Bom dia!

Bem-vindo a mais uma sessão do Café com Anime! A mesa redonda virtual na qual eu, o Diego (É Só Um Desenho), o Gato de Ulthar (Dissidência Pop) e o Vinicius Marino(Finisgeekis) conversamos sobre alguns animes que estamos assistindo juntos.

Cada um publica em seu blog sobre um anime diferente, e nessa temporada nos dividimos assim:

Dororo no É Só Um Desenho

Kouya no Kotobuki Hikoutai no Dissidência Pop

The Promised Neverland no Finisgeekis, e

Magical Girl Spec-Ops Asuka aqui no Anime21!

Leia a seguir nosso bate-papo sobre os episódios 4 e 5:

 

Fábio "Mexicano":
Episódio 4. Foi bom?

Toda a burocracia decisória e a rixa entre agências do governo que atrasaram a operação de resgate pareceram frustrantes, mas talvez o ponto que o anime quer fazer seja exatamente esse. Ficou difícil saber o quanto estavam mesmo dispostos a deixar a Nozomi morrer e o quanto só estavam esticando a corda para fazer com que outros agissem primeiro. Se esse tipo de comportamento tiver ocorrido durante a guerra (e ocorre durante guerras, sabemos disso, principalmente grandes guerras com várias nações envolvidas) pode ser uma das razões para a existência de movimentos revolucionários ou simplesmente grupos revoltados com o que foram feitos sofrer por política ou estratégia.

Do outro lado, esses vilões se dividem em vários grupos, mas parecem formar uma aliança muito mais coesa. A Frente Unida do Leste Asiático parece só querer vingança mesmo, mas a Abigail (bom saber que ela tem nome!) e sua rainha querem capturar garotas mágicas. De algum modo, acertamos todos os chutes que fizemos na sessão anterior? 😛

Gato de Ulthar:
Acho que foi bom, mas teve alguns pontos, principalmente burocráticos, que me fizeram torcer o nariz. A superior lá do oficial pai da sequestrada afirmar que não iriam tentar salvá-la, não digo que isso não possa ocorrer na realidade, mas me pareceu bastante forçado. Também não teria como saber que alguma garota mágica a iria ajudar, nem que a protagonista do anime fosse amiga da vítima.

Mas poxa, o episódio teve muita coisa legal e foi visualmente bastante pesado, eu geralmente não me incomodo em ver cenas de gore, mas ver a menina sendo torturada, principalmente na hora que ela é queimada com o pegador e quando o objeto é retirado dá para ver a pele derretida no objeto, puxa vida! Isso sem falar que ela perdeu o braço! Sorte dela Kurumi fazer parte da equipe!

E foi bom ver que os únicos inimigos não se resumem aos bichos de pelúcia encapetados e garotas mágicas, aqueles dois mercenários russos ficarem bem legais, principalmente por utilizarem objetos e seres do folclore da Terra e não simplesmente material mágico de outra dimensão, imagina se alguém aparece com a Excalibur ou a Lança do Destino?

E a luta foi muito bacana, e é o que eu disse desde o começo do anime, essa mistura de elementos de combate militares reais com elementos mágicos é bem legal, foi massa ver os russos lutando systema enquanto manejavam magia. Além disso, há outros usuários de magia além das garotas mágicas, isso é muito importante, eu imagino que aquele Esquadrão M que dará as caras no próximo episódio também possua esse tipo de habilidade.

Por falar nisso, estou ansioso pelo próximo episódio, vai ter bastante pancadaria com garotas mágicas e é isso que eu gosto!

Vinícius Marino:
Eu esperava que Magica Girl Asuka fosse bom. Não esperava que tivesse tanto conteúdo. Faço coro ao Gato em todos os elogios. Foi, de fato, de um episódio alucinante. Mas quero só fazer um parênteses para destacar as (muitas) referências que ele trouxe.

Um dos mercenários russos pratica um waterboarding mágico usando uma Rusalka.

