Os primeiros minutos desse anime são tão bizarros que chegam a ser hilários caso você não se ofenda com algo bem pesado puxado para o lado sexual envolvendo irmãzinhas aka imoutos. Aliás, se você viu esse anime e não curte histórias do tipo não vá em frente, pois o que temos aqui é um protagonista completamente aficionado por imoutos sem, contudo, ter uma para chamar de sua.

Que bom que é “ele” e que o Itsuki não é gay, se não esse anime não teria porque existir kkk…

É exatamente nesse ponto em que o anime se mostra mais ou menos uma mistura de Oreimo com Eromanga-sensei, pois envolve autores de light novels como o segundo e imoutos como ambos, a diferença é que esse não me pareceu uma cópia de nenhum dos dois – não li Oreimo, mas conheço um pouco da história pelo que li na internet e ouvi por conhecidos –, mas se assemelha às histórias por causa dos temas. Talvez mais a segunda que citei, mas os personagens mesmo citaram outras light novels – obras que devem ser da mesma editora, vale dizer – e uma delas era Oreimo que pelo que ouvi falar foi a que começou no Japão a febre de histórias envolvendo romance com imoutos.

O legal aqui é que a obsessão dele por imoutos não pode ser concretizada por ele não ter uma, mas ainda assim ele insiste com isso até mesmo em seu trabalho como escritor, o que gerou o primeiro momento de comédia do anime – bizarro e hilário se você não se incomoda com o tema, vale repetir. A seguir são apresentados outros personagens da história, algo feito de forma natural em meio a um jantar entre amigos. Jantar esse que rendeu outras boas cenas de comédia e até um jogo interessante que ajudou a comprarmos a ideia de que alguns daqueles personagens realmente são escritores de livros.

Temos a mesma idade e nem escrever poemas consigo mais. Eu não venci na vida kkk…

Um dos pontos fortes desse episódio – além da sua comédia – foi que ele, apesar de ter gastado mais tempo na cena do jantar, também trabalhou personagens e foi adicionando detalhes para que o telespectador quisesse conhecer mais da história deles nos próximos episódios. Uma garota ler algo de um autor, gostar muito e a partir daí se inspirar a superar um momento difícil na sua vida – foi o que pareceu pela cena – e também se tornar escritora é clichê, mas não ruim se pensarmos que faz certo sentido. Eu mesmo quero um dia me tornar escritor e acredito que devo isso a alguns autores que fizeram com que eu me apaixonasse pela leitura ao criar histórias que me tocaram profundamente.

Somemos isso à bela cena – com ótima trilha sonora – em que o Itsuki lê o livro de estreia da kouhai que o ama tanto – após outros bons e curtos flashbacks que mostram como os dois se conheceram – e se vê tocado por ele, chegando até a chorar e com certeza vendo algo de gratificante e significativo naquelas palavras, algo que o fez admirá-la como autora. Esse é um exemplo fantástico de como o ato de criar é uma troca, de como um dia você pode ser aquele que acolhe a cria de outra pessoa e no outro é você quem pode ter o que você criou sendo acolhido no coração de alguém. Isso mostra que a criatividade muda a vida das pessoas, que ela é algo realmente importante para a sociedade.

Só espero que ele tenha um motivo melhor do que “amar irmãzinhas” para não aceitar…

Considero esse um processo fantástico e usar esse tipo de situação para mostrar a formação de um laço entre esses personagens dá certa profundidade a eles e faz com que o público realmente os veja como escritores de light novels – e também pessoas comuns que se deixam cativar pelas histórias dos outros –, o que é essencial para não só prometer a ele a ideia de que essa será uma boa história, como também para aproximar o público do ato de criação de light novels – aliás, lembro de uma imagem promocional desse anime com um fundo de uma cidade real, o que para mim reforça a ideia de que tentarão dar certa verossimilhança ao processo de criação de light novels na obra.

