Shine Post – Espalhando a palavra das idols pelo mundo – Primeiras impressões
Shine Post é um anime de idols do Studio Kai que adapta (na verdade, é mais um projeto multimídia) a light novel escrita por Rakuda e ilustrada por Buriki. Segue abaixo a sinopse extraída, traduzida e adaptada do HIDIVE (o streaming oficial do anime).
“Mesmo que o grupo idol TiNgS esteja perseguindo grandes sonhos, até então suas conquistas têm sido pequenas. É então que, de repente, elas podem se separar! Sem esperanças, surge um novo produtor muito habilidoso que as coloca debaixo de sua asa. As integrantes do TiNgS se encontram almejando o estrelato mais uma vez.”
Shine Post se apoia muito em clichês de animes de idols para sustentar sua trama. Ainda assim, isso não significa que o anime não tenha apresentado uma ou outra coisinha interessante, como, por exemplo, foi o produtor da TiNgS, Nao, nessa estreia.
Se as protagonistas não têm designs ou personalidades tão chamativas, pelo menos Nao apresenta uma perspectiva interessante sobre a indústria idol. Sua competência e fama derivam de seu amor por idols e de seu sonho de difundir essa cultura pelo mundo.
Isso em si não é impressionante ou inesperado, mas se torna lúdico quando ele identifica as mentiras das pessoas através do brilho que enxerga nelas, e em animes de idols ter essa pontinha de sobrenatural não é exatamente ruim vai, e aqui faz todo sentido.
Por quê? Porque o sonho dele é bem “lúdico” também, tanto que provoca indiretamente o conflito que norteia, ainda que brevemente, o episódio de estreia. Nao não quer mais ser produtor e exige das TiNgS poder de convencimento para mudar sua decisão.
Me agradou que esse conflito não foi esticado por mais de um episódio ou de forma ilógica, pois, pensa aqui comigo, ele não ama idols? Não tem outra forma de convencê-lo a não ser por meio delas, ainda mais quando uma chama sua atenção em especial.
Mas antes de comentar o clímax e o conceito da obra, deixo uma observação sobre a chefa das garotas. Sei que ela quis juntar o TiNgS ao Nao e para isso armou uma situação, mas por que o grupo não tinha um produtor desde o início de suas atividades mesmo?
Nisso acho que o anime falhou, não foi muito realista. Seria mais crível a demissão de um profissional incompetente que a inexistência de um, e o pior, a exigência por resultados de quem não tem sequer um profissional orientando a sua carreira. Assim não dá, né?
Sem profissionalismo elas podem ter o sonho que tiverem, não vai dar certo. Aliás, duas delas omitiram o verdadeiro motivo pelo qual se tornaram idols, restando apenas a protagonista falar a verdade e com isso cativar a atenção do Nao, o produtor “supremo”.
Ao mesmo tempo em que isso abriu a possibilidade de desenvolver mais e melhor as outras duas do trio, nos apresentou exatamente ao que pretende o anime (e justifica seu título). A protagonista quer ser um farol a iluminar um universo idol em expansão.
E nisso os objetivos dos dois, Haru e Nao, se alinham, justificando a mudança de opinião do co-protagonista e dando a chance do TiNgS brilhar em um anime que não brilhou muito além dos clichês, mas fez o mínimo como anime de idol que se preze.
Até a próxima!