Saldo da sexta semana da Temporada de Primavera
Eu sei que semana passada eu disse que publicaria o saldo sempre às terças, e logo na primeira oportunidade já estou atrasado um dia. Mas eu tive um bom motivo! Você já viu a campanha de recrutamento do anime21? Se você gosta de escrever ou não, se você já tem um blog ou não, dê uma olhada!
Pela primeira vez na história dos saldos semanais houve um empate na primeira posição. Embora não sejam episódios bons pelos mesmos motivos, eu não consegui diferenciá-los de forma objetiva no quão bons eles foram. Quanto ao resto, uma semana normal. Não vou mais me dar ao trabalho de reclamar como os episódios dos animes que eu tinha grande expectativa deveriam ser melhores. Mas quais foram os melhores? Será que os meus são os mesmos que os seus? Continue lendo para descobrir!
23 – Etotama, episódio 7
Sério, episódio de recapitulação? Bom, teve uma ou outra piada engraçada, e uma ou outra coisa importante, mas ainda assim preferia ter passado sem essa.
22 – Denpa Kyoushi, episódio 8
A ideia geral do episódio não é ruim: educação formal é mesmo necessária para tudo, para todos? É ótimo que ela esteja disponível, mas a partir do momento que estabelecemos que ela é uma etapa fundamental inescapável do processo de amadurecimento, ela acaba atrasando-o, criando dificuldades adicionais e com alguma frequência gerando frustrações. Hoje quem é que chega aos 18 anos, se não sabendo o que quer da vida, pelo menos tendo alguma noção de em que área gostaria de atuar? Nesse sentido, é ótimo que algumas pessoas ainda consigam tomar essa decisão tão mais cedo. E uma consequência disso é que parte dessas pessoas abandona a escola. Também consigo me identificar um pouco com a mangaká quando ela diz que ao escolher escrever mangás, ao mesmo tempo escolheu não fazer outras coisas. Foi um dos temas de Hibike! Euphonium essa semana também: escolher o que fazer e escolher o que não fazer. Ao mesmo tempo, claro que Denpa Kyoushi teve que contar essa história toda de um jeito que me irrita e com cenas estúpidas como a que o professor simula incesto com sua irmã (sem que ela saiba que é uma atuação!), ou a hora em que ele fala que “otaku é quem força seus passatempos em pessoas que não querem”. Por favor, nem no Japão otaku quer dizer isso.
21 – Gunslinger Stratos, episódio 8
Um episódio ainda mais confuso que o anterior. Eu realmente não sei qual é a tara dos guardiões do tempo em transformar tudo em areia. Para quê? Qual o objetivo deles? Principalmente se é um destino inevitável da humanidade, por que não deixar que esse destino ocorra de forma natural? Bom, os dois lados se aliaram para derrotar o Dead End nesse episódio mas quem fez o serviço no fim das contas, depois de vários morrerem, foi a Xi. Eu mal lembrava que ela tinha nome, e sequer sabia que ela além de robô faz-tudo tinha sido a mãe artificial ou coisa assim para o Remy. Aliás, o Remy não morreu.
20 – Plastic Memories, episódio 8
Leia meu artigo sobre esse episódio.
Que ótimo, então isso vai virar um jogo de “conquiste a garota antes que ela morra”?
19 – Dungeon ni Deai o Motomeru no wa Machigatte Iru Darouka, episódio 8
Leia meu artigo sobre esse episódio.
Os termos “herói” e “aventura” não deveriam ser usados assim de forma tão leviana. O Bell agiu de forma heróica quando ele ficou para trás para dar tempo para a Liliruca fugir, mas ele só se meteu naquela situação em primeiro lugar porque hesitou em fugir quando o minotauro apareceu. E depois quando a Aiz chegou para salvá-lo, ele não foi heróico também, foi apenas imprudente, além de inseguro e machista (cansei, vou falar sim: não é porque é uma série para o público masculino que ele pode dizer coisas estúpidas como “te salvei porque você é uma garota” ou “não posso deixar você (uma garota) me salvar de novo”). E aventura não passou nem perto de ter. O episódio só não foi um fracasso completo porque o combate com o minotauro conseguiu ser mais ou menos interessante.
18 – Seraph of the end, episódio 8
Só existem dois tipos de vampiros: os fracos que nem bosta e os mais fortes que o Batman. A primeira missão do time do Yuichiro foi derrotar sete fracotes, que depois eles descobriram que eram oito, e essa informação errada foi uma armadilha! Primeiro que fracassou de todo modo. Segundo, por que a garotinha salva no episódio anterior colaborou? Quero dizer, se ela tivesse dito a verdade os vampiros nunca descobririam, morreriam e ficaria tudo bem com seus irmãos. Mas não importa, eles eram tão fracos que nem mereceram ter suas mortes exibidas em tela. Depois eles encontraram com apenas um do tipo fortão, e estavam prontos para talvez vencer com poucas mortes. Por sorte, ele tinha mais o que fazer e foi embora. Ahn… tá bom.
