SSSS.Dynazenon – ep 7 e 8 – A Aliança Gridknight e os kaijus com coração
Bom dia!
Eu não devia nem queria ter deixado acumular episódios, mas não pude evitar.
Aconteceu tanta coisa em dois episódios com tão pouco em comum que é difícil organizar um artigo coerente sobre tudo.
Vou então escrever por personagens ou grupo de personagens, sempre sobre como evoluíram ou como se saíram ou que importância ou papel tiveram nos dois episódios.
Vamos lá.
O Gridnight apareceu e sua forma humana está envelhecida, mas não me engana: é o Anti. E ele veio acompanhado pela Anosillus II, igualmente envelhecida. Já conhecemos os dois de Gridman.
Em Dynazenon eles se apresentam como Knight e Segunda.
Não espero evolução deles além de talvez a implícita pelo envelhecimento e o novo papel que têm na franquia. Mas espero que não só sirvam de poder de fogo extra para os heróis, que certamente apreciarão a ajuda, como também para colocar definitivamente o “Universo Gridman” que aparece no logotipo do título do anime dentro de Dynazenon.
Não se preocupe que seus nomes e aparências mudados indicam que ninguém precisa ter assistido Gridman para entender Dynazenon. Mas você deveria, se for seu caso, porque é um anime muito bom.
Já no oitavo episódio eles começam a cumprir o papel que eu espero deles: revelam que os kaijus nascem de sementes, que certamente são aquelas que vimos semeadas no começo do anime, lá no primeiro episódio. Jogadas lá propositalmente por alguém, como eles sugeriram.
E com certeza a coisa que parece uma raiz que a Chise encontrou também é uma dessas sementes, e uma que já está brotando e começando a assumir uma forma perigosa ao final do oitavo episódio.
Sobre a Chise eu falo depois.
Quando questionado, Knight afirma que kaijus podem sim ter coração. E ele fala isso com conhecimento de causa, não é? Afinal, ele e a Segunda são kaijus.
Por isso não é surpreendente que ele concorde em apenas observar um kaiju pequeno e não ameaçador.
Próximo.
Gauma e Koyomi estavam no fundo do poço no começo do sétimo episódio e isso os aproximou um pouco – enquanto a Chise se sentia alienada observando de longe.
Sobre o Koyomi eu falo depois.
Sobre a Chise eu falo depois.
Gauma em particular se sentia mal no episódio sete por ter deixado o Dyna-Diver tomar dano. Mas, de verdade, não havia o que ele pudesse ter feito ali quando era o único membro funcional da equipe enfrentando o mais poderoso kaiju que o Dynazenon já teve.
O que ele teve culpa nesse episódio foi antagonizar o Knight de forma imprudente e quando eles mais precisavam de ajuda. Por sorte acabou não fazendo diferença no final.
Já no oitavo episódio o Gauma ferra tudo de verdade e deixa o kaiju em que estavam de olho escapar. Esse felizmente era fraco, mas com a equipe separada exatamente porque o estava procurando a situação poderia ter terminado muito mal.
Gauma conta mais algumas coisas sobre a mulher que ele procura: ela era bonita (ah vá), foi ela quem confiou o Dynazenon a ele, era uma princesa e devia ser um tipo de anjo ou de autora de autoajuda. Sério.
Ela gostava “de todas as formas de vida”, dizia que as pessoas devem viver de forma honesta com seus sentimentos, e que existem três coisas que devem ser protegidas: promessas, amor, e uma terceira coisa que ele não disse porque adormeceu e quebrou sua promessa de vigiar o kaiju.
Próximo.
O Koyomi se sentia mal no sétimo episódio por causa da Inamoto, evidentemente.
Porque tudo deu errado com ela tanto no passado quanto no presente. Porque ele achou que tinha uma chance, mas não tinha.
Porque ele salvou o marido dela.
Não entenda errado: ele sabe que é o certo e se sentiria muito pior se não tivesse feito isso – independente do marido morrer ou não. Mas ele pensou em não fazer. Por raiva, ou só para ter uma chance com a mulher que gosta, não importa o motivo. É por ter pensado isso que ele se sente mal.
Essas coisas são mesmo complicadas.
No oitavo episódio o mais relevante que ele fez foi impedir que o Gauma disparasse uma barragem de mísseis no meio da cidade. Isso é bastante importante na verdade, apesar da indiferença com a qual Dynazenon vem tratando as mortes decorrentes dos kaijus e das batalhas contra eles.
Sensação exacerbada quando, vez ou outra, o anime dá o devido destaque ao horror. Dynazenon possui uma narrativa muito consciente sobre a destruição e as mortes e que está escolhendo fazê-las parecer irrelevantes. Apenas parecer.
Próxima.
Agora sim a Chise. Imediatamente depois do Koyomi para destacar um fato: quando o Koyomi precisou de apoio emocional (final do sétimo episódio), a Chise estava lá. Quando a Chise precisa (o tempo todo), ele não está.
