E finalmente chegamos no grande evento dessa segunda temporada – e que espero não ser a última -, as eliminatórias da competição. Os grupos de koto que já se enfrentaram anteriormente no festival de música, surgem com mais sangue nos olhos do que nunca para poder agarrar a mísera e única chance de competir no nacional.

Diferente do outro evento, no qual a equipe não tinha muito a oferecer e ainda estava estabelecendo suas bases e mudanças, agora eles estão com o nervosismo a flor da pele. Todos sabem o quanto lutaram e aprenderam para estar ali, então a vitória para eles não é mais uma questão individual, de auto-reconhecimento ou qualquer outra coisa do tipo, mas é um objetivo coletivo formado por aqueles que receberam uma segunda chance na vida em vários aspectos.

Uma marca da evolução de toda a história do clube, já começa no apoio que é transmitido a cada um pelas suas famílias e amigos. O Chika aceitando o carinho da tia é bonitinho, mas para mim o que teve um momento mais simbólico foi o Takezou – que no geral andou apagado nesses últimos episódios. Quem esperaria que ele cresceria e cativaria a mãe a ponto de ela fazer o possível para estar presente na sua apresentação, ou melhor ainda, ver aquele irmão estúpido dele passando a condição de tsundere e o reconhecendo.

Tocando nesse assunto de relacionamento, observo também que o anime tenta aproximar o protagonista da Kurusu de forma mais orgânica, não existindo uma forçação de situações repentinas ou sem sentido para que eles interajam – o que é um mérito da obra por saber dosar o romance e as relações entre cada um.

Com o Chika e a Hozuki, isso já se dá de uma forma mais lenta ainda e delicada, uma vez que eles realmente se admiram enquanto músicos e humanos, além de não ter algo tão mais direcionado e concreto quanto os outros dois – um resultado da falta de tato e inocência de ambos.

Falando na moça, achei uma graça a forma como ela provê incentivo a seus amigos, primeiro dando o choque de realidade e depois demonstrando afeto através dos amuletos. Uns meses atrás ela não faria isso nunca, já que se habituou a pensar que sozinha ela se bastava, e agora já ensinou, se humilhou, bateu de frente, tudo em nome do companheirismo.

Voltando à competição, fico contente com o retorno dos outros personagens, em especial pela Kazusa, que tinha chamado minha atenção no começo da temporada pela conexão com a Hozuki e a quebra de sua personalidade com a derrota. Mio que ainda é uma incógnita, se mantém com aquele ar de “tenho muita história e revelo pouco”, mas quem também captou um espacinho de tela foi o professor do garoto.

Pelo que o anime dá a entender, o rapaz tem um segredo que poucos sabem e a razão do seu entusiasmo com o clube vem daí. Julgando numa primeira impressão o seu sentimentalismo, desconfio que ele tenha alguma relação com a música – assim como o Takinami -, e que por algum motivo desistiu dela, se apoiando nos alunos como uma forma de realização pessoal. Fiquei curioso com esse daqui, vamos ver o que nos apresentam dele.

A competição também nos introduziu os editores Tsukaji e Komaki, mas em especial destaco a garota, que é o típico caso da cidadã que não tem nenhum interesse na área, mas trabalha na base da “peixada” – ou se preferir, do Q.I (quem indica). Acredito que ela será obviamente mais uma figura conquistada pelo poder do time da Tokise, e notem que a fala do outro já encaminha para isso, já que eles são cartas desconhecidas nesse baralho “kotoniano”.

Todos estão bem focados e têm objetivos muito claros – a cara da Kazusa é a melhor evidência -, mas vale salientar que ao menos nesse episódio de introdução, senti a falta do abusado Sen e sua dupla, assim como a turma do colégio Meiryo, que também já são carimbados pela sua excelência. Será que eles não vão participar dessa vez? Fiquei curioso para saber sobre a participação deles.

O acontecimento talvez mais relevante aqui foi exatamente o que deixei para abordar por último, a mãe da Hozuki. Primeiramente, a própria matriarca confirmou minhas teorias antigas, no que ela expulsou a Hozuki do seu convívio porque sabia que a música tocada no passado era um grito de desespero. Aquele grito a despertava para sua realidade e ela o ignorou e rejeitou, resultando no que deu, por isso não se sente mais digna de ser chamada como mãe.

Simplesmente adorei o fato da Akira ter perdido a paciência, pegando ela e levando a velha de brinde sem muito “xarará” – como diria a minha mãe -, ao invés de ficar gastando o latim dela com alguém que ia insistir numa ladainha sem futuro.

Ela só adiantou o que a outra queria há muito tempo, bancando a implacável chefona, enquanto por dentro estava como aquela história do sapo com medo de água, pedindo para ser queimado vivo e não jogado na lagoa. Quero ver logo como ela vai reagir ao novo grito da filha, mas agora liberando o som da liberdade, do perdão.

Enfim, o episódio não mostrou essencialmente muito, apenas jogou alguns detalhes aqui e ali, direcionou a resolução de alguns problemas, e criou o clima de tensão necessário, fazendo aquela coisinha chata que é dar motivações e significados aos demais competidores, pra nos deixar malucos com vontade de torcer por todos e lamentando a derrota dos que ficarem para trás.

O final nos deixa um gancho com as primeiras competidoras, as meninas da Himesaka, que vão com força total e parecem ser o grande destaque dessa “primeira fase” final. Vejamos como a Kazusa e sua equipe de elite evoluíram e o que ainda têm a nos mostrar.

Agradeço a quem leu até o fim e nos vemos no próximo artigo!

Comentários