17 – Nagato Yuki-chan no Shoushitsu, episódio 8
Um episódio de pousada com fonte termal clichê. Só isso. Sério.
16 – Knights of Sidonia 2, episódio 6
Podemos voltar de volta à história? Até acho divertido o Nagate ter pedido para a Izana ir morar junto com ele, mas sei lá, não sinto que isso leva a lugar nenhum. Eles sequer têm uma relação romântica (ou pelo menos de amigos que se comem de vez em quando que seja, sei lá). Até a Tsumugi, com a mentalidade de uma criança, está mais perto de ter um relacionamento romântico com o Nagate. Quero dizer, ela dormiu junto com ele primeiro que a Izana, né?
15 – Punch Line, episódio 7
A culpa é toda do gato, pronto. Ele é que tem que ser derrotado e largar de inventar regras estúpidas quando o que está em jogo é a sobrevivência da humanidade. Qual é? Perguntar para pessoas que sabem o que está acontecendo sobre o asteróide me parece algo perfeitamente racional, mas o gato, que quer mudar a história, não deixa o Yuuta mudar a história? Ele tem que que descobrir como fazer com que as garotas, de alguma forma, impeçam o asteróide ao mesmo tempo em que evita perder o corpo para seu próprio espírito? Que droga. Aliás, inventaram uma explicação besta para ele ter um corpo de garota (e sim, é o corpo da outra garota da instituição lá). A minha era muito mais legal.
14 – Fate/Stay Night Unlimited Blade Works, episódio 19
Leia meu artigo sobre esse episódio.
Contaram um monte de coisa nova nesse episódio, ao contrário do episódio anterior onde contaram coisas que eu já sabia. As referências à Fate/Zero agradam quem assistiu a série, mas não são exatamente geniais, é mais como ver o seu amigo barrigudo com barba mal feita vestindo a camisa de uma banda que você gosta: você se identifica, você se lembra de algo que você gosta, mas não o que está na sua frente não é exatamente a Megan Fox vestindo uma camiseta do Metallica – só a camiseta. É teu amigo escroto com a camisa do Bode Preto e o mesmo lenço prendendo seu cabelo desgrenhado seboso de quando você o viu há dois meses atrás – e o conhecendo, você sabe que é provável que ele não o tenha tirado uma vez só nesse período. De todo modo, ok, o episódio revelou coisas importantes. Mas fez isso narrando elas, e … isso é um saco. Não venha dizer que não, que não tinha outro jeito, porque acabei de assistir esse mesmo Fate/Stay Night contar que o Archer era o Shirou sem precisar narrar isso. Talvez não dê para contar tudo sem narração, mas eles nem tentaram.
13 – Re-Kan!, episódios 7 e 8
O episódio 7 não é especialmente divertido, mas não chega a ser chato também. A melhor parte dele é o começo, que envolve a Inoue e todos os amigos da Hibiki preocupados com ela por estar sempre atendendo todos os pedidos dos fantasmas ao ponto da exaustão, e no fim das contas ela acaba usando um óculos especial que foi de sua mãe que bloqueia seu sexto-sentido depois da Inoue dizer a ela que se tirasse os óculos antes de um período de três dias elas não seriam mais amigas. Claro que ela tirou quando uma criança desapareceu e ela precisou da ajuda de fantasmas para encontrá-la. O oitavo episódio foi mais focado e um pouco melhor, contando a história de uma garotinha que o professor da turma da Hibiki conheceu quando criança no hospital e que morreu. E lógico, voltou para reencontrá-lo, mas não se lembrava de nada. Como ele estava para casar com outra professora, ficou a sugestão de que a garotinha um dia reencarnará como filha deles, mas isso não impediu a turma de ficar triste com a partida da fantasma – até mesmo a Inoue, que pareceu a mais triste de todos.
12 – Triage X, episódio 7
Um episódio extremamente expositivo. É o preço a se pagar quando se tem apenas 10 episódios, afinal. Mas teve um combate também, e ele foi interessante. A enfermeira parece ter entrado em fúria no final do episódio, quero ver onde isso vai parar.