É claro que eu posso estar esperando demais de um anime que já pela comédia “pesada” se vendeu de forma satisfatória – se formos pensar nele apenas como uma comédia cheia de momentos que renderiam prints polêmicos e que só não devo colocar aqui, apesar de querer, porque poluiriam demais o artigo –, mas eu posso fazer o quê se tiveram todo o cuidado de fazer um anime que ao mesmo tempo em que parece uma comédia rasa cheia de piadinhas de duplo sentido e momentos idiotas e bobos também consegue contar uma história interessante e com potencial para ser muito boa dentro daquilo que se propôs – retratar a vida de escritores bastante excêntricos.

Que autor de light novel não iria querer esse tipo de dificuldade, né?! rs

Eu sei que eu poderia ter feito um artigo de primeiras impressões dando maior destaque aos momentos cômicos malucos que essa obra tem, tecendo comentários sobre o irmão adotivo trap do protagonista, a autora desbocada e pervertida, o autor certinho e bem-sucedido, a universitária que ficou meio apagadinha ou o próprio protagonista – um siscon que parece ser só idiota e na verdade não é só isso –, mas isso só me faria gastar tempo com detalhes de superfície quando a obra demonstrou ter essas coisas sim, mas também outras coisas ainda mais interessantes.

O que esperar de “Uma Irmã é Tudo o que Você Precisa” de acordo com esse primeiro episódio? Espero que os personagens de suporte sejam melhor trabalhados – apesar de ainda ser cedo demais para dizer que foram mal aproveitados –, espero que a relação do protagonista com a autora pervertida seja ainda mais desenvolvida – até já estou shippando os dois kkk –, espero que ele seja melhor que Eromanga-sensei no que tece a verossimilhança com o ato de criar light novels – Eromanga tinha umas coisas que pareciam forçadas e não muito realistas – e, por fim, espero que continue apresentando uma comédia debochada e escrachada enquanto entrega momentos simples e belos em que ações falam mais do que palavras e mostram que a história tem coisas muito boas a oferecer – causar reflexão, satisfação e a sensação de que não foi perda de tempo acompanhá-la.

Essa cena foi intensa, louca e me fez torcer ainda mais por ela. Eu sou meio louco também, ok!

Mesmo que você não tenha gostado desse tipo de comédia dê uma chance usando a regrinha dos três episódios, pode ser que sua opinião mude com o tempo. Se por acaso gostou, ou ela não te incomodou tanto, siga em frente pisando na linha um tanto quanto tênue entre o ridículo e o sério que esse anime propôs, pois se você pender para um dos lados já deve ter valido a pena ver ele.

Pra mim o melhor e mais gratificante momento do episódio todo!

  1. Vou fazer apenas algumas considerações sobre o artigo, não gostei da classificação como bizarro, pesado a que foi retratado a obra, pra começo de conversa, o anime se classifica como ecchi com muito fanservise e as cenas pervertidas e sensuais estavam leves e nada forte demais a ponto de ser taxado como pesado. Eu adorei a obra e gostei demais do episódio 1 e o começo foi empolgante, agradável, doce, incrível e de tirar o fôlego, só faltou o protagonista ter uma relação sexual com sua irmãzinha imaginária protagonista de sua novela que está escrevendo.. O anime vai trabalhar entre outras coisas os fetiches por irmãzinhas lolis fofinhas que são muito doces e muitas fãs como este que vos digita apreciam sem moderação. Nenhum animei tem a obrigação de seguir padrões, regras e ou conceitos sociais, nem ser políticamente correto, não! Recomendo este anime pra quem aprecia cenas bem pervertidas com belas garotas 2D com sobrenome “irmãzinhas”. nota pro episódio 1 foi 10/10, e notei que o artigo representou um padrão social feminista politicamente correto, esta minha opnião vai representar minhas palavras, nenhum anime deve ser fiel a realidade, porque se acontecer de produzirem animes assim perderá a graça e eu não assistirei mais, o bom do anime é a fuga da realidade e entrar num mundo de fantasia onde todos os fetiches são obrigados a serem cumpridos a começar por fetiches por irmãzinhas lolis fofinhas, bom anime a todos.

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