Sagrada Reset – ep 9 – Leite de pedra
Eu diria que esse é o artigo mais difícil até agora de Sagrada. O motivo? Simples, eu não sei o que escrever. Esse 9º episódio foi muito vazio, não teve quase nada. Eu definitivamente entendi o objetivo do episódio, mas isso não quer dizer que sei sobre o que escrever em relação a ele. Bom, esse episódio se resumiu a um flashback resumido, basicamente.
E então? O que eu digito aqui? Eu não sei, definitivamente não sei. A questão aqui é que esse episódio de Sagrada foi muito vazio. Escrever sobre algo vazio é igual pintar um quadro de algo que não existe, é difícil demais. No 9º episódio de Sagrada, não tivemos nada de importante, apenas diálogos desconexos — e engraçados — e um flashback mostrando como os protagonistas reagiram após a morte da Soma.
Na verdade, esse flashback foi bem estranho, já que o garoto só foi querer investigar a morte da garota duas semanas depois do incidente. Sério, ele só foi notar que tinha algo de errado duas semanas depois? DUAS SEMANAS DEPOIS? Certo, a morte da garota pode ter deixado ele “abalado” e sem muito tempo pra “pensar”, mas mesmo assim… é bizarro. Contudo, eu perdoo o personagem, isso nem foi um “erro” em si, só achei estranho mesmo.
O flashback pelo menos serviu pra mostrar que a Soma realmente se suicidou. A mulher que constrói cercas (eu definitivamente ignorei o nome dela) falou algo como “encontraram os calçados dela aqui”, ou seja, isso quer dizer que ela realmente se matou. O que diabos tem haver calçado com suicídio? Aparentemente os japoneses — ou grande parte deles — costumam retirar os calçados antes de se matar, assim como retiram seus calçados para entrar em casa. Eu admito que não sabia disso, foi um passarinho mexicano que me contou.
Outra coisa bizarra desse episódio foi a confirmação de que o Kei realmente fugiu de casa — isso já tinha ficado implícito em outro episódio, onde ele aparecia em um trem. Será que ele fugiu apenas para conseguir um poder em Sakurada? Foi só isso mesmo? Aliás, se ele fugiu de casa, como será que ele arrumou essa casa onde atualmente mora? Como ele arruma dinheiro para comer e coisas do tipo? Será que é uma ajudinha secreta do escritório? Teria o menino Kei caído em uma conspiração antes mesmo de chegar em Sakurada? Tantas perguntas, nenhuma resposta…
Aliás, a mulher que constrói cercas realmente será importante? Bom, considerando que todas as habilidades — convenientes ou não — tiveram uma utilidade até agora, então creio que com essa personagem não será diferente. A única diferença é que ela apareceu em um flashback, sendo assim, não sei se realmente será importante ou não… Na verdade, ela até que foi importante, no caso, comprovou que a garota se matou mesmo. Entretanto, a habilidade dela sequer foi mostrada, apenas citada.
Uma coisa “legal” desse episódio é que a mulher das cercas falou que quem diz “o pôr do Sol está lindo” costuma se matar logo depois. De primeira, isso apenas pareceu uma encheção de linguiça, mas na verdade não. Se não me engano, no episódio 7 ou 8, a Soma encontra o protagonista durante um pôr do Sol e diz exatamente isso. Sagrada é um quebra-cabeça abstrato, apenas isso, nada mais.
Eu sei que escrevi pouco e que o artigo nem foi tão bom assim, mas eu tentei, ok? Basicamente tirei leite de pedra desse episódio. O episódio não foi muito importante, algumas informações foram reveladas e apenas isso. Outra coisa também é que pudemos ver novamente que a guria do Reset criou uma certa dependência do protagonista há dois anos atrás, não é algo da “atualidade”. Aliás, o protagonista se aproximou do escritório para justamente arrumar um jeito de fazer a Soma voltar a vida, né? Foi o que deu a entender.
A animação desse episódio não teve quase nenhuma deformação — ou nenhuma mesmo. Esse anime não precisa de fluidez, já que não possui muita movimentação, então não possuindo deformações, está perfeito. A trilha sonora… inexistente. Só teve musiquinha na abertura — que por sinal, é muito ruim. Sobre o episódio no geral, apesar de vazio e descartável — um pouquinho só — eu achei muito engraçado. Ultimamente eu tenho rido bastante com Sagrada, os diálogos bizarros e as reações inexistentes dos protagonistas são coisas de outro mundo. Além das conveniências e bizarrices do anime em si.