Não julgo o Narihisago por ter vivido na simulação tentando esquecer o mundo real, no lugar dele talvez tivesse feito o mesmo, também sou falho, egoísta.

Ao mesmo tempo em que o julgo sim por ter meio que abandonado a K/K (Kaeru/Kiki) a própria sorte. Isso significa que queria que ele matasse a garota?

Não ter culhões para fazer isso é sinal de que esse personagem ainda pode ser mais atingido, mais ferido nessa história. E ele será, não tenho dúvidas.

Levaram a K/K para criar o Mizunohame e aquele velho que apareceu no quarto a testando foi o sinal mais óbvio possível de que aquilo não demoraria a acontecer.

Até aí tudo bem, o que pegou foi as ações do protagonista. Se não tinha coragem de matá-la, não havia outra forma de evitar que ela fosse usada para o que eu acredito que ele imaginava que seria?

Além disso, ele não deixou de investigar John Walker, mas não poderia ter feito mais para descobrir mais?

Ao fazer esses questionamentos não afirmo que o episódio não foi proveitoso, pelo contrário, pois com mais essa demonstração de como esse personagem age sob determinada situação ficou mais fácil de entender que ele ainda possui limites, e fraquezas.

Ele deseja vingança porque não lida racionalmente com a perda. Algo compreensível, visto que a própria existência do John Walker o instiga a reparação, mas o sentimento de reparação virá? E será suficiente para que ele se perdoe?

Por sorte ele pôde ter contato com a família, apesar de que com isso talvez o ódio que sente por tê-la perdido se acentue, mas quem sabe isso não o leva é a não perder mais de vista o que é importante?

John Walker deve ser pego, mas não para satisfazer o egoísmo (tão natural quanto compreensível) de Narihisago e sim evitar o mal que ainda pode causar.

Eu não espero que o “herói” coloque isso em primeiro lugar, não me entenda mal, so acho que ele ainda é capaz de se importar com outra pessoa além de si.

Não que ter lamentado a morte da garota que salvou no ID em um dos episódios passados seja suficiente para me fazer pensar assim (o quanto daquilo era vontade de salvar uma vida, o quanto era vaidade?).

Eu penso assim porque não é possível que o contato com a família não o faça parar de olhar um pouco para o próprio umbigo.

Duvido que a K/K ainda possa ser salva, mas e a próxima vítima de um assassino em série, por que não?

Enfim, o encontro dele com a Handomachi desfez o conto de fadas e eu não esperava o que foi revelado sobre o Anaidou, mas isso se deve a minha falta de atenção corriqueira, porque os sinais estavam lá.

Seu cinismo e suas colocações indutivas deram brecha para suspeitar dele. Não notei nada, mas elogio quem o fez, porque provavelmente já esperava algo ao menos aparecido com o que se sucedeu.

Se o John Walker interferiu nas ações de inúmeros assassinos em série, por que não faria isso enquanto é investigado? Inclusive, seria a forma mais eficiente de garantir a não interferência em seus planos.

Ou melhor, de tentar fazer isso, porque deve rolar, o detalhe agora é como. O que vai acontecer nesse encontro com o vilão e como o que ocorreu até aqui pode ajudar o “herói” a estragar seus planos?

Mais uma vez ID:Invaded nos lembra a beleza das relações humanas (foi sublime o trecho do Narihisago lamentando perder a família uma segunda vez), assim como sua feiura, com a “traição” do Anaidou e o sequestro da K/K.

O mundo não é belo e posso justificar tal colocação de diversas formas, mas ao mesmo tempo posso considerar essa feiura algo lindo, visceral, agravante; como a cena da esposa do Narihisago se suicidando ou o resultado da armadilha preparada para o “herói”.

O que vai sair disso eu não faço muita ideia, a única aposta que faço é na importância da Handomachi para impedir o plano do John Walker e a extensão do caso da K/K. Ela não pode ter saído de cena e ficar por isso mesmo.

Até a próxima!

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