foi um trabalho bem feito em prol de um objetivo maior.

Fiquei até um pouco surpreso porque anunciaram que o último episódio teria 45 minutos, mas ele vai ser apenas um epílogo, o desfecho foi esse e tirando a explosão (kekkijutsu ardiloso esse do Daki, hein?) não devemos ver mais que os momentos finais dos irmãos no próximo episódio.

Sim, a ação poderia ter sido ainda melhor, mas convenhamos, não foi combate corpo a corpo e sim com armas, além de toda a plasticidade empregada em alguns trechos em específico e da fluidez do episódio em sua totalidade. Para o que precisava tecnicamente foi irrepreensível.

Por fim, esse final foi uma montanha-russa, o Tanjiro brilhou demais com sua inteligência e coragem, mas não posso esquecer dos outros e da ideia de fazer esses personagens irem ao fundo do poço para só então vencer com o restinho de suas forças. Isso foi muito battle shonen e foi bom.

Até a próxima!

P.S.: No Fofocas Taisho da semana ficamos sabendo que o Tanjiro é descendente de cearenses por parte de mãe e que ele tem a marca dos Kamado, é que ela só aparece “nessas” horas. Sei que esse artigo está super atrasado, mas vou compensar entregando o do episódio final o quanto antes.

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