A cada episódio que assisto de Gal to Kyouryuu, tenho a impressão de que o anime vai ficando cada vez mais normal e menos bizarro do que tive na impressão inicial. Será que é porque eu estava esperando uma coisa tão maluca quanto Pop Team Epic ou ele ainda vai me surpreender daqui pra frente? O importante é que passamos da regra dos três episódios, a trama continua interessante e ele está ficando com cada vez menos concorrentes.

A primeira história dessa semana não teve nada de tão especial além de conhecermos onde Kaede trabalha. Não é todo dia que eu vejo um dinossauro fazendo compras, mas esperava que ele ia quebrar todo ou prejudicá-la de alguma forma, mas acabou tudo dando muito certo. Queria um pouco mais de caos e, pelo menos, um risco de demissão.

Como seria o Dino com esse traço?

Já a segunda história foi bem mais legal, pois conhecemos uma nova personagem – e eles são ótimos pra movimentar a trama. É sempre bom ter essa galera de apoio e não deixar a narrativa apenas com Kaede e Dino. Nesse caso, tivemos a clássica relação entre senpai e kouhai, só que no trabalho. Gostei bastante da relação entre Nanami e Kaede, pois elas têm personalidades muito diferentes, mas deu pra ver que, através do Dino, já começou a surgir uma amizade. Só faltou a Nanami interagindo com ele.

Os curtas também foram mais fracos que os da semana passada. O primeiro foi bem simples, tanto na execução quanto na historinha. O segundo curti bem mais, principalmente pela forma como trabalham com a profundidade de campo e a variação de tempo. Deu pra perceber que esse deu mais trabalho.

E então chegamos na parte em live-action. Aquele começo safado da Kaede entregando o chaveiro pro Dino me fez acreditar que voltariam a contar a mesma trama da animação, mas felizmente isso não rolou. Ainda acho que o ritmo pode melhorar, pois algumas situações estão muito arrastadas, mas talvez esteja sentindo isso porque a primeira parte do anime é muito mais dinâmica e dividida em diferentes quadros.

O divertido do segmento live-action foi ver a dupla andando por vários lugares do Japão, incluindo parques e lojas. É uma boa forma de variar a locação e não ficar apenas no apartamento, e também fica a curiosidade sobre para onde devem ir nos próximos episódios – se é que eles vão pra algum lugar.

A interação dos dois funciona bem melhor do que imaginei e não causa tanto estranhamento – mesmo sendo um cara dentro de uma fantasia. Por exemplo, a cena do Dino com medo é bem convincente, graças as variações de expressão. A Kaede interpretada pela atriz 8467 (aparentemente, esse é o nome artístico dela) também é bastante carismática.

Tá aí uma coisa que não funcionou

Esse episódio me deixou com uma dúvida sobre a relação das pessoas com o Dino. Quando os garotos veem e interagem com ele, acham que é realmente um dinossauro ou sabem que é um personagem de um mangá? No final, eles entregam um chaveiro do