Ela é mais nova que os demais e não tem função definida, então está só mais ou menos acompanhando eles, como se fosse uma mascote, e ajuda um pouco quando tem oportunidade.
Mas deve ser difícil para ela se livrar da sensação de que não é realmente necessária. Se ela parar de ir, ninguém vai dar por falta.
O Koyomi talvez até prefira que ela pare de segui-los: ele se sentiria mais seguro assim sabendo que ela está mais segura.
Lembrando que a Chise é uma garota que está faltando às aulas porque provavelmente sofre bullying, e provavelmente se automutila por causa disso também.
Ela é uma pessoa em uma situação delicada, fragil. E, nas circunstâncias de Dynazenon, uma situação perigosa.
Kaijus se alimentam de emoções humanas, afinal. E nem vou começar a especular sobre a possibilidade dela ter um colapso mental e acabar se rebelando e se tornando uma inimiga ou algo parecido (pense no final de Digimon Tamers, se tiver assistido).
Conforme ela se sente isolada, ela se isola mais. A Chise está se fechando e se afastando.
E ela tem uma droga de uma semente de kaiju sobre a qual ela não falou nada ainda para os demais, e que ao final do episódio oito está brotando e tomando forma – uma forma assustadoramente parecida com a de um kaiju, ou com a estrutura bulbo-filamentosa que o Yomogi enxergou ao tentar controlar o kaiju do mesmo episódio.
Aliás, a Chise nem titubeou ao tentar controlar o kaiju. E se ela tivesse conseguido? Será que ela pensou no próximo passo?
Próximo.
No início o Juuga parecia o líder dos Eugenistas. E bom, talvez seja mesmo, se eles tiverem um líder, mas quem está com os colegas na palma da mão é o Shizumu.
Não acho que ele tenha nenhuma má intenção com isso – entendido aqui má intenção em relação aos seus companheiros. A coisa sobre erradicar a raça humana definitivamente é uma intenção bem malvada.
Shizumu manipula os colegas, mas sem má-fé para com eles. Provavelmente ele faz isso apenas por ser quem mais entende sobre kaijus de todos.
Já havia feito Onija e Mujina controlarem juntos um kaiju, o que não apenas fez a equipe Dynazenon ter sua mais difícil luta (e teria sido difícil mesmo se eles estivessem mentalmente bem), como os dois saíram daquele luta aparentemente muito mais focados no objetivo dos Eugenistas.
No oitavo episódio ele faz outro tipo de experimento: tira seus companheiros de ação para permitir que um kaiju que nasceu incompleto terminasse de se desenvolver e, mais importante, descobrir como os heróis reagiriam a esse kaiju.
Outro plano que deu muito certo. O Yomogi parece estar despertando o poder de controlar kaijus. Vai saber o que vai dar disso.
Próximo.
Finalmente Yume e Yomogi.
Depois da rápida degeneração da relação entre os dois por causa da confusão da Yume sobre sua irmã e do medo de se tornar vítima como ela, nesses dois episódios eles evoluem a olhos vistos.
Eu até achei na verdade que reataram rápido demais. Se a Yume estava com medo de se aproximar do Yomogi o que a fez deixar de ter medo? Obviamente nada mudou nesse aspecto.
Ele disse a ela sobre como eles não podem ter ainda certeza de nada sobre a irmã dela, então isso talvez tenha aliviado um pouco o coração da Yume, mas aquele vídeo definitivamente retratava bullying.
Uma possibilidade é que a Yume de fato venha a sofrer bullying das amigas do Yomogi. Pode ser um desenvolvimento interessante. Que não aconteça durante uma crise do Yomogi porque despertou o poder de controlar kaijus, quando ele estiver preocupado demais para prestar atenção no que acontece a ela (mas vai ser assim, não vai?).
Talvez a Yume não entenda a irmã porque nunca sofreu bullying. Talvez ela tenha estranhado, mas não entendido, a manga solta que a Chise usou mesmo indo para a piscina, porque nunca sofreu bullying.
Em todo caso, no oitavo episódio isso é só passado (pelo menos por enquanto) e a relação avança mais um pouco ao final do episódio quando a Yume convida o Yomogi para sair, para agradecer por tê-la salvo e, provavelmente mais importante do que isso, para animá-lo.
Porque no começo do episódio ele fez o mesmo convite a ela e pelo mesmo motivo, mas ela não teve oportunidade de aceitar a oferta porque o Gauma ligou bem na hora.
Sobre a Kano, a irmã, a Yume está perdida porque aquela que ela conhecia quando viva e a que ela está conhecendo agora por relatos e vídeos parecem duas pessoas diferentes.
Nada novo sobre ela é revelado nesses dois episódios, eles até procuram pelo Futaba, o suposto namorado dela, mas sem sucesso.
Pelo menos ela continua tentando, em boa parte graças ao apoio do Yomogi.
É isso por hoje! Ufa!