Bom dia!

O Café com Anime é um bate-papo descontraído sobre animes da temporada entre mim e meus colegas Diego, do É Só Um DesenhoVinícius, do Finisgeekis, e Gato de Ulthar, do Dissidência Pop.

Continue lendo para ver como foi a conversa da semana sobre o Kujira no Kora, episódio 10!

Fábio "Mexicano":
Sou eu que preciso ir ao oculista, ou esse episódio de Kujira não teve foco nenhum mesmo?
Fábio "Mexicano":
Ok, eu entendi, a ideia dele foi mostrar que a batalha acabou, eles já nem estão mais tristes, superaram tudo (na verdade acredito que ainda não superaram, mas o episódio fez parecer que nem ligam mais), e agora podem seguir para sua próxima jornada, qualquer que seja ela.

Mas ahn… nadar pelado no lago pra fazer chover, botar a culpa por tudo no Suou só para fazê-lo prometer o impossível (me pergunto se uma promessa impossível desse gênero não está na origem da Baleia de Lama também), dizer que o capitão é uma falha como ser humano (mas no fundo tem sentimentos), que o Ryodari sobreviveu e agora vai virar um bufão do irmão da Lycos, e isso parece ser algo muito ruim, e tenho certeza que estou esquecendo mais alguns acontecimentos desconexos e totalmente irrelevantes que o episódio teve.

E, claro, a coisa do Skylos deu para eles uma concha que era na verdade um esquilo que serve para manobrar navios movidos à nous. O Chakuro nunca se importou em mencionar a concha para ninguém, e a conchasquilo só se desenrolou em esquilo quando o outro esquilo que eles já tinham, vindo do Lycos com a Lycos, mordeu o rabo dela e puxou. E só aquele esquilo servia, o outro que eles já tinham, vindo do Lycos com a Lycos, não servia (a propósito, Lycos não pode mais manobrar, então?).

Vinícius Marino:
Olha Fábio, você tinha comparado Kujira a uma sessão de RPG. Mas mesmo em uma sessão de RPG é preciso estar muito bêbado para chamar personagens de “Rochalito” e “Phone”.

Recepcionar estrangeiros pelado, no entanto, é o tipo da coisa que faz a essência do jogo. Em especial após a 16ª cerveja

Fábio "Mexicano":
Eu nunca fui muito bom nomeando meus personagens, continuo me identificando muito. E cada vez com mais certeza que isso é, de fato, uma campanha de RPG. E só jogaram sério pra valer na primeira sessão. E lá pela quarta ou quinta todo mundo (mestre incluso) tocou o foda-se e tão só zoando desde então.
Diego:
Foco eu não diria, mas Kujira claramente tem um sério problema de tom. Ele quer ser melodramático, mas quer fazer comédia leve na maior parte do tempo, e nisso mata qualquer senso de seriedade e de risco, mesmo quando temos personagens efetivamente morrendo. Ah, e aparentemente mata qualquer lógica também, ou vocês conseguem pensar em qualquer bom motivo para o Suou não ter colocado uma roupa antes de ir encontrar – SOZINHO E DESARMADO – os potenciais novos invasores?

Sinceramente, nesse ponto eu sinto que nem vale a pena me estender nas falhas, até porque o anime já chegou em um ponto onde só as repete constantemente. Mas ao menos tivemos UMA coisa boa no episódio: o visual foi talvez o melhor até aqui, sobretudo na cena em que as “asas” saem daquele esquilo concha. (Dito isso, a garota lá basicamente enrolou legal o Chakuro, em? “Vou te contar todos os segredos de Falena” – Luzes brilhantes e mudança de curso – “Bom, é isso ai, até mais ver, fui”)

Fábio "Mexicano":
Fiquei puto com a não revelação de “todos os segredos” também. Bom, teria ficado, se ainda estivesse me importando.
Gato de Ulthar:
O que foi isso? Faltando 3 episódio para o fim Kujira resolve dar uma guinada para qual direção? Todas ou nenhuma? Depois de uma batalha séria que quase custou a vida de todos os habitantes de Falaina, simplesmente ocorre “aquilo”, visitantes de outro reino com pretensões conquistadoras. Quem em sã consciência invade algum território inimigo com meia dúzia de gatos pingados? Pareceu mais um anime de comédia do que qualquer outra coisa. Quero que esse anime acabe o mais rápido possível.

