Caligula – ep 4 e 5 – Girl power!
Bom dia!
Artigo duplo, desculpa por não ter escrito semana passada, é que o anime está ruim demais para me motivar mesmo.
Em cada um desses episódios uma garota nova esteve em apuros e os garotos foram em seu auxílio, mas no final das contas elas se salvaram sozinhas, mais ou menos como a Mifue no terceiro episódio.
Essas garotas não precisam de ninguém para proteger elas não!
E os garotos são apenas inúteis mesmo. O Shougo se esforça, coitado, mas parece que sempre chega tarde demais. O Kotarou é uma vergonha. Ele foi até Shougo e companhia pedir ajuda para salvar a Suzuna na Biblioteca mas uma vez lá saiu correndo sozinho tentando fazer tudo por conta própria. Resultado: precisou pedir ajuda uma segunda vez. E tudo o que fez foi encontrar a Suzune, depois ele não foi capaz de fazer nada. O Shougo tentou enfrentar o Shounen Doll e o Ritsu ficou falando platitudes na lateral do campo. Isso ele faz muito bem, aliás, e foi o que fez de novo no quinto episódio. No primeiro episódio pelo menos as citações que ele fazia sobre psicologia eram interessantes, agora nem isso. Em seus melhores momentos, apenas narra o que eu já estou vendo.
Puxa vida, enquanto escrevo isso percebo que dei notas altas demais para esses episódios. Tinha dado originalmente 3/5, reduzi agora para o que você está vendo, 2/5. Ainda acho que talvez esteja sendo generoso demais.
Bom, acho que eu gostei da ideia da biblioteca, do pobre coitado solitário que quer ser solitário mas não muito e portanto transforma todos em bonecas, algo assim. Mas é aí que está o maior ponto fraco desse anime: tem um monte de coisa que, sozinha, é interessante. Mas nada tem tempo para ser desenvolvido, no final tudo se resolve com uma luta estilo battle shounen e é isso aí. Minto: antes as lutas resolvessem algo. Elas estão ali só por estar. As coisas se resolvem no papo, depois das inúteis lutas. Foi assim nesses dois episódios.
Mas não vou ser tão duro. O mundo parece coeso, pelo menos. Eu escrevi em algum artigo anterior sobre como os Músicos provavelmente são apenas pessoas comuns, com traumas e fobias, da mesma forma que os despertos que eles combatem. Só calhou deles acharem, de tão quebrados que estão, que continuar dentro daquele mundo falso é melhor do que voltar para o mundo real, e de alguma forma conseguiram manipular a Miu a seguir seus planos para isso. Tanto que nesses dois episódios a derrota do Músico pode ser atribuída mais a um erro seu do que ao acerto dos heróis. Foi exatamente o que aconteceu no terceiro episódio também: Sweet-P foi derrotada por não sucumbir ao ter sua fraqueza jogada contra ela.
No quarto episódio, Shounen Doll era solitário como Suzune, um solitário que não queria ser solitário, mas havia se conformado a isso. De tanto tempo que viveu sozinho, se resignou e passou a evitar contato humano. Mas no fundo continuou desejando e ansiando por isso. Ele se expôs e não só não conseguiu trazer Suzune para seu lado como, comovido por ela, libertou todos os demais que já havia transformado em bonecos para lhe fazer companhia. No quinto episódio foi pior ainda: Mirei simplesmente não precisava, pois ela não havia despertado, mas fez questão de comprar briga com a Kotono. Ela perdeu o primeiro round.
Kotono não apenas despertou como atingiu a Catarse, adquirindo sua própria arma para lutar contra os Músicos e as pessoas normais zumbificadas. Ela está cercada deles agora, aliás. O mundo inteiro está. Suponho que o próximo episódio terá mais uma ou duas catarses, senão será uma luta desesperada. Mas, deixe-me suspirar fundo … a ação desse anime não me interessa. Ela não é particularmente interessante tampouco consequente. Quero dizer, o que acontece se os mocinhos perderem? Sofrerão nova lavagem cerebral e eventualmente podem despertar de novo. E se vencem? Podem continuar correndo por Mobius feito baratas tontas. Acho que só depois de todos os personagens apresentados é que a ação vai ter alguma importância.