 

 

Fãs de literatura fantástica devem conhecer essa criatura da série The Witcher. De fato, ela é uma das figuras mais famosas da mitologia eslava, que já virou inclusive uma opera do compositor checo Antonin Dvorak:

 

 

Em outra cena, vemos um machado mágico supostamente forjado por Ilmarinen:

 

 

Ele é ninguém menos que o Deus ferreiro da mitologia finlandesa, responsável por forjar a esfera celeste. Vocês sabem bem, desde nosso Café sobre Horus, Príncipe do Sol, como sou fã da mitologia finlandesa.

Por fim, o Gato já mencionou, mas vou reiterar, pois é muito legal: Nós geralmente associamos artes marciais ao Oriente, mas elas também existem no Ocidente. O systema, citado pelo mercenário, é um exemplo. É uma arte marcial russa, que inclusive tem academias no Brasil. Aliás, por coincidência cósmica, uma amiga minha de colégio é instrutora. 😀 Jamais imaginei que citaria o canal dela em um artigo do Café com Anime, mas fica aqui a dica para quem quiser aprender as técnicas: SYSTEMA BRAZIL – Arte Marcial Russa

Diego:
Pobre Nozomi 😢 A Kurumi pode curar suas feridas, mas o trauma psicológico não vai sumir tão cedo (salvo se tiverem uma droga para apagar as memórias dela). Mahou Shoujo PTSD fazendo jus ao seu apelido.

A questão burocrática não me incomodou tanto. Me soou bem exagerada na sua crueldade, acho difícil qualquer força policial ignorar um refém, se mais nada no mínimo pelo potencial backlash por parte da mídia e da sociedade. Mas fiquei com a impressão de que, pelo menos a mulher que deu a explicação toda, já esperava a Asuka se mexer. Ou no mínimo tinha essa esperança.

A ação em si foi boa, e gostei de como lidaram com o gore. Foi brutal, foi desconfortável, mas não me soou gratuito. Bom, tirando a garota ter o freaking braço arrancado, né, mas ok, serve. Só achei que a vilã da vez subestimou demais a Asuka e a Kurumi. Foi até fácil demais pras duas.

Fábio "Mexicano":
Falar em criaturas mágicas de outra dimensão que tudo podem e nos abençoaram com a magia é fácil, mas se apegar a exemplos do nosso mundo e fazer isso tudo funcionar junto é um nível de dedicação diferente e que, caso se torne uma constante no anime, pode vir a ser muito interessante.

E eu pretendia chegar nesse ponto, Diego: curar as feridas do corpo é fácil, mas e as da mente? Eu pensei nisso no exato instante em que a Kurumi disse que poderia curá-la e tal.

Por fim, de fato a violência não me pareceu gratuita. Nesse episódio era muito fácil ter descambado, literalmente, para torture porn, mas Magical Girl Spec-Ops Asuka não fez isso. Mostrou o suficiente para nos dar calafrios, para tornar a situação real, para que sentíssemos a crueldade dos vilões, mas nem um pouco a mais do que isso.

Esperavam ter visto mais violência? O que acharam do uso de violência nesse episódio?

Gato de Ulthar:
A violência está no ponto, não é exagerada ao ponto de ser gratuita nem tão pouco para fazer uma história “dark” como essa soar falsa. Azar para a menina torturada e que teve o braço arrancado 😛
Vinícius Marino:
Para mim, a violência pareceu atingir aquele sweet spot que a eleva do revoltante ao ridículo (no bom sentido). Quando vi a Abigail decepando o braço da Nozomi, pensei que teríamos um repeteco da cena da serra elétrica de Scarface.

 

 

Em vez disso, a cena me trouxe à mente Sofie Fatale de Kill Bill. Uma cena tão (ou mais) sanguinolenta, mas que conseguiu – tal como a batalha que a segue – “sanitizar” a violência ao exagerá-la.

