Utawarerumono – ep 6 – Mães e filha
[sc:review nota=4]
O episódio começou com um enorme de um fanservice. Eu já estava aqui achando que ia ser, hmm, “pesado”. Bom, pelo menos para os padrões de Utawarerumono até agora. O Haku foi seduzido por uma bela mulher-bichinho na terma, e os dois, sozinhos e nus, beberam e conversaram. Depois disso ela enviou a ele um convite para um banquete em seus aposentos. Ah, tem coisa aí! Ela havia demonstrado mais interesse por seu nome do que por ele em si, é verdade, mas mesmo assim. Então enquanto ele seguia para o banquete (junto com a Kuon) foi de alguma forma imobilizado e a mulher-bichinho misteriosa montou em cima dele de forma muito sugestiva. E daí em diante … não aconteceu nada. O que não me decepcionou, longe disso. Decepcionado eu estaria se Utawarerumono tivesse se transformado em um torneio de quem submete mais o protagonista. Mas não foi o que aconteceu nesse episódio. O Haku sequer foi protagonista nele.
Quando subiram para o tal local onde supostamente seria o banquete e o encontraram vazio, a Kuon se divertiu um bocado resolvendo um quebra-cabeça na parede. Seria igual aos que a mãe dela gostava, disse. Uma escada se abriu e ela começou a se sentir desconfortável, ligeiramente assustada. Mas o Haku só queria comer e beber, e subiu na frente, para onde a Kuon o acompanharia em seguida e o encontraria imobilizado por baixo da mulher que havia conhecido, conforme eu disse antes. Kuon só ficou ainda mais assustada. Por que a dona da hospedaria estava montada no Haku? Acredito que um pouco por isso também, mas longe de ser o principal motivo. Alguns instantes depois a verdade surge: Karura (o nome da mulher-bichinho misteriosa, dona da hospedaria) é a mãe da Kuon! Quero dizer, quase isso. É uma espécie de mãe de criação que não gosta de ser chamada de mãe, então Kuon a chama de irmã.
Em seguida outra “mãe” da Kuon aparece: Touka. Parece que ela foi criada por muitas “mães”. Parece que elas eram o harém do protagonista do outro Utawarerumono. E tem mais um detalhe relevante sobre a Kuon que eu descobri mas não vou estragar pra quem ainda não sabe. Nem sei se vai ser relevante para esse anime, mas dado que é algo importante, mesmo se esse anime acabar sendo só um spin-off mesmo (como eu acreditava no começo, mas parece cada vez menos provável), é algo que deve surgir em algum momento. Então se você, como eu, está assistindo esse anime sem conhecer as histórias anteriores (dos jogos e do anime de 2006), fique de prontidão para uma revelação bastante interessante sobre a Kuon, hehe. Ou pesquise e mate sua curiosidade. Não que eu ache que existam muitos malucos como eu que estão assistindo sem saber de nada, mas talvez seja o seu caso. É? Olá, companheiro de loucura!
Enfim, a Karura desafia o Haku para uma disputa de resistência à bebida e lógico que ele perde, ficando inconsciente o resto do episódio. A partir daí apenas a filha e as mães conversaram. A Kuon, sempre tão extrovertida e confiante, perto de Karura e Touka estava bastante envergonhada e quieta. Elas perceberam isso, o Haku percebeu isso (e percebeu isso mesmo quando já estava bêbado, porque protagonistas são geniais assim). Kuon insistia em esconder, mas era inútil e ela sabia. Bom, já ficou bem estabelecido que a criação da Kuon não foi exatamente normal, então não é de se estranhar também que ela tenha em dado momento simplesmente sumido no mundo e nunca mais tenha mantido contato com nenhum de seus parentes. E como era de se esperar, ela estava envergonhada por causa disso. Não exatamente por ter saído pro mundo, mas por não se achar ainda adulta o suficiente para encarar as mulheres que a criaram, suas mães. A Kuon consegue ser uma graça de qualquer jeito, não é?
Mas o relacionamento dela com o Haku (que só existe na minha cabeça) não decola, não tem jeito. Quando questionada sobre isso, ela nem corou – sinal de que pareceu uma pergunta muito vinda do nada para ela, como se fosse realmente algo que nunca tivesse passado por sua cabeça. Qual é, Kuon, não gostou então do que viu no banho, no primeiro episódio? Tá bom, eu sei que não faz sentido nenhum achar que stalking e amor são a mesma coisa. A culpa não é minha! Sou um perdedor na vida real e em animes quem bisbilhota ou é um personagem secundário tarado ou é porque já está interessado! Não faz isso comigo, Utawarerumono. Eu realmente ainda tenho esperança de ver esses dois juntos, não acho que o Haku combine de verdade com mais ninguém. Embora, para ser bem honesto, a Kuon às vezes pareça mais uma figura materna do que uma amante para o Haku mesmo.
Eu me decepciono porque não entendo o que está acontecendo porque não conheço a história prévia, eu me decepciono porque a Kuon não está interessada romanticamente no Haku (e vice-versa), só me decepciono com esse anime! Mentira, eu me divirto um bocado também. Eu gostei desse episódio. E a Kuon deve ter gostado também, pois foi reconhecida por suas mães como uma verdadeira adulta. Parabéns, Kuon!