Dokyuu Hentai HxEros – Os heróis da sacanagem – Primeiras impressões
Dokyuu Hentai HxEros adapta o mangá de Ryouma Kitada, que também é um autor de hentais, pelas mãos do estúdio Project No.9 (do qual não dá para esperar nenhum primor de animação mesmo).
Na história acompanhamos Retto e Hoshino, dois amigos de infância que quando crianças são atacados por um alien pertencente a uma raça que rouba o desejo sexual das pessoas. Após essa experiência, Retto se torna um herói capaz de unir a força do ecchi (H) com o erotismo (eros), usando o HxEros, um dispositivo para lá de inusitado criado para impedir o roubo da libido das pessoas.
Não acho a ideia de HxEros exatamente ruim, mas a execução mediana o leva mais para o lado da galhofa que da seriedade, apesar de haver um draminha razoável entre os protagonistas. Inclusive, o assunto “taxa de natalidade”, citado no próprio anime, me faz pensar no quanto essa ideia batida tem sido “promovida” nos últimos anos. Alguém acha que isso vai fazer otaku querer ter filho? Mais fácil continuarem na…
A trama ter ecchi, “ação” e comédia boba não ajuda mas, de toda forma, a gente sabe que a intenção não é conscientizar as pessoas sobre a importância de ter uma vida sexual saudável e “produtiva”, mas sim tomar grana de otaku tarado. Superada qualquer expectativa diferente, HxEros não começou tão mal, pois apesar do ecchi ter sido censurado, a relação dos protagonistas é até bonitinha, porém…
Se a Hoshino fosse só alguém que tem desejos e os expressa eu não veria nada de ruim, pelo contrário, uma garota proativa é bem legal de ver em um anime, o que pega é o alien falar que ela é uma grande pervertida, fica parecendo que querer dar as mãos para uma mulher já é sinônimo de perversão sexual e não é por aí, né… Não que ela não pudesse ser uma taradona, mas não é bobo ainda ser uma e mudar tanto?
Inclusive, desenvolver essa aversão a garotos, meio que se privando de seus desejos para não ser mal vista pelo Retto, é um ponto interessante de se explorar a longo prazo, mas na estreia não foi tanto assim, no máximo digo que foi bom haver conflito interno, e achei a donzela de ferro uma boa sacada, mostra o quão profundo foi o problema para ela.
Mas se “castrar” socialmente não parece uma reação exagerada, que ela poderia ter ajustado com o passar dos anos? Enfim, a caracterização rasa e exagerada, típica de anime, desperdiçou um pouco um assunto delicado como esse – ao menos por ora, vamos ver na sequência -, e dentro do grupo de heróis taradões a garota vai ser estimulada a se soltar mais e verá que só perdeu tempo escondendo do amigo quem era…
Porque ele também é um taradão, apesar de não ter dado indícios tão claros, o que me faz esperar por muitas situações ecchi, e é um protagonista clichê que não avança com a heroína principal, mas também não espanta ou “usufrui” do harém. Não sei para que lado a história vai, mas o mais provável é que só se avacalhe ainda mais. Menos mal se os personagens não forem tão ruins, se der para rir e ver mamilos…
Não serei hipócrita, né, e se você vê um anime ecchi é normal que pense o mesmo. A versão da AT-X não ajudou com isso, mas li por aí que dia 9 de julho sai uma versão realmente sem censura (pelo menos sem as luzes nos mamilos, é o mínimo), a qual devo acompanhar, não nego. Ademais, o que eu posso comentar de interessante sobre esse ecchi, harém e sci-fi?
A animação só deve piorar, se na estreia já foi bem mediana, e a abertura tem uns trechos feinhos, é preocupante… Se a trilha sonora não faz diferença, sobra o ecchi, um tanto decepcionante nessa versão que saiu até o momento. A história é realmente bem simples, não chega a ser boa, mas também não é tão mal pensada e executada para não fazer sentido. Se, é claro, você achar que aliens safadões faz algum…
Que o anime abrace a galhofa, o ecchi escale e se for para ter romance, que o harém não atrapalhe muito, porque vai ser um harém, os cinco vão morar juntos, é só questão do quanto vai ser besteirol e do quanto vai ter história. Aposto pouco no segundo, mas isso não é um problema se der para rir e ver uns mamilos, bundas, peitos… Viva o ecchi (H) e o erotismo (eros)! Viva HxEros!
Até a próxima!