Finalmente chegou o momento de conhecermos a família do Nasa, as suas origens, o que comem, pensam, e etc. Para o casal, aquilo que era motivo de preocupação – algumas bobas e outras nem tanto -, acabou sendo completamente diferente do que esperavam, principalmente para a Tsukasa, que se viu cercada por um amor verdadeiro e que do seu jeito único, funciona.

O Nasa sempre deixou claro que os pais eram esquisitos e reforça constantemente esse fato, mas confesso que eles me surpreenderam com a esquisitice que demonstraram, até porque eu esperava outro tipo de pais insanos – talvez um pouco mais “over” e na pegada da Kaname.

Bom, exagerados eles continuam sendo, já que a cada minuto que falavam, as expressões de agitação não paravam, porém eles nada mais eram que uma dupla de doidos, oscilando entre a timidez excessiva e a tolice, sendo o primeiro um sentimento mais recorrente.

Acho engraçado pensar que esses dois estavam tão agitados em conhecer a menina – inclusive correndo com o encontro -, mas na hora H entraram em colapso nervoso, sem saber pra onde ir ou como dialogar e se apresentar devidamente a mais nova membra dos Yuzaki, que no final estava bem mais serena do que eles.

O mais irônico nessa união é que justamente a Kanoka, aquela que pensei ser a mais proativa no quesito contato – pelo pouco que demonstrou na ligação -, acabou virando uma coadjuvante no episódio, deixando todo o brilho para o Enishi, responsável por protagonizar momentos engraçados e outros mais tocantes ao lado da sua nora.

Falando nela, o anime continuou entregando aquilo que nunca cansamos de ver, que é o romance açucarado da moça com seu marido, porém com um toque de mistério muito bem ocultado pela fofura das cenas.

Nos outros episódios, a Tsukasa deixou bem claro como gostava da cultura pop e otaku, ao passo em que pouco se importava com coisas históricas – ao menos aquelas que não tivessem relação com seu hobby. Só que durante seu passeio turístico, ela demonstra uma memória histórica absurda, cheia de detalhes e com uma precisão meio impossível para alguém que não é um estudioso e entusiasta disso.

Ainda aponto como um extra a esse fato estranho, as falas que ela solta no ar, como os 1000 anos em que coisas não mudaram e por aí vai. Como ela sabe de tudo isso? Seria a jovem uma alienígena com alta longevidade, perambulando pelo Japão? Sinceramente eu não duvido dessa possibilidade.

Considerando as pistas, fico pensando em que momento ela teria chegado na terra, porque isso abre margem para muitas teorias, como o fato de ela poder ser a própria Kaguya em recomeço, ou quiçá uma descendente direta daquela que não pode desfrutar o seu amor aqui – hipótese que acho mais viável.

Para mim ainda é um pouco estranho que o Nasa não desconfie, ou ao menos questione as origens dela, principalmente por conta das dúvidas que ele próprio tinha lá no começo, assim como as coisas que descobriu sobre ela na casa da Chitose logo depois. Sei que ele está na fase de só amar e entender a companheira – o que eu acho ótimo e nem reclamo -, mas é algo que me desperta a curiosidade.

Voltando aos pais, embora o protagonista veja os pais como se eles fossem loucos – e são -, em momento algum se percebe que o mesmo não os ama ou sequer que lhes falte com o respeito, ao contrário, ele se importa bastante e se não fosse assim o rapaz nem se preocuparia com os dois. Do seu lado, Kanoka e Enishi gostam de reclamar e apontar a natureza séria e chata do filho, mas ambos tem muito orgulho do homem que criaram, o amando incondicionalmente.

A Tsukasa inclusive pode notar isso na conversa com o pai – numa cena bem tocante e bonita -, onde ele lhe agradece eternamente pelo que a moça fez salvando o Nasa, fora os momentos em que eles se esforçavam para fazer com que ela se sentisse a vontade e abraçada no seu novo lar. É observando essa relação divertida entre eles que pensei no título desse artigo, porque algo que foi visto e sentido entre os Yuzaki é o amor familiar acima de tudo.

Ao final dessa viagem familiar, Tsukasa e Nasa retornam a sua casa, com a união entre eles reforçada pela benção da Kanoka e do Enishi e a promessa feita entre pais e nora. A cena final eu penso que teve uma execução bem divertida, com o casal voltando feliz ao som do encerramento romântico e do nada a casa toda queimada, já preparando os dois para o próximo conflito. Para onde irão nossos protagonistas e quem os defenderá?

Agradeço a quem leu e até o próximo artigo!

 

 

 

 

 

 

 

 

  1. Quero acrescentar um detalhezinho a este episódio, uma cereja no bolo: A mãe do Nasa foi dublada por Masumi Asano, que é nada menos que a esposa do autor de Tonikaku, Hata Kenjiro. O Hata começou a escrever esse mangá logo após se casar com ela, a quase 3 anos, e parece ter dito certa vez que se baseou no próprio caso para escrever a história. Talvez por isso que tanto detalhe na relação dos dois parece tão natural (no meio das maluquices). Ele teve uma inspiração bem feliz. =)

    • Opa, Danilo!

      Rapaz, eu não sabia dessas curiosidades, mas valeu por me contar, é sempre bom pegar essas informações pra entender melhor as coisas.
      Tava pensando aqui, se tem dedo da história pessoal dele, não é a toa que rendeu uma obra legal, porque quase sempre a naturalidade e o realismo vem do domínio que a pessoa tem daquele tema, daí eles devem ser um casal ótimo e como você disse, uma inspiração feliz pra Tonikawa.

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