Nesse episódio pouca coisa aconteceu, mas tivemos uma revelação importante, uma luta que foi até boazinha e uma que pode ser ainda melhor no próximo. Vamos falar sobre os Sete Pecados Capitais?

A revelação de que o Gowther é um boneco feito por um mago poderoso não me surpreendeu – afinal, já li isso no mangá –, mas não dá para negar que é uma boa justificativa para as suas atitudes e cria ainda mais perguntas: quem criou ele? Com que propósito? Por que ele é tão poderoso? Entre essas e outras perguntas, uma que acho estar esclarecida é o porquê da Merlin saber disso. Isso faz sentido por ter sido ela a pessoa que desenvolveu a magia atrelada aos Tesouros Sagrados e criou as tatuagens que cada Pecado possui. Resumindo, se tem alguém que conhece os segredos deles, é ela!

Deve ser complicado ser um boneco e não entender bem os sentimentos dos humanos…

É como se ela fosse uma “mãezona” para os Pecados – e o Meliodas seria o pai? –, o que é reforçado quando ela saca o Tesouro Sagrado do Capitão e o devolve a ele na hora H, o que me faz pensar que ela poderia – e deveria – ter feito isso antes daquela luta contra o Hendrickson, não é mesmo? Esse é um daqueles furos de roteiro básicos que costumam aparecer em um battle shounen, ao menos nesse caso ele não prejudicou o desenrolar da história que progride bem, mesmo em um ritmo lento.

O Rei Bartra já havia previsto o ataque a Camelot com a sua magia Vision, então toda aquela política da boa vizinhança já era mais do que esperada e, se pensarmos bem, agora seria uma ótima hora para que os Reinos da região da Britannia se unissem a fim de aplacar o avanço da ameaça do Clã dos Demônios, o que deve garantir mais aparições do Rei Arthur – aliás, Nanatsu todo tem diversas referências às lendas dele e inclusive o próprio, o qual segundo boatos ganhará um mangá tendo ele como protagonista após Nanatsu acabar – e de novos Cavaleiros Sagrados – sejam de Liones ou não.

Os Dez Mandamentos enviarem subalternos para dar uma checada nos arredores faz sentido se lembrarmos que eles ainda têm que restabelecer seu poder mágico antes de atacar pessoalmente. Isso também serviu para nos mostrar como deve ser grande a diferença de poder entre os Pecados e eles, já que se um demônio de baixo escalão já tem mais poder que o Meliodas, é natural de se imaginar que os Dez Mandamentos sejam várias vezes mais poderosos, o que os Pecados devem tentar igualar nessa temporada – e talvez em uma terceira – e é um dos maiores clichês do shounen – surge novo inimigo mais poderoso → arco de treinamento → o herói se igual em poder ou supera.

Não posso esquecer da clara ligação que o Meliodas tem com o Clã dos Demônios, a qual pode tornar compreensível um grande aumento de seu poder em pouco tempo, além de que há algo que ele ainda precisa “pegar” com a Merlin e é muito provável que isso tenha a ver com a ameaça dos Mandamentos. Quanto aos outros Pecados, a maioria deles realmente deve precisar ficar mais forte de alguma forma, tirando Escanor que ainda não foi apresentado no anime e sobre o qual não se pode inferir nada – só que ele aparece com estilo no final da abertura. Não darei spoilers do mangá, mas se preparem para um arco longo que com certeza não vai acabar ao final dessa temporada – okay, talvez você considere isso um “spoiler”, mas é algo até bem previsível em um battle shounen…

O episódio acaba com o King diante do inimigo e a sua luta deve servir para recuperar ao menos um pouco da moral que ele perdeu e já ir fortalecendo o personagem. Aliás, ele é outro Pecado cuja posição – Rei das Fadas – deve dar a ele um campo vasto para se desenvolver no que tece ao poder. Temos que lembrar que o mundo de Nanatsu funciona em torno da magia e que há diversas formas de se obter poder mágico – de si próprio, de terceiros, de objetos, de características peculiares a um clã, etc –, então, há inúmeros caminhos que a história pode tomar para desenvolver a força de seus personagens principais e montar um cenário ideal no qual a tão aguardada Guerra Santa irá ocorrer.

Antes de terminar o artigo só gostaria de falar como achei bacana a temporária adição do Slader da Dawn Roar aos Sete Pecados Capitais, pois acho o personagem legal – ele é um pouco melhor desenvolvido no mangá –, ele foi bem simpático e deu bons conselhos a Elizabeth – às vezes quem você menos espera dá os melhores conselhos –, e há algo interessante sobre a forma que ele luta.

Slader é um personagem da tríade clássica de JoJo e eu posso provar!!!

Digo isso por ele ser especialista em eliminar o alvo, o que provavelmente não o faz precisar ser mais forte que a pessoa que ele vai matar, apenas preciso na forma como luta, na forma como atinge o outro e tira as chances dele de revidar ou evitar o ataque. Mesmo que isso não seja aproveitado na obra, acho um aspecto interessante e que pode ajudar a minimizar os problemas que advêm de um grande desequilíbrio de poder entre os personagens. O Ban mesmo matou um demônio na Floresta das Fadas e com certeza não era mais forte que ele, apenas sabia onde e como acertar para matá-lo.

Para o próximo episódio esperem mais ação e talvez um pouco de drama. Fico por aqui agora e indico que sigam os dez mandamentos e não cometam mais pecados capitais, viu! Até a próxima!

Não falei muito dele, mas acho legal ele alimentar a floresta com o próprio sangue!

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