O que restou das nove originais virou AZUNA e se você me perguntar se as novas três vão formar uma unit acho que eu não preciso dizer nada. Niji segue divertindo e diria até que esse episódio foi mais engraçado que os anteriores, mas ficou na média de qualidade da temporada.

Apesar disso, tem uma coisa que notei nesse episódio que me incomoda, que é a “passividade” da Lanzhu. Okay, ela gosta de cuspir verdades, ou o que ela considera serem verdades, na cara de suas colegas school idols, mas não há qualquer senso de competitividade real entre elas.

Não que a Lanzhu esteja sendo mal usada no anime, só acho que ela poderia ser ainda melhor aproveitada. Em todo caso, o foco desse episódio certamente não foi ela, mas o relacionamento da nova unit (vou parar de chamar de subunidade e usar a tradução oficial a partir de agora).

E nisso tivemos o reaproveitamento de uma das melhores sacadas da primeira temporada do anime, que foi a pegada de shoujo ai que a amizade da Ayumu com a Yuu tem, além das reações nada fofinhas para uma garota que se notabiliza por ser um poço de graciosidade.

Os produtores do anime sabem agradar os fãs ao mexer com uma das fontes mais recorrentes de humor envolvendo a Niji, que é justamente a Ayumu ser uma yandere, uma louca, uma lésbica pintosa, etc. Aliás, será bizarro se essas duas não se casarem quando adultas.

Mas é claro que a franquia foca em idols escolares (eternamente 17, talvez 15, nem sei mais), então a gente não vai ver esse meu sonho se concretizando, o máximo que teremos são coisas como a história da Shizuku, um clássico yuri bait que muito me agradou pelos contrastes.

Digo, é inusitado ver a Ayumu como uma “predadora”, quanto a Setsuna, ela fica engraçada em qualquer circunstância, afinal, como sua forma bizarra de atender o celular denuncia, a transição que ela faz de presidente do conselho para Setsuna (e vice-versa) é hilária por si só.

Voltando ao ponto central, as três formarem uma unit só não estava mais na cara que os ciúmes da Ayumu pela Yuu, coisa sutilmente (e às vezes nem tanto) explorada em expressões, detalhes e reações; o que foi igual para a Shizuku. (E eu vi a referência a Precure, mas quem não?)

A diferença é que a Shizuku estava em uma encruzilhada para formar o grupo sem sentir que estava impondo nada as outras, incômodo levantado pela genial Lanzhu, a maior wota de todas as wotas, mas também uma garota muito metida que parece gostar demais da Yuu.

Ela adora jogar umas verdades (ou ao menos o que ela considera verdades) nas caras das pessoas, mas quero ver quando for ela sofrendo com isso, e o melhor, vai ser ótimo vê-la quebrando a cara ao ver a Yuu conseguindo conciliar sua carreira musical com o clube, o que se daria…

Eu aposto em uma nova composição para o grupo, e você? Digo, é bem previsível esse desenrolar visto que a primeira composição dela foi uma música da Niji. Além disso, seria a forma perfeita de esfregar na cara da Lanzhu que a Yuu não está perdendo tempo algum mesmo.

Inclusive, uma coisa que gostei muito nesse episódio foi do quanto a Yuu se divertiu com as garotas. Aliás, do quanto todas se divertiram. Esse foi o tipo de episódio que naturalmente reforçou o laço entre as três. Melhor, entre as quatro. “Naturalmente” na medida do possível…

O stalkeamento da Ayumu não foi nada natural, mas não vou problematizar isso não. Digo, a coisa é toda construída de forma mais cômica que exatamente problemática e, sabendo como é Love Live!, diria que até foi uma boa sacada conferir esse contraste a líder dessa geração.

Enfim, quanto a reta final eu não poderia ter ficado mais feliz com o que vi, pois se a atuação das três em cima do palco foi uma forma animal de explorar o talento das seiyuus e entrosar suas personagens, a cena meio que romântica das amigas de infância teve um doçura especial.

Se você não shippa Ayumu e Yuu o mal gosto é todo seu, pois as duas combinam demais e é muito fofo o ciúme da Ayumu, assim como a lerdeza da Yuu. É claro que elas sequer eram o foco nesse episódio, mas sobre a formação da AZUNA a coisa também se resolveu bem.

A Ayumu e a Setsuna mostraram a Shizuku a liberdade admirada nas senpais e encontrada em si e nas outras, algo importante para dar vida aos seus sonhos. Sonhos que a Shioriko terá com a Setsuna ou com sua irmã descolada? Vamos ver o que chamará mais sua atenção.

Até a próxima!

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