Ajin 2 – ep 6 e 7 – Algumas vezes se colhe o que se planta
O ritmo lento de Ajin, com quase nenhuma progressão, continua consistente nestes episódios. A captura de Tosaki, que perdura desde o episódio passado é finalmente finalizada com seu desfecho óbvio e subsequente entrada para o arco da proteção ao último membro da lista de Satou. Eu sou iwan, e estou de volta depois de um bom tempo com os artigos de Ajin 2.
Vivendo como uma adolescente rebelde, Shimomura tinha uma relação terrível com a mãe, até que um dia após morrer e perceber que era um Ajin, teve a surpresa de descobrir que sua mãe e padrasto queriam vendê-la para o governo. Ela foge de casa e após 1 minuto de CGI mal feito está morrendo de pneumonia com Tosaki ao seu lado, descobrindo que na verdade sua mãe fora morta por seu padrasto enquanto tentava impedi-la de ser vendida.
O que isso tem a ver com a Shimomura ser como é hoje ? Nada, tipo, talvez até tenha, mas no mínimo não foi feita qualquer relação, simplesmente droparam um flashback como se fosse uma chave para o arco da personagem. E eu vou ser bem sincero quanto a esse flashback da Shimomura: eu não ligo pra ele. O passado da Izumi não tem absolutamente nenhuma relação com o fato dela obedecer o Tosaki. Fora o fato que o Tosaki foi quem descobriu ela e é um primor de irrelevância invejável que se pretendia servir de alguma coisa no mangá (assumindo que ele estava lá) o anime fez o favor de tirar seu sentido.
Agora que pus a maior inutilidade do episódio para fora, acho que podemos voltar nosso enfoque para algo mais produtivo, o quão ridiculamente óbvio era que Myers ia se voltar contra o babaca mor do FBI e matá-lo. Tudo naquele sujeito gritava “Sou um babaca, mereço morrer” e dito e feito, seus constantes maus tratos para com Myers desencadearam, em um dos máximo exemplo de efeito cármico que você vai encontrar por aí, seu frio assassinato (uma bala casualmente atirada por Myers após Shimomura derrubá-lo com tranquilizantes).
Portanto, Myers decide que mais importante que tentar inutilmente impedir Shimomura, era planejar sua rota de fuga e garantir sua sobrevivência após a derrota de seu chefe. Traindo o tão odiado patrão sem pestanejar, Myers foge em busca de sua nova vida, em um mundo que provavelmente a terá como morta (o que é bem fácil, considerando que muito provavelmente ela fosse uma Ajin secreta como Izumi, o que não dá qualquer motivo para os EUA se importarem em procurar por ela mais do que pelo corpo do agente do FBI).
Além desse caso óbvio, a temática desse arco foi fortemente voltada para o carma. Tosaki que infernizou e torturou tanta gente foi torturado pelo FBI em busca de informação. Shimomura, que sempre esteve protegendo Tosaki, arriscou todas as suas fichas para resgatá-lo, comprometendo de forma completa o plano deles de interceptar Sato, o que não só põe a vida de Tosaki em risco (já que ele está prestes a ser demitido), como o faz se indispor com ela. A própria mãe de Shimomura e seu padrasto são alvos de carma, o primeiro é morto pela mulher por ter acabado com a vida de Yoko (nome original de Izumi) e planejar vendê-la ao governo, já a mãe termina morta por ter destruído a vida de sua filha, a destratando e deixando-a conviver com aquele terrível padrasto (na verdade, ela é morta pelo marido por ter tentado matá-lo, mas o carma não vêm daí…).
Finalmente, até mesmo Sokabe junto ao primeiro ministro passaram por uma experiência de carma, pois se o primeiro sempre e consistentemente zombou de Tosaki por sua incapacidade em realizar sua missão (sendo que a missão de escolta dele foi um tremendo fiasco que terminou na morte do Ministro) o outro negou o fornecimento de sua localização a Tosaki, fazendo toda essa bagunça na qual Shimomura teve de deixar nosso óclinhos favorito desprotegido por 5 minutos, para hackear os dados do horário do Ministro, permitindo o seu sequestro, pra inicio de conversa, durante o horário em que todos eles podiam estar ajudando no combate contra Sato e salvando a vida do próprio Ministro.
Depois desse episódio fica claro que Sato não tem o menor interesse em um diálogo real, apesar do Ministro ter argumentos convincentes (lógico que ele sabia de podres do Ministro que viriam a calhar e quem sabe valeriam a anistia Ajin). Para Sato nada disso importava, ele queria continuar seu joguinho de mata – mata e continuará fazendo-o independente do resultado. O que realmente está em questão é: até quando Tanaka e os demais Ajins vão seguir Sato?
Mortos da semana: 1
Mortos que faltam para a segunda onda: 1/15