[sc:review nota=5]

 

 

Takeo é uma mistura incrível de seus pais: ele é gentil e solícito como o pai, ao mesmo tempo em que é forte e despreocupado consigo mesmo como a mãe. Como esta se encontra no final da gravidez, seus instintos de proteção se elevam a um nível quase animal, e tudo o que ele quer é ajudá-la o máximo possível para que tudo dê certo, mesmo que na maior parte do tempo ele não possa fazer absolutamente nada. Takeo é um ótimo filho, e tudo leva a crer que também se tornará um irmão mais velho incrível. E olha, a pequena vai precisar.

Todo o episódio foi construído para o parto da dona Gouda, é fácil perceber isso. Começa pelo fato de o foco convenientemente se encaminhar tantas vezes para ela, com aquele barrigão enorme, em um anime na qual as câmeras raramente deixam o casal principal. É bonitinho notar o cuidado com que Takeo e seu pai tentam lidar com a mulher grávida, e em como se frustram na maioria das vezes com a independência dela. Seu principal argumento é sempre “Eu fazia isso quando está grávida de você, posso fazer de novo.”. Por um lado eu a compreendo, deve ser meio chato ser tratada como inválida o tempo todo e ter sempre alguém criticando tudo o que você faz; além do quê, ela é uma dona de casa, se deixar de lado as tarefas domésticas e as compras vai fazer o quê da vida? Por outro lado, essa teimosia extrema é justamente o que dá motivos pra eles se preocuparem com ela, até Suna e Yamato. Yuriko esconde quando sente dor, não pede ajuda em nada do que faz e até vai para as caminhadas e consultas sozinha. Aí até a gente que tá do outro lado da telinha se preocupa, né? Já vi muitas vezes caras reclamando por se sentirem inúteis e impotentes diante da gravidez da sua mulher, sendo ela perfeita ou cheia de problemas. Imagina então como os dois se sentiam? Ainda mais Takeo, que até parecia já saber que os problemas estavam por vir.

 

Deixa eles te ajudarem, mulher!

Deixa eles te ajudarem, mulher!

 

Yuriko não se sentia bem, mas não pediu ajuda. Aliás, se Takeo não tivesse chegado bem na hora em que as dores pioraram, não dá pra saber o que poderia ter dado errado. Em meio à correria, ao caos, ao pânico do adolescente sozinho em uma situação que sempre gera temor, Suna foi o oásis desta pequena família em ascensão. Entre pagar o táxi, se comunicar com os empregados do hospital e tranquilizar a mamãe de que tudo ficaria em ordem durante sua ausência, acho que Takeo teria tido um piripaque se estivesse sozinho, ahaha. Ah, mas Yamato estava lá também, fazendo o jantar para seu namorado estressado. Um amor esses três juntos, não dá pra negar. Eu só queria saber onde o pai se enfiou nessa história toda, sabe? Aliás, acho estranho que a mãe tenha ficado internada sozinha n hospital, sem o filho nem o marido. Não sei como as coisas funcionam lá no Japão, mas aqui sempre há um acompanhante junto com a pessoa internada, durante o maior período de tempo possível. Ainda mais quando Yuriko não necessariamente entrara em trabalho de parto, mas se sentia mal por esforço físico inadequando (tá vendo?). Mas no dia seguinte, uma pessoinha parruda quer vir ao mundo.

Partos rápidos existem, e são mais comuns do que se imagina, mas parir uma criança de quatro quilos em um minuto? Parabéns, mamai, estou impressionada! Uma menina forte (e ainda sem nome) chegou e já é babada por todo mundo, mas principalmente pelo irmão mais velho. Só poxa, não precisava tê-la oferecido a Suna tão rápido, né? Deixa ela ter 16 e ele 31, aí eles decidem sozinhos – se com ele e a Ai não rolou, vai que é assim que as famílias se unem? Hehe. O título de momentos destacados do episódio vão para:

1 – Momento gostoso: o pai de Takeo conta como conheceu sua mãe e como se apaixonou por ela;

2 – Momento fofura: Yamato segurando a irmã do namorado no colo, coisa mais família ever!

3 – Momento decisão: Takeo finalmente percebe que seu destino na terra é trabalhar em algo em que seja capaz de proteger os outros. Óbvio, mas já sabemos que ele é meio lerdo mesmo. Só falta decidir em quê (creio ter lido uma Mônica Jovem nesses moldes). Já Yamato quer trabalhar com crianças – também óbvio mas fofo.

As coisas vão ficar agitadas a partir de agora, e toda a atenção da casa estará voltada para a pequena bebê. Seja bem vinda,a pequena, e boa sorte nesta nova empreitada!

 

Muito cedo para estes planos, Takeo!

Muito cedo para estes planos, Takeo!

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