A alfaiate fez um terrorismo na cabeça da Anya que só foi superado pelo apartamento que ela alugou na cabeça do Damian, o amigo por esquema de pirâmide que ela vai ter que fazer a fim de garantir a paz mundial. Tá mole ou quer mais? Nada como um dia normal nesse anime.

Que a Anya é a criaturinha mais fofa do mundo a gente já sabe, mas até aonde a WISE pode ir a fim de mandar suas mensagens cifradas para o Twilight eu não faço ideia. Nesse episódio não conhecemos mais da organização em si, mas vimos uma nova personagem atrelada a ela.

A supervisora bonitona dissecou a segunda fase da missão para nós, mas eu diria que sua principal utilidade nesse episódio foi evidenciar como o Twilight, por mais que tente ter controle sobre tudo, já entende bem o quanto tem coisas que não dependem dele na Operação Strix.

Isso é trabalho em grupo? Isso é trabalhar em família. Isso gera ansiedade e instabilidade? Demais. Mas não tem outro jeito. Inclusive, a ausência dos pais do Damian (o segundo filho do “alvo”) na recepção aos novos alunos só reforçou o quanto é e será difícil ter acesso a esse homem.

Mas antes de adiantar assunto, como não elogiar a Anya de uniforme? E melhor, como não se divertir com ela querendo exibir sua fofura para todo mundo tal qual a gente esperaria de… uma criança. Sim, a Anya é só uma criança, quer a paz mundial dependa dela ou não.

Conservar essa inocência, esse pureza, da Anya em meio as suas tentativas confusas, e geralmente falhas, de atender as expectativas do Loid são o que tornam essa missão tão divertida e imprevisível. Por mais boa vontade que tenha, é compreensível que ela se atrapalhe mesmo.

Sendo assim, não surpreendeu a tentativa falha de rapto dela, o que aconteceu mais para reforçar a qualidade da Yor enquanto guarda pessoal que exatamente explorar essa questão da infantilidade (óbvia) da Anya (que acaba até consolando a própria mãe por um momento).

Não, a Yor ser boa de briga não é a resposta simplória para seu questionamento sobre a própria capacidade de ser uma boa mãe, mas com certeza é o primeiro passo. Se não a faltar boa vontade e esforço, por que ela não seria uma boa mãe? Por que a filha aprende tudo errado?

Sim, a falta de noção da Anya com certeza não ajuda, mas a gente sabe também que isso ocorre mais para gerar comédia e elevar o nível de dificuldade da missão que exatamente aprofundar qualquer discussão sobre paternidade/maternidade. É preferível que ela faça tudo errado.

Ao mesmo tempo, não consigo ver isso como problema ou forçada de barra, ainda mais levando em consideração que sua principal vantagem muitas vezes pode ser sua principal desvantagem. Sim, me refiro ao seu poder de ler mentes e como ele a ajuda a pôr os pés pelas mãos.

Pedir para um adulto que lidasse bem com esse poder já seria complexo, imagina uma criança suscetível aos pensamentos mais sinceros de outras crianças? Isso em um ambiente que replica os códigos sociais mais básicos dos adultos. Ou melhor, os códigos que os adultos replicam.

Pensa aqui comigo, temos o Damian, que é o dono do pedaço no qual outros garotos se escoram. Os figurantes, de famílias prestigiadas porque sim. E a Becky, que a princípio atrai negativamente a atenção da Anya, mas por “sorte” acaba rapidamente criando um laço com a heroína.

E ainda tem a relação de Anya e Damian, que a princípio se baseia em uma aversão mais que merecida por parte dela, mas que tem tudo para ser um interesse genuíno por parte dele. Se adultos se mordem quando alguém não toca a sua música, imagina uma criança nesse cenário?

Sem querer o Loid acabou foi agindo bem, pois mesmo que a primeira impressão de uma criança para com a outra tenha sido péssima, era justamente desse estímulo que o Damian, um filinho de papai babaca, precisava para que a Anya ganhasse a sua atenção.

Somemos isso ao descaso dos pais dele e temos o cenário perfeito para uma aversão que vai se tornar amizade, o que deve ajudar a Operação. Ter ganhado um raio, e não uma estrela, depois do socão que a Anya deu nele também não ajudou, mas isso a curto prazo, a longo você verá.

O Damian é reflexo da criação que teve, como as coisas que a Anya fez aprendeu com a Yor, só entendeu errado. Filhos reproduzem por aí o que aprendem em casa. Por fim, o socão foi lindo e a cara de pau da Anya impagável. Vamos ver esse bullying virar amizade? Vamo nessa!

Até a próxima!

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