 

 

Tanto em Asuka quanto nessa cena, senti como se elas tivessem ultrapassado um uncanny valley da violência, a partir do qual não consigo mais captar aquelas pessoas como reais. Fosse a tortura mais comedida eu provavelmente teria ficado mais incomodado.

Fábio "Mexicano":
O braço cortado foi realmente o momento mais sangrento do episódio. A queimadura na barriga que não mostrou quase nada deu um pouco de aflição quando o russo levanta o pegador com pele derretida como queijo grudada nele, mas no resto do tempo pareceu só uma sujeira na barriga da Nozomi. Eu já queimei minha perna em escapamento de moto, sei como ficam queimaduras em metal quente.
Vinícius Marino:
Compare isso com o primeiro episódio de Mahou Shoujo Site, que chocou praticamente a todos. A violência era muito menor, mas expressada de acordo para nos incomodar.
Fábio "Mexicano":
Exatamente, Mahou Shoujo Site teve a intenção de perturbar. E conseguiu, quantos não foram os artigos e tweets enfezados que ele gerou, não é?

Enfim, próximo ponto:

O que acham que é exatamente o plano de criar uma Garota Mágica de Destruição em Massa?

…e, mais sinistro, notaram que a tal “Garota Mágica de Destruição em Massa” de que a Abigail falou é quase idêntica à Francine, ex-garota mágica que morreu nos braços da Asuka e com quem ela teve pesadelo no começo do episódio, né?

 

Diego:
Acho que há aí duas possibilidades. A primeira é a boa e velha lavagem cerebral: sequestrar uma garota mágica para torná-la então uma arma de destruição em massa. Mas, assumindo que nossas vilãs são, elas próprias, garotas mágicas, essa opção não me parece fazer lá tanto sentido. A outra, portanto, é a boa e velha “coleta” de energia. Já há uma “garota de destruição em massa” sendo “produzida”, mas ela precisa de mais energia do que as atuais garotas podem dar. Resta, então, perseguir outras.

Só que nenhuma dessas duas opções sugere o porquê de quererem criar uma coisa dessas. Só pra causar o caos? Pra trazer o fim do mundo?

Vinícius Marino:
Acho que isso se parece mais e mais com Mahou Shoujo of the End. Se estou reclamando? De forma alguma. Gostei bastante daquele mangá. Não me incomodaria em ver uma história endiabrada parecida. Falando em termos específicos, eu ponho meu dedo nas criaturas interdimensionais. Se viajar entre os planos é uma possibilidade, destruir o mundo se torna uma ação bem menos suicida.
Gato de Ulthar:
Eu acho que a menina morreu mesmo e está sendo revivida com algumas habilidades peculiares, não vejo a hora do embate entre essas garotas. Lembram que em Mahou Shoujo Site havia uma garota presa em uma sala que talvez seria a responsável pela Tempestade/Apocalipse? A ideia me pareceu semelhante.
Fábio "Mexicano":
Ok, episódio 5 agora, e a prévia do episódio 4 já tinha mostrado e agora temos a confirmação sobre quem elas realmente precisam enfrentar:

A Ryuko Matoi, de Kill la Kill!

 

 

O que será que a fez se tornar maligna, hein?

Brincadeira 😛 A garota mágica da tesoura é a Abigail, da Tesoura de Barbeiro mesmo.

Mas de alguma forma a questão se mantém: elas estão enfrentando a Francine, que agora é a Rainha. Por que ela se tornou maligna?

