Tivemos uma aula, um tanto quanto atrasada, sobre o que é o Domínio de Fezzan, mas depois da aula explicando Iserlohn isso era meio que previsto. Aliás, é legal que a história venha do plano militar para o plano econômico/político, que é onde a coisa se desenrola mesmo.

Nisso tivemos um episódio completamente focado nos coadjuvantes, principalmente os personagens que compõem o núcleo do Domínio de Fezzan, o grande confabulador que se esconde por trás de uma máscara fajuta de neutralidade. Sempre desconfie dos isentões, sempre.

O plano de Rubinsky é bom mesmo? É. Se levarmos em consideração que ele almeja o controle financeiro do universo conhecido e o uso do Império como fantoche, como a entidade que daria a cara a tapas perante o povo, sim, é um plano ultra ambicioso, mas muito perspicaz.

O problema é as peças que ele quer manejar nesse tabuleiro. De um lado temos a religião, que manipula as massas desde antes de Judas bater as botas, do outro uma Aliança corrupta e sabotável, além da Nova Ordem do Império, que repara desigualdades enquanto cria inimigos.

Assim foi legal como mesmo em um episódio a parte a ideia de progressão da trama se manteve, afinal, o questionamento sobre o Yang Wen-li foi levantado pelo ikemen braço direito do Rubinsky, enquanto vimos reações nada felizes ao novo Império que de Império não tem (quase) nada.

Ainda assim, é nítido que o plano do Rubinsky foi uma novidade, mas o quão factível ele não era já há muito tempo? Digo, não é de agora que o conspirador se aproxima do Império, mas se formos ver a posição de Fezzan, tal qual a de um liberal safado, era de se imaginar que seria assim.

Porque para essa gente, que detêm poder através de dinheiro, o que importa é isso, não quem tem sangue azul ou título de nobreza. E é até por isso que ele aponta a Dinastia Goldenbaum como inimiga comum a Aliança e esse novo Império em processo de instalação pelo Reinhard.

Por quê? Porque esse é o nível de injustiça que ambos visam combater, e se fosse um pouco mais visionários do que já são se dariam conta de que no fundo, no fundo, não são inimigos, são é mais parecidos do que imaginam, e que os inimigos são quem os levam ao conflito.

Contudo, o plano do Rubinsky pode ser tão maquiavélico, quanto genial, mas nada garante que terá sucesso, pelo menos não em sua plenitude, visto que estamos falando de Yang Wen-li e Reinhard, duas mentes a frente do seu tempo no campo de batalha e fora dele também.

Sendo assim, não seria a própria Fezzan uma nação cuja podridão vem de cima? É “louvável” que o Rubinsky queira poder não para sentar em cima dele, como fez a esfrangalhada Dinastia Goldenbaum (agora no máximo um fantoche), mas esse poder pode destruí-lo. Veremos quando.

Até a próxima!

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