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Você já ficou assistindo alguém jogar vídeo-game? Ou só eu que sou estranho assim? Porque já fiz muito disso (e de vez em quando ainda faço). Qual a graça disso? Bom, quando estou assistindo um conhecido jogar, a graça é socializar com o tal conhecido. Prestar atenção no jogo para tentar ajudar, simplesmente zombar do jogo ou de quem joga, enfim. Mas admito que não é lá tão divertido assim. O que são jogos eletrônicos? Sem dúvida eles evoluíram muito desde Pong, mas mantém até hoje uma característica básica: repita os mesmos comandos de novo e de novo até vencer, ou perca tentando. Quando se retira os relacionamentos entre os personagens de Dungeon, é exatamente isso o que sobra. E é o que os últimos episódios vêm fazendo, esse incluso.

Nesse nono episódio assisti a emocionante adição de mais um membro para a equipe do protagonista. Segundo a animação de encerramento, ela agora está pronta. O que deve significar que até o final serei obrigado a assistir episódios como esse: Bell & companhia entram em uma caverna genérica, derrotam monstros genéricos, um monstro mais forte aparece e Bell derrota ele sozinho, porque ele é o “herói”. O membro adicionado em questão é Welf Crozzo, da família Hefesto, e que fez a armadura que Bell usava até o episódio anterior até ela ser arrebentada pelo minotauro. E ele tem uma super história de origem!

Welf é um Crozzo, família de famosos ferreiros produtores de armas mágicas, que em algum momento caíram em desgraça. A única desgraça que caiu sobre o Welf, contudo, foi ser perturbado por todo mundo pedindo-o que faça armas mágicas, afinal ele é um Crozzo. Eu simpatizaria com ele se parasse por aí – deve ser chato mesmo ficar sendo lembrado e chamado não por quem você é, mas pelo seu nome de família. Mas ele tinha que começar a filosofar sobre armas, afinal por que não? Para Welf, a arma faz parte do que um aventureiro é (ok), ela nunca irá abandoná-lo (ok). Por isso armas não devem ser instrumentos para adquirir fama (quê?). Especialmente sobre armas mágicas, ele as odeia porque elas aparentemente quebram muito fácil, “abandonando” o aventureiro. Para mim tudo isso pode ser traduzido assim: blá blá blá, queremos adicionar um personagem “único”, com “personalidade”, blá blá blá. Ele é até mesmo mal visto por quem o conhece porque se recusa a aceitar pedidos para fazer armas mágicas. Que mundo bacana esse.

Enfim, com a adição de Welf, não só Bell ganhou um ferreiro particular como eles agora têm três membros no grupo, o que deve ser suficiente para entrar nos andares intermediários da dungeon. Estou excitado só de imaginar o que eles encontrarão lá (na verdade, não). Ainda não foi nesse episódio que fizeram isso, contudo, tendo ficado mais um episódio se “aventurando” no chatíssimo décimo primeiro andar. Bom, todos são chatos, mas esse é aquele que é chato e com névoa e com tudo meio sem cor. Em dado momento, quando eles já se preparavam para descansar, a mão direita de Bell começou a soltar fagulhas. Logo em seguida apareceu um dragão infante e um grupo inteiro de aventureiros correu de lá com o rabo entre as pernas. Bell porém não podia correr, porque a Liliruca estava perto do dragão, então ele soltou uma bola de fogo nele. As fagulhas produziram uma bola de fogo mais poderosa que o normal, derrotando o dragão instantaneamente. Mais tarde a Héstia explicaria que esse é o efeito da nova habilidade que ele ganhou (Argonauta). Parece que Bell ganha o poder de derrotar qualquer coisa. Olha, primeira vez que vejo um anime explicar o “poder do protagonismo”. Se o Bell já não estivesse na prática exercendo esse poder desde o começo (agora só ficou mais ridículo) talvez eu até achasse isso legal.

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