Gato de Ulthar:
O motivo não sei nem o que pensar, lavagem cerebral de alguma força oculta? Acho o mais provável, mas puta que o pariu! Mais um episódio com bastante porradaria, e das boas, o que mais eu poderia pedir?
Fábio "Mexicano":
Se for lavagem cerebral, há ainda alguém atrás dela. Até onde sabemos, ela é a líder. Quero dizer, ok, supostamente ela deveria ter morrido então provavelmente alguém a ajudou, mas o que quero dizer é que de todo modo ela parece suficientemente no controle de suas faculdades mentais para que eu descarte controle mental, e mesmo lavagem cerebral é um pouco complicado.
Diego:
Foi um bom episódio, de fato. As lutas foram muito boas, e eu tenho algumas coisas pra falar sobre como resolveram a questão do trauma da Nozomi. Mas isso pode esperar. Sobre o assunto em questão, será que é mesmo a Francine? Digo, há algumas possibilidades. Pode ser um clone. Pode ser um espírito que possuiu seu corpo. Ou pode ser alguma outra garota mágica dentre as que deveriam ter morrido.
Fábio "Mexicano":
Ser outra garota mágica é a hipótese “o anime está me trollando”.
Vinícius Marino:
Ah, eu sei lá. Essa Francine me passou muita confiança. Ela se lembra da Asuka. Se fosse um clone ou uma Francine mentalmente dominada, não esperaria esse tipo de reação. Acho que é ela mesma. Só que, como a breve participação dela nos mostrou, sob efeito de “esteróides” mágicos. Ela é muito mais poderosa que todas as outras garotas. Talvez isso tenha a ver com o fato de ter mudado de lado.

A vida de mahou shoujo é brutal. O anime não nos para de dizer isso. Talvez ela tenha visto, ou sofrido, ou sabido de algo que a tenha motivado a virar a mesa.

Fábio "Mexicano":
Desde o começo do anime a Rainha parece estar no pleno gozo de suas faculdades mentais. Pode ter sofrido lavagem cerebral? Até pode. Mas daí se lembrar da Asuka deveria ser um choque para ela, e não algo como “ah, sim, a Asuka”. Por isso estou com o Vinicius. Ela mudou de lado. Por quê? Por enquanto não temos informação nenhuma e hipótese nenhuma. Casos de heróis que se tornam vilões abundam, inclusive os que se tornam vilões após experiência de morte ou quase morte. A gente pode ficar aqui chutando, mas vamos deixar isso para outra ocasião 😛

Agora a Nozomi. O Diego disse que queria falar dela, e eu queria falar dela também, então falem aí sobre a Nozomi ☺️

Vinícius Marino:
Ela enfiou, com pompa e circunstância, o pé na jaca. 😛

Vamos por partes: ela começou sendo sujeita a uma tortura periclitante. Desenvolveu uma PTSD tão caricata que chega a ser cômica, de um jeito meio humor negro. É regenerada pela War Nurse (que mostra que seu nome de guerra não está aí por acaso). E, depois, para adicionar insulto à injúria, arruma um jeito de curar sua mente… perdendo uma semana de memórias.

A Nozomi é o tipo de personagem que em outros animes eu consideraria exploitation. Uma desculpa para o turture porn. Não sei direito por que não sinto isso com Asuka, mas este fato me faz respeitar enormemente a obra.

Fábio "Mexicano":
É algo que quero tratar depois também, mas como já conversamos, a tortura da Nozomi não a exibiu muito. Foi o mínimo necessário, ou pouco mais. Já nesse episódio, nas lutas, vimos personagens cortados ao meio e sangue jorrando. É difícil não acreditar que seja uma escolha proposital – e me parece que uma boa escolha.
Diego:
Eu queria falar é da questão de apagar a memória dela. Normalmente, essa é uma solução que me soaria como fácil demais, um deus ex machina para não mudar o status quo da história. Mas não senti isso, e eu acho que o motivo está na perspectiva. Isso, esse arco, nunca foi sobre a Nozomi, mas sim sobre a Asuka. E se a Nozomi é curada talvez fácil demais, as marcas do que aconteceu ainda ficam na Asuka. Tanto que foi o que fez ela retornar à ativa, entendendo finalmente que para proteger as pessoas com quem se importa ela precisará lutar.

