Dragon Ball Super – Eps 4 e 5 – Quem é esse sayajin?
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Dragon Ball Super é tema de redes sociais. Claro, já era, afinal não é comum que um anime volta às telas 20 anos após seu final (apesar de aparentemente estar se tornando). Mas a questão não foi bem essa. Se você, leitor, que está habituado ao mundo dos animes e não esteve numa caverna na última semana já deve estar habituado às piadas e reclamações sobre o nível de animação apresentado na luta inicial do Goku contra o Bills. Então, tenho uma proposta: ao invés de falarmos sobre os episódios corridos, como sempre, vamos falar sobre animação? Bem rapidinho, e de um ponto de vista bem leigo, claro.
Primeiro, um resumão básico, mesmo que quem já assistiu ao filme já saiba de tudo. O aniversário da Bulma chegou, tá todo mundo empolgado, tá rolando uma festa luxuosa em um cruzeiro, mas quem disse que Sayajins se importam com isso? Goku e Vegeta continuam seu treino como sempre, e a única coisa que os motiva a dar as caras por lá é o medo de levar uns bons gritos – sim, o maior medo dos maiores guerreiros do universo é uma humana brava. Fofo. Enquanto isso, Goten e Trunks exploram os prêmios do bingo, que incluem desde carros de luxo até um castelo (que eu não sei porque diabos está DENTRO do navio), mas o mais cobiçado é o primeiro lugar: as sete esferas do dragão. Não vou perguntar como eles as reuniram e Shen Long não apareceu porque nem sei se é uma pergunta válida, e também não vou apontar um sistema de segurança capaz de ser desligado por uma criança, mas falemos da gangue do Pilaf, que conseguiu entrar no lugar e está cobiçando as esferas. Falemos também de Bills, que fez Goku suar sem mal tocá-lo… Em modo SSJ3. Falemos de Vegeta, que mesmo sendo modelo de tsunderismo está comportadamente na festa da esposa, e já avisado por Kaioh sobre a ameaça iminente. Oh céus, flash-backs sobre a dança mais constrangedora da história dos battle shounens estão voltando à minha mente. Beleza, não quero mais falar disso.
Bills estava no planetinha do Kaioh, o pior pesadelo da divindade morta se concretizando. Na real, ele só estava curioso sobre aquela tal forma God e sobre o ser que derrotara Freeza, e examinou Goku com a curiosidade de uma criança, mas quando notou que ninguém sabia de nada, resolveu ir à Terra atrás de Vegeta. O lance é o seguinte, se as coisas corressem de forma tranquila, é bem provável que ele fosse embora sem mais contratempos e o planeta ficasse em paz, mas faz sentido ficar apreensivo diante de um ditador mimado cujo polegar pra cima ou para baixo pode determinar a vida ou os leões. Qualquer um tomaria providências para que ele fosse agradado e partisse, mas não Goku. Ah, não Goku. Ele conhece um gato roxo que pode destruir planetas por simples capricho e o que faz? Sim, o desafia. Vamo, bichano, cai dentro, é porrada. Porque é mesmo que esse cara é cheio de fãs?Ah, mas tô sando do assunto de novo. Vamos à luta, ou amostra grátis dela.
Quem conhece um mínimo de animação sabe que todas as cenas são produzidas quadro a quadro. Hoje em dia o processo é quase completamente computadorizado, mas algumas décadas atrás era muito mais manual. Isso explica, tomando DB como exemplo, sabermos exatamente qual seria a pedra ou montanha destruída a seguir, as paisagens serem diferentes dos personagens móveis, e também o bonito traçado deles. Com um processo computadorizado, mais dinâmico e rápido, o que se espera são resultados ainda melhores, certo? Errado. OK, é injustiça pausar um quadro no meio de um golpe e reclamar da deformidade no rosto e corpo dos personagens como muitos andam fazendo, mas poxa! A questão notada aqui não é só a perda de qualidade brutal que aconteceu entre os episódios anteriores e o 5, mas dentro do episódio em si! Há momentos em que tudo está muito bonito e bem traçado, mas em outros o amadorismo se assemelha a um rascunho. E essas diferenças conseguem ser sentidas dentro do próprio confronto que, por ser inicial, é bem mais lento do que os que costumam acontecer na franquia DB. Então, não deveria ter acontecido. Exemplo? Transformação do Goku em SSJ3. Ela em si é bonita e tem todo aquele padrão de cor que estamos acostumados, mas a conversa dele, segundos depois, com Bills já se parece um rascunho, Não caras, pra mim não dá.
Há uma conversa em alguns lugares de que, neste episódio especificamente, a Toei (estúdio que anima Goku e Cia desde sempre) ficou sem alguns de seus principais animadores. Bem, essa é uma explicação que eu posso aceitar. Mas mesmo assim, sinto muito Goku, mas o que deveria ser o seu retorno triunfal se tornou já um motivo eterno de piada não só na internet, mas entre os fãs. Senta ali ao lado de Sailor Moon Crystal e da famigerada luta Naruto vs Pain, e só torce pra isso não ser eterno. Senão, eu não sei o que será de você domingo em diante.
Jiatsu Senpai
Impressão minha ou você tem uma paixão platônica pelo Bills? Parece até que está torcendo pra ele destruir a nossa bela e querida Terra. #TeamGoku