O último episódio de Tate no Yuusha foi tudo aquilo que eu não esperava. Não é uma questão de ter achado ruim ou bom, simplesmente não se encaixa bem como um episódio final, ainda mais depois de tudo o que aconteceu. Com um ritmo de OVA, a obra se despede temporariamente e deixa uma estranha sensação.

Inclusive o final de Tate no Yuusha definitivamente foi o episódio 12. Aqui, tivemos o lendário episódio na praia, pesca, despedidas finais e afins. Foi tudo aquilo que você espera num OVA ou episódio especial. Claro que se me perguntar, não posso afirmar que foi ruim.

Sendo franco, tudo o que ali aconteceu foi divertido e sem problemas. O episódio se resume em ser um apanhado de boas memórias dos personagens que mais tiveram destaque nessa temporada e sinceramente foi algo bem agradável.

Sim, eu sei que é um tanto contraditório dizer que foi estranho e depois elogiar, mas é a realidade. Inclusive acho que a forma como o episódio dosou o clima de cada cena sem perder o foco daquilo que ele realmente queria nos mostrar foi impressionante.

Querendo ou não, o objetivo principal era prestar uma última homenagem para Ost, a tão querida companheira que morreu em batalha. No meio disso vieram as memórias do outro mundo, lembranças de momentos com a Ost e muita risada.

Vendo a cena onde a Kizuna percebe os sentimentos da Raphtalia pelo Naofumi foi inevitável não sentir saudades da jovem heroína. Ela foi uma personagem muito carismática que conseguiu conquistar seu espaço sem muitos problemas e num curto espaço de tempo.

Tivemos até um fanservice durante essa memória, algo que a obra praticamente não tem. Mas também não é algo relevante, convenhamos. Fato é que toda a troca de roupa da Raphtalia foi divertida de se assistir (além de ter visto ela em roupas realmente bonitas e da piada da Kizuna sobre o Naofumi ser um lolicon).

A cena onde Ost ensinou sobre a intimidade entre duas pessoas que se amam também foi bem engraçada, principalmente pelo fato de que a Filo entendeu tudo antes da Raphtalia. E a cena acaba sendo bastante curiosa também, afinal, mostra que apesar da aparência humana, certos termos e “rituais” possuem nomes mais “animalescos” (acasalamento ao invés de sexo) para o povo teriantropo.

Mas talvez a parte mais importante foram as cenas onde Kizuna relata sua vida no labirinto infinito. Por um lado foi bem legal ver as dificuldades que ela passou, suas conversas com sua própria versão do Wilson e claro, os vários testes culinários.

Por outro, ficou um gostinho de quero mais, afinal, sabemos que tudo aquilo que ela passou foi bem mais pesado e complexo. A própria cena em que ela pensa em se matar mas desiste na hora H é um belo exemplo disso.

Acabaram escolhendo apresentar momentos divertidos e leves ao invés das dificuldades que ela passou. Considerando o episódio como um todo, fez mais sentido ser dessa forma, mas ver as verdadeiras dificuldades teria sido mais interessante.

Enfim, no final das contas é mais fácil se contentar com isso. No mais, a insistência da Filo em voar foi um detalhe que poderia ter sido melhor aproveitado no episódio, visto que todo o restante que era mencionado recebeu uma memória de acompanhamento.

Mas no final do dia, o evento mais importante veio no final. A despedida de Ost não foi o ideal para ninguém, mas devemos aceitar o que o destino nos proporciona e lidar com o resto. Fiquei curioso para saber o motivo deles terem se despedido de tão longe, mas isso é o menor dos problemas.

Foi uma despedida emocionante por conta do desfecho que teve, mas acima disso foi também um encerramento dessa temporada. Depois de ter visto esse final, acho que foi a melhor forma de encerrar esse capítulo na vida dos personagens (e de quem assistiu, de certa forma).

Agora, resta saber quando a terceira temporada virá e quais serão as dificuldades que Naofumi e seu grupo terão pela frente. O episódio 12 deu algumas pistas (que deveriam ter sido mostradas nesse aqui) e confesso que estou ansioso por isso.

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