Fora que eu gosto do dilema de apagar a memória. Obviamente que pondo na balança uma semana da vida apagada é insignificante perto de uma vida inteira de terapia e ataques de pânico. Mas ainda assim, é algo que tem em si um certo tom agridoce, sobretudo por como a Asuka reage à coisa.

Gato de Ulthar:
Concordo com o Diego, apagar a memória da Nozomi e como tudo o que aconteceu com ela, afetou muito mais a Asuka do que qualquer outro. E é como falaram no episódio, os inimigos sabem quem a Nozomi é, não é muito difícil tentarem pegar ela outra vez, e imaginem ela sendo torturada mais uma vez e sem lembrar da anterior 😛 E não duvido que algumas memórias voltem de forma esporádica, alguns fragmentos das cenas de horror, seria interessante.
Fábio "Mexicano":
Espero que não, hein? Quero acreditar que a Kurumi é boa no que faz. Além do que, parafraseando a Feiticeira, não é tecnologia, é magia! 😃

Enfim. E ficaram com a mesma impressão que eu sobre a violência gráfica? Já havíamos comentado como ela parecia ter sido limitada na tortura da Nozomi, quando o anime poderia ter abusado muito mais. Daí, nesse episódio de batalhas, temos personagens sendo cortados ao meio, os dedos da Abigail voando e bastante sangue. Será coincidência, ou acham que é escolha deliberada? E o que pensam disso, em qualquer caso?

Gato de Ulthar:
É condizente com o anime, o primeiro episódio também teve bastante violência gráfica, e até membros decepados, nada que me surpreenda. A imagem inicial do anime foi de ser um mahou shoujo dark com bastante violência gráfica, apenas está entregando o que prometeu.
Diego:
O anime nunca exatamente fugiu da violência. O episódio 1 termina com a Asuka decepando as pernas de um terrorista, e isso depois de ter partido uns 4 ao meio. Mas há mesmo uma diferença entre a violência da tortura contra uma inocente e a violência em consequência do combate contra um inimigo. E sabem: eu gostei de haver essa diferença!
Gato de Ulthar:
E concordo com o Diego, ver mortes em batalha é muito mais “ok” do que ver uma cena de tortura. Espera-se que se morram pessoas em batalhas, ambos os lados estão brigando em certa igualdade de condições, mas tortura lhe tira qualquer capacidade de defesa.
Vinícius Marino:
Não é sempre que digo isso, mas acredito que a violência de Asuka deixou o anime melhor. Na sua fórmula clássica, mahou shoujo passam uma imagem positiva de crescimento pessoal. Por mais que as batalhas sejam representadas como lutas, fica claro que elas são duelos morais para a redenção de alguém ou para a evolução da protagonista. Daí que toda a violência é figurada, quando não imaginária. É absurdo, por exemplo, esperar que a Sakura possa se afogar com a carta Água, a despeito de ser funcionalmente idêntica à Russalka:

 

 

Em Asuka, pelo contrário, os combates são literais. E, se isso peca em sutileza, ganha em pura tensão. Nós nos arrepiamos porque sabemos que as heroínas, se derrotadas, não vão escapar inteiras. E vibramos quando os inimigos são derrotados, pois os vemos, literalmente, sendo destruídos.

Fábio "Mexicano":
É a famosa sensação de perigo real, tangível. Mesmo que a gente saiba que no grande esquema das coisas as heroínas irão vencer, não podemos descartar uma derrota parcial ou temporária, e sabemos que isso pode custar caro. A protagonista tem estresse pós-traumático porque isso já custou caro para ela.

Fazendo outra comparação, com a obra que popularizou a garota mágica guerreira e a que provavelmente criou a equipe de garotas mágicas (moldado então como super sentai): Sailor Moon. Em Sailor Moon as garotas perdem frequentemente. Ficam fora de ação, quase mortas. Algo que se repete em vários arcos é todas as sailors serem derrotadas, para então a Sailor Moon finalmente vencer o vilão da vez. Todas saem ilesas.