11 – Houkago no Pleiades, episódio 7
Subaru reencontra Minato como um aluno recém-transferido para a escola e que está no clube de jardinagem, mas embora seja o Minato, não parecer ser o Minato e isso entristece a protagonista. A maior parte do episódio porém se concentra em mais uma crise entre Subaru e Aoi, depois que a amiga de infância ficou chateada com a Subaru por não ter contado nada a ela sobre o Minato (e na verdade até agora não contou); ela se sente deixada para trás. Ao longo do episódio elas fazem as pazes, e essa pequena crônica de separação, mudança e reunião serve de estímulo para que Subaru supere sua angústia quanto à mudança do Minato. Que talvez não tenha mudado tanto assim. No geral, foi um episódio muito parecido com os da primeira metade da série, e por isso mesmo não conseguiu me cativar. É como se estivessem apenas ganhando tempo até o arco final. Até a animação caiu de qualidade.
10 – Ninja Slayer, episódio 5
Esse episódio foi uma óbvia crítica aos grandes conglomerados financeiro-empresariais japoneses (os keiretsus, sucessores dos zaibatsus), embora rasa. O protagonista está mais perto de seu objetivo e o personagem coadjuvante do episódio foi divertido.
9 – Ore Monogatari!!, episódio 7
Leia artigo da Lidy sobre esse episódio.
O que é força? Takeo pensa nisso enquanto participa de uma disputa de judô, sem chegar a nenhuma conclusão mas com a certeza que a Yamato também é forte, do modo dela, do jeito que ela pode ser. E também que ela é a força dele, já que o incentivou tanto durante o mês em que treinou para essa disputa. Aí ele estava sendo apenas romântico. É verdade que ele treinou estimulado pelo incentivo dela, mas a força é dele e ele a aprimorou porque ele treinou. Pessoas sem um par romântico ou um motivo qualquer não devem treinar para ser fortes (ou, em sentido amplo, boas)? E basta alguém te amar para você se tornar forte? Me perdoe pelo coração de pedra. O episódio é bonito sim, embora não tenha nada de especial. Mudando de assunto: judô é um esporte bom para alguém sem noção como o Takeo porque você não vence machucando o adversário, mas sim derrotando-o com uma técnica que necessariamente evita que ele se machuque, não é como outras artes marciais onde apenas se define os limites do quanto e onde se pode machucar.
8 – Kekkai Sensen, episódio 7
Leia meu artigo sobre esse episódio.
A história de verdade é aquela que envolve o Leonardo, a White e o irmão dela, e está sendo contada bem lentamente em pedacinhos aos finais dos episódios. Bom, os episódios geralmente são legais, não vou dizer que não, mas depois que eu percebi que o principal estava sendo administrado à conta-gotas, no começo fiquei ansioso esperando que chegasse à tela como atração principal. Nesse episódio, desencanei, sei que vai continuar assim e só o arco final será dedicado sobre a história da White. E desencanar aqui é bem ruim, porque significa que, mesmo que eu esteja me divertindo com os episódios, não sinto aquela vontade louca de ver logo o próximo.
7 – Arslan Senki, episódio 7
Leia meu artigo sobre esse episódio.
E a última personagem que deverá se unir a Arslan, a se dar crédito à abertura, é apresentada: Farangir, sacerdotisa de Mithra, que veio de longe para visitar o príncipe e antes mesmo de chegar à capital soube das notícias da queda. Ela se encontra com Gieve e bom, o instinto de reprodução dele deve ser tudo o que o fará se unir a Arslan. A rainha foi capturada, o rei é um gordo imbecil que depende que o irmão faça tudo e ele próprio obedece cegamente ao bispo de seu deus. Silvermask parece não ter os Lusitanianos em alta conta, e já começou a tramar a queda do rei para colocar seu irmão no trono. Narsus meio prevê o próximo movimento de Kharlan, com base no que Elan descobriu se infiltrando na cidade, e meio aproveitou para testar Arslan, que foi aprovado sem nem saber que foi testado. Um episódio denso em informações importantes, talvez Arslan Senki acelere a partir de agora.
6 – Kyoukai no Rinne, episódio 7
Expandindo o universo de Rinne, agora temos demônios e espíritos de pessoas vivas que saem de seus corpos. Um rival tipicamente takahashiano é apresentado, e esse é o primeiro caso do anime a durar mais de um episódio. O ritmo a partir de agora tende a ser estável, acredito.
5 – Assassination Classroom, episódio 18
Leia meu artigo sobre esse episódio.
Mudou a animação de abertura, acho que a partir de agora os episódios tendem a ter mais ação e a ficarem mais insanos. Bom, esse episódio voltou a ter uma lição: por mais que você estude e se prepare, quando chegar na situação real pode muito bem não dar certo. É importante saber gerenciar frustração. Mas os alunos da 3-E nem tiveram tempo disso nesse episódio pois foram atacados por um novo inimigo, que os infectou com um vírus artificial mortal e quer trocar o professor Koro pelos remédios. O que será que iremos aprender no próximo episódio?