E não é que sobreviveu o maluco de cabelo rosa, sem dúvidas ele é o Rasputin ou o Cavaleiro Negro de Monty Phyton?

Vinícius Marino:
Acho que ele é outro personagem de Monty Python, Gato: o príncipe Herbert. Aquele que é tacado pela janela pelo pai, mas depois reaparece no final da esquete para contar como sobreviveu em um número musical. 😀
Vinícius Marino:
Muito justo, considerando que ele vai virar um escravo sexual bobo da corte do irmão da Lycos.
Gato de Ulthar:
O curioso é que mesmo não possuindo emoções, eles precisam de bobos da corte.
Vinícius Marino:
Pois é. Eu me pergunto como devem ser os shows de humor. Se alguém rir, vai preso? Igual àquela cena de A Vida de Brian?
Diego:
Acho que pelo visto de fato só as classes mais baixas não possuem emoções, embora talvez seja eu dando crédito demais ao worldbuilding de Kujira.
Fábio "Mexicano":
Provavelmente todos os soldados e demais pessoas com habilidade de controlar thymia não têm (ou não deveriam ter) emoções. Se seguir a mesma proporção da Baleia de Lama, 90% da população.
Fábio "Mexicano":
Kujira pode ser ruim, mas o leitor tem umas boas piadas aqui, Monty Python é sempre recomendado 😃

E falando em recomendações, baseado no que Kujira parecia ser antes de estrear e no que poderia ter sido considerando o que ele tentou fazer, que outros animes, bons de verdade, podemos recomendar? Para tirar o gosto ruim dos olhos, sabe.

Diego:
O anime que o primeiro episódio de Kujira mais me lembrou foi Shin Sekai Yori, onde temos também uma sociedade pequena onde todos possuem um tipo de poder telecinético, no caso chamado Cantus. É um anime de mistério com um pezinho no horror, com um excelente worldbuilding e temáticas bastante provocativas sobre as complexidades de se manter uma sociedade estável. Super recomendo a qualquer um.
Gato de Ulthar:
Recomendar animes bons na mesma pegada de Kujira? Vejamos… Temos Made in Abyss, pois ambos abordam um mundo curioso, com personagens diferentes, povos e raças estranhas e mistérios a serem descobertos.
Vinícius Marino:
Last Exile? Também envolve adolescentes rebeldes, um império beligerante e guerras entre “naves” gigantes. De quebra, também foi visualmente impressionante (pelo menos pelos padrões de 2003)
Vinícius Marino:
Ah, e minions. Não esqueçamos dos minions!
Fábio "Mexicano":
Shinsekai Yori, um anime que eu estava assistindo, gostando, e não sei porque parei, e Last Exile, um anime que está há muito tempo na minha lista de animes para ver, sem dúvidas excelentes recomendações ☺️

E Made in Abyss provavelmente terminará sendo o meu anime preferido do ano 😛

Fábio "Mexicano":
…a gente quer continuar falando desse episódio? Ou vamos esperar o próximo e ver se ele pelo menos consegue se focar em uma coisa só, ou duas que seja, enfim, ter algum foco pra gente saber onde chutar?
Diego:
Acho que nesse ponto ninguém aqui queria nem estar assistindo Kujira mesmo 😛 E não espero que o próximo vá ter um melhor foco não, e provavelmente vai novamente ficar alternando entre coisas teoricamente sérias e uma atmosfera de anime de comédia pastelão.
Gato de Ulthar:
Mais dois episódios de tortura pela frente. Acho que isso tem seu lado bom, nós nos tornaremos mais resilientes perante as adversidades do mundo ao passar por essa prova de fogo.
Vinícius Marino:
Acho que o caminho é esse: ver tudo por um lado positivo. As pessoas às vezes reclamam que eu sou mente fechada. Depois de assistir a Kujira, ganhei todos os bragging rights
Fábio "Mexicano":
Foi o que pensei. Quero falar mais nada não, já tá de bom tamanho. Tá até demais. Desperdício de vocabulário esse anime. Até semana que vem 😛

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