Bubuki Buranki – ep 5 – Bubukis também têm sentimentos
Episódio importante mas de execução fraca com uma revelação bombástica no final que, tudo considerado, não foi capaz de ter o efeito bombástico que se espera de revelações bombásticas.
Eu sempre dei de barato que os bubukis eram criaturas vivas e eram tratadas como tais. Quero dizer, eles têm olhos, fazem barulhinhos engraçados (principalmente o da Kogane) e são partes integrantes de burankis, que indiscutivelmente são criaturas vivas. Eu sei, é estranho pensar na sua perna como uma criatura viva (mas só penso assim da sua perna direita, tá?), mas isso só é assim porque quando ela é arrancada se torna um pedaço de carne e ossos inerte e sanguinolento (apenas confie na minha palavra e não tente isso em casa, por favor). Os bubukis são capazes de sustentar uma vida independente. Como assim tem quem não os trate como seres vivos no anime?
Pra não variar, o chato de galochas é o “líder” Hiiragi. Nesse episódio ele teve mais uma oportunidade para exercer sua não liderança e não deixou essa chance escapar. Como efeito colateral do combate entre a Kinoa e o Souya (que esteve mais para uma sessão de terapia onde os traumas do paciente são trazidos à tona … e que parou por aí; mas falo disso daqui a pouco) alguns cabos de amarração do Oubu arrebentaram e o robozão ameaçava cair. A solução do “líder”? Segurar os cabos com seu bubuki.
O Azuma não encontra palavras para agradecê-lo o suficiente, dado que está infligindo dor e sofrimento ao próprio bubuki para salvar o Oubu (e se você for pensar bem, burankis são apenas bubukis bem grandes e capazes de usar outros bubukis). O Hiiragi friamente responde que bubukis são apenas ferramentas e coisa e tal. Pensando bem, ele já havia dito isso antes, não havia? Eu que não dei a merecida atenção a isso. Enquanto salvavam o Oubu, o Azuma convenceu o seu “líder” a pelo menos considerar a hipótese dos bubukis serem criaturas vivas. Aí é aquela coisa: o bicho se importa com seu dono, eles precisam estar em sintonia, “força da amizade” entre humano e criatura fictícia, etc. Bastante dentro das regras de um anime infanto-juvenil.
E embora eu tenha escrito tudo isso sobre bubukis esse sequer foi o foco do episódio, que supostamente é sobre a luta da Kinoa e do Souya. É que é uma luta tão sem graça e sem luta que eu não tenho muito o que falar. Exceto que é assustador pra diabo. O Souya dá a entender mais de uma vez que tirou a virgindade da Kinoa anos atrás. Hoje ela parece adolescente, então imagina só como ela era anos atrás! Igualzinha, mas com uniforme colegial. Bom, ela deve ser uma jovem adulta né? Mas quando vestia uniforme colegial, a não ser que fosse uma cosplayer selvagem ou membro solitária de uma tribo urbana, ela era colegial. E o Souya já era adulto – quero dizer, ele estava na polícia, não é? Segundo a história falsa dele, ele estava lá infiltrado, mas isso na melhor das hipóteses significa que ele precisava, quando menos, parecer adulto. Talvez ele pareça velho demais e os dois tinham 17 anos, vai saber? Essa é a idade máxima de uma colegial. E claro, eles podem ter seguido os passos adequados de uma relação e coisa e tal e ela já ter 18 quando, enfim … mas não, para, tá tudo errado não importa como eu pense. O fato do Japão ser um país notoriamente errado por isso não ajuda (garotas meninas podem manter relações sexuais a partir dos 13 anos, ainda menor que a já baixa idade de consentimento brasileira).
E no final a Horino, que eu nunca entendi direito qual era o papel dela naquilo tudo, se revelou como sendo na verdade nada mais, nada menos do que Zetsubi Hazama, uma das quatro capangas da Reoko! Espera, por que ela atropelou o rabo do Matobai com um trem tão grande que usa quatro vias ao mesmo tempo se os dois são aliados? Segundo ela, porque pareceu divertido. Segundo o que eu quero acreditar, é porque ela não gosta do Matobai mesmo. A próxima luta agora será dela contra o Hiiragi. Boa sorte, “líder”!