Em Magical Girl Asuka, sabemos que “todas serem derrotadas” seria catastrófico.

Acho que já falamos sobre os aspectos mais importantes desse episódio, que foi, enfim, um episódio de ação. Alguém quer comentar o que achou da animação? Quem quiser, por favor. Eu estou mais curioso com o que está por vir. A Mia vem para o Japão no próximo episódio. Duvido que ela seja uma inimiga, mas não consigo dizer taxativamente que ela é uma aliada de Asuka e Kurumi. O que esperam disso?

Diego:
A animação foi… normal? Não sou dos melhores pra julgar animação, mas me pareceu bem comum. Não me impressionou, mas também não foi ruim. Transmitiu o que precisava ser transmitido e foi legal de ver.
Vinícius Marino:
Asuka parece bem “no meio do caminho” em valores de produção, e com a animação não é diferente. Nada que faça nosso queixo cair, mas também nada que se destaque negativamente. Gosto particularmente das chaves de perna que a protagonista faz. Em um anime pior animado esse tipo de cena ficaria ridículo.

 

Gato de Ulthar:
A animação é mediana, não mais que isso, mas isso é o suficiente para proporcionar cenas interessantes de luta, em nenhum ponto cheguei a estranhar ou virar os olhos para os valores de produção. Mas que não é um colírio para os olhos, isso não é mesmo.

E quanto a Mia, ela é uma caricatura do “american way of life”, provavelmente ela já vai chegar mandando em todo mundo como se não quisesse nada e achando que o seu jeito de agir é o melhor possível.

Fábio "Mexicano":
Para encerrar, sobre as vilãs. O que acharam da Abigail transformada, o que acharam da Rainha e por que será que ela não tentou capturar nem Asuka nem Kurumi, se pareceu tão poderosa? É um monte de pergunta em uma só, combo de finalização 😛
Vinícius Marino:
A Abigail transformada é outro daqueles elementos que, num anime diferente, ficaria ridículo. Na superfície, ela parece o típico eye-candy que espero do ecchi. Não só isso, é um rip-off descarado da Ryuko, que já é uma paródia desse tipo de personagem. Mesmo assim, eu não consegui encarar ela como “excitante”. Há um genuinidade na personagem que me faz levá-la a sério, a despeito das roupas e caracterização absurda. São coisas como essa que me fazem bater palmas paras Asuka.
Gato de Ulthar:
Gostei até, a Abigail teve un traje condizente para una Mahou Shoujo do mal, é uma sensualidade condizente com a personagem.
Diego:
A Abigail transformada? Sei lá, não tenho opinião, pra ser sincero 😛 Agora, sobre a Rainha… Olha, eu vou dizer que ela não capturou nenhuma das duas porque a história não podia ter nenhuma delas capturada agora. Sinceramente não consigo pensar em nenhum motivo in universe pra ela só aparecer e ir embora, se vai posar de tão poderosa assim. Mas vamos torcer pelo melhor e vai que no futuro explicam, né?
Fábio "Mexicano":
Acho que já explicaram: a Asuka usou um super-poder no começo do episódio, para derrotar os russos, e ficou esgotada o resto do episódio. Talvez seja o caso da Rainha? Aquela barreira drenou enorme quantidade de poder mágico dela, não consegue mais capturar uma garota mágica viva (provavelmente conseguiria capturar uma delas morta, mas não é esse o objetivo). Talvez por isso ela precise da Abigail, que é fraca. Talvez seja isso que indica a intenção de criar uma Garota Mágica de Destruição em Massa: ela não tem ainda poder suficiente. Talvez até vejamos em algum momento uma proposta indecente do tipo “seu poder só te trouxe dissabor, dê ele para mim e volte a viver a vida normal que você sempre quis”.

Mas é isso para esse arco, obrigado aos colegas, aos leitores, e até o próximo episódio!

 

Comentários