4 – Hibike! Euphonium, episódio 7
Leia meu artigo sobre esse episódio.
Um episódio com forte carga emocional e começo de potencial de crescimento dos personagens, individualmente ou na maneira como se relacionam entre eles. Eu quis assistir Euphonium por causa da música, mas gosto disso também. Foram basicamente dois os temas do episódio, que acabou ficando dividido ao meio por eles. Na primeira metade, a importância de saber a hora de dizer não. Como isso afeta a banda apresentado de um jeito fácil de generalizar para todas as situações na vida de qualquer pessoa, muito especialmente um adolescente que está crescendo e começando a ter responsabilidades. Na segunda metade, o que faz um bom líder. Esse tema foi mais específico, ainda que também seja generalizável, e serviu de espinha dorsal para finalmente revelarem o que ocorreu com a banda no ano passado. Não que seja algo inesperado, na verdade é até bastante óbvio, e por ser óbvio demais é que precisava de um fundo temático bom para ser revelado com toda a gravidade e peso que realmente tem: basicamente, calouros queriam que a banda se esforçasse enquanto formandos só queriam relaxar, e os últimos, com mais força política, conseguiram que o resto da banda ignorasse os que queriam mudança até que eventualmente desistissem. As exceções foram a agora presidente Ogasawara e a líder das trombetas Kaori (essa finalmente fez algo para ganhar meu respeito além de ser bonitinha), que tentaram negociar a situação, o que infelizmente foi em vão. A Asuka nada fez, não ignorou mas também não tentou impedir. Não dá para saber direito porque ainda, mas o que se apreende é que a Ogasawara apesar de parecer sempre acanhada e meio perdida na verdade é muito mais flexível e política que a Asuka, que provavelmente seria uma presidente terrível se não aprendesse a ouvir os outros.
3 – Ghost in the Shell: Arise – Alternative Architecture, episódio 8
Conclusão do arco. O namorado da Kusanagi estava sim ligado a bandidos, mas não aos bandidos culpados, coloquemos as coisas dessa forma. Ele foi usado, suas próteses foram usadas para criar bombas. A surpresa mais divertida contudo foi descobrir que a Kusanagi é que foi a líder da rebelião Qhardi, em outro corpo e com o nome de Scylla. O policial tem participação importantes graças às suas habilidades de dedução e no final do episódio é convidado para integrar a equipe. O ciclo está se fechando.
1 – JoJo’s Bizarre Adventure – Stardust Crusaders, episódio 44
O ruim de battle shounens longos é que a maioria dos episódios é meio amorfa, tanto faz como tanto faz, descartáveis. Felizmente esses episódios já ficaram para trás. O que foi essa guerra (foi uma guerra, não uma simples batalha) contra o Vanilla Ice, hein? Ele praticamente dizimou metade da força que chegou à mansão do Dio sozinho. Se na maioria das lutas do anime até agora os mocinhos sempre descobriam o truque e conseguiam burlá-lo, dessa vez nem isso bastou. Polnareff e Iggy tiveram que lutar com pura força de vontade, se esfoçando muito além de seus limites. E só tiveram essa chance, como o próprio Vanilla Ice disse, porque o Avdol se sacrificou antes. Normalmente eu me irrito quando uma história “desmata” alguém, mas acho que no caso do Polnareff ficou muito bem executado. E convenhamos, é melhor um aquecimento entre Dio e Polnareff do que entre Dio e Iggy. A metade japonesa do episódio começou tola, quase quebrou o clima, mas no final ficou muito boa também. Será que o Polnareff tem alguma chance de não morrer? Duvido.
1 – Cavaleiros do Zodíaco: Soul of Gold, episódio 5
Leia meu artigo sobre esse episódio.
Que o Afrodite não tinha morrido eu já sabia, afinal nenhum deles pode morrer antes de exibir sua armadura divina. Mas será que a Helena morreu? Como um anime bastante domesticado, é difícil pessoas morrerem em Cavaleiros, exceto inimigos é claro, e mesmo eles eventualmente retornam como se nada tivesse acontecido. A parte mais importante para o enredo foi ver o lugar onde Afrodite foi preso. Há doze bases, o que só pode significar que aquilo foi feito especialmente para os doze cavaleiros de ouro, o que implica que foi Andreas ou quem quer que esteja por trás das maldades nessa série que trouxe os cavaleiros de volta à vida. Mas o que eu gostei mesmo foi de ver o Máscara da Morte apaixonado (LOL), foi ele que tornou esse episódio o melhor episódio de Soul of Gold até agora.