O mundo será um lugar mais feliz quando os “contatinhos” não forem mais necessários? A questão é, isso é mesmo possível? A paz é um direito a ser defendido constantemente, nunca será plena, mas vamos fingir que será ao fim de Spy x Family, pelo bem do anime.

Só que até lá a estrada é sinuosa e o máximo a que chegamos foi ao fim do primeiro cour, que com sua pegada de recapitulação reiterou a fachada que são os Forger, mas não sem dar motivos para acreditarmos que eles são mais que isso, tudo ao mesmo tempo.

Posso estar exagerando, mas foi só impressão minha ou o Loid parou de fumar para não dar um mau exemplo a Anya por realmente se preocupar com a formação dela? Sei que tem a missão, o anime grita isso às vezes, mas certas ações dele não são vitais para ela.

E uma delas é não fumar, como acumular outras missões também não é, mas foi a forma que o autor achou de manter o Twilight ocupado ao mesmo tempo em que não deixa a trama ser engolida pelo slice of life. É uma história de espião, assassina, telepata…

Como a preocupação demasiada do Twilight com as aparências, o que gerou todo o rolo desse episódio. Mas sabe o que é melhor? Que a telepatia da Ana tem ajudado ele nas missões (e em suas boas ações do dia a dia) e que ela, inclusive, deve promover a paz.

Digo, ajudar, pois nossa heroína conta com um pai capaz de se disfarçar em qualquer pessoa e fazer seu serviço melhor que ela, e uma mãe que faz o maior artista marcial dos animes parecer fichinha. E o melhor é como a Anya sabe usar isso para o bem.

Enfim, outra coisa que gostei muito nesse episódio foi como o Loid se “despiu” de suas reservar ao chegar em casa. É claro que o cansaço dele foi exagerado, mas não é como se ele não fosse manter uma fachada em outro cenário. Ele confia na Yor e na Anya.

E mesmo que o passeio com elas tenha sido para sustentar o disfarce, não é como se não valorizasse e tratasse bem as duas. Eventualmente essas relações serão postas a prova e passarão por “crítica”, mas até lá devem ser ainda mais aprofundadas também.

Da mesma forma, já previa uma queda de animação eventual no anime, mas juro que não me incomodou em nada. Ver o sorriso da Anya com seu pinguim grandão após se divertir e ajudar o pai a salvar o dia compensa qualquer déficit técnico ou afins.

Por fim, se a primeira parte do anime foi bem divertida e realçou os alicerces sobre os quais se sustenta a trama, o finalzinho foi um grande fanservice da Anya brincando, sendo fofa e tomando branca, mas fazendo chantagem emocional das boas.

Aliás, um dos grandes méritos do autor não é o roteiro (que, apesar de ser incrível em vários momentos, não é dos mais complexos), mas como ele consegue fazer a gente comprar a Anya por sua fofura, caras, bocas, expressões e simples atitudes infantis.

Por isso não tenho dúvidas, Anya foi a grande personagem da primavera, é a melhor do ano até agora e será a grande estrela ao seu fim. “Starlight Anya” não é moda, é realidade, e é por isso que Spy x Family é tão bom, por causa de um sorriso genuíno e infantil.

Felizmente, em outubro tem mais!

Até a próxima!

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