O Guren foi introduzido no episódio 10, e revelou-se um robô de batalha (“knightmare”, no jargão do anime) poderosíssimo, rivalizável apenas pelo Lancelot, que no entanto só entrou na Batalha de Narita no episódio 11. O choque entre os dois poderosos robôs era inevitável. O britanniano e o japonês? Sim, mas não.

Guren é pilotado por Karen, uma britanniana mestiça, filha de seu pai com uma criada japonesa (ou pelo menos a essa altura do anime ela é uma criada, não sei se era diferente quando Karen foi concebida; de todo modo, foi um caso fora do casamento), e membro da Ordem dos Cavaleiros Negros, que foi fundada a partir de uma célula de resistência japonesa por Lelouch para ser seu exército particular contra o Império. Karen luta pela causa japonesa mas ela própria não é totalmente japonesa e está trabalhando sob um homem cujos planos não são exatamente a libertação do Japão, mas sim a destruição de Britannia.

Lancelot é pilotado por Suzaku, japonês e britanniano honorário, filho do ex-primeiro ministro japonês quando o país foi derrotado e ocupado. Ele luta por Britannia sim, mas seu objetivo, por confusos que sejam seus meios, é melhorar as condições de vida de seu povo realizando reformas dentro do Império.

Dois japoneses lutando por japoneses, mas de lados opostos. Seus robôs não poderiam refletir seu patriotismo e antagonismo de forma mais óbvia: as cores de Guren e Lancelot são vermelho e branco, respectivamente, cores que vêm a ser justamente as cores do Japão. Ambas máquinas de guerra ostentam detalhes dourados (que representam o sol?). Lancelot está equipado com uma arma azul, a cor de Britannia e que nesse contexto representa a contradição de Suzaku.

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