Sagrada Reset – ep 10 – Fim do prólogo
Caros leitores, antes de mais nada, gostaria de dizer algo de extrema importância para vocês, algo que definitivamente não é encheção de linguiça ou coisa do tipo. Já ouviram falar que a vida é como uma flecha? É, caso nunca tenham ouvido falar sobre isso em algum momento da vida de vocês, considerem ler sobre isso neste exato momento. Bom, vamos ao que interessa, assim como uma flecha é puxada pra trás, para em seguida ser arremessada pra frente, a vida funciona da mesma forma. Passamos por momentos ruins para em algum momento boas coisas acontecerem, somos puxados pra trás para em algum momento sermos arremessados pra frente, assim como uma flecha. Onde eu quero chegar com esse papo motivacional? Simples! Sagrada Reset também é uma flecha, uma flecha bastante retardada, mas não deixa de ser uma flecha.
OK! Esse episódio 10 definitivamente foi BOM! Nesse último mês que fiquei responsável por Sagrada Reset acho que nunca fui capaz de elogiar algum episódio tão abertamente, mas felizmente chegou a hora de eu demonstrar meu lado “não hater”.
Apesar desse ter sido o terceiro episódio seguido que se inicia da mesma forma (com a velha e o protagonista conversando sobre a mesma coisa), esse episódio teve um bom desenvolvimento. Diferente do último — que foi um flashback bem qualquer coisa — esse episódio teve foco no presente, ou melhor, teve foco em algo que já vinha sendo citado a uns 3~4 episódios atrás, que no caso, é a ressuscitação da Soma Sumire. E sendo sincero, a forma que trouxeram ela de volta à vida foi super criativa, esperava algo menos interessante ou clichê. Na verdade, querendo ou não, Sagrada tem bastante criatividade, as habilidades não são genéricas, apesar da maioria — senão todas — serem extremamente convenientes para certos momentos.
Graças a alguns flashbacks antigos, já sabíamos que o protagonista conhecia Soma faz tempo e, ao meu ver, ele tinha — e ainda tem — bastante interesse nela. Esse “interesse” do protagonista em relação a Soma fica claro depois de sua morte, já que Kei ficou dois anos procurando uma forma de trazer ela de volta à vida, até mesmo se envolveu — ainda mais — com o Escritório para de alguma forma achar algo ou alguém que pudesse realizar seu desejo. Eu diria que esse episódio 10 foi o fim do prólogo de Sagrada, além de também ter sido basicamente a realização do objetivo-mor do protagonista.
Deixando a Soma um pouco de lado (depois eu volto nela), esse episódio também foi marcado por um flashback, tendo como protagonista o próprio Kei. Nesse flashback vimos como foi a chegada de Kei na cidade de Sakurada e como ele conseguiu se manter lá. Além disso, também vimos o primeiro reset que ele “sofreu”, a descoberta de seu poder e como ele entrou em contato pela primeira vez com o Escritório. Sinceramente, foi um excelente flashback. No geral, foi bastante explicativo e alguns buracos foram tapados.
Antes desse flashback, ficava me perguntando o motivo de nenhuma outra província ou país se interessar por Sakurada, não lembro se isso já foi citado antes — provavelmente sim — mas quando alguém sai de Sakurada, além de perder sua habilidade, essa pessoa também esquece sobre tudo relacionado às habilidades. Então, mesmo que alguém saia de lá, não vai poder contar para ninguém, já que não vai se lembrar de nada. Entretanto, me pergunto se alguém de Sakurada consegue ligar ou enviar um e-mail para uma pessoa de fora, assim a informação poderia ser repassada, não? Enfim, o motivo do protagonista não poder nunca mais sair de Sakurada tem a ver justamente com sua habilidade, pois mesmo que ele saia de Sakurada, ele ainda vai se lembrar de tudo o que tem lá por conta de sua habilidade. O protagonista ter esse poder foi conveniente para o desenrolar do plot? Um pouco, mas não interfere muito, pelo menos não me incomodou tanto.
Voltando para Soma, tudo o que aconteceu até agora em Sagrada foi planejado por ela. Sim, absolutamente tudo, até mesmo a sua morte. Por algum motivo, que ela não quis revelar, a morte dela era necessária, assim como a sua ressuscitação. Na verdade, eu acho que a morte dela foi necessária para aproximar o Kei dos outros personagens já apresentados, creio que seja isso. Enfim, como a Soma tem a habilidade de saber o futuro, ela já sabia de tudo o que aconteceria desde o momento que ela conheceu o Kei até o momento de sua ressuscitação, então realmente deve ter algo “grande” por trás disso. Sinceramente, achava que não seria ela de verdade, já que a forma escolhida para trazer ela de volta à vida não exatamente traria ELA de volta à vida, e sim uma outra Soma. Porém, no final dá a entender que a mensagem que ela enviou para si mesma no passado chegou, então ela realmente é a Soma “verdadeira”.
Concluindo, no geral, esse episódio foi bem bom mesmo, o melhor até agora de Sagrada. A melhor parte do episódio obviamente foi a parte final, onde tivemos a volta da Soma e o diálogo dela com o Kei. Aliás, aquele garoto de óculos era necessário para passar as memórias do Kei para a Soma, já que ela ficou dois anos offline. Enfim, todos os episódios ruins até agora tiveram um sentido no final, já que serviram para “criar” esse 10º episódio. A maioria das coisas sem sentido e sem nexo foram explicadas, então até que posso perdoar Sagrada por enquanto. Agora resta saber se o anime conseguirá se manter dessa forma, já que não adianta muito ter apenas um episódio bom e outros 10 episódios ruins. Aliás, o combo dos protagonistas também é uma forma de ver o futuro, né? Querendo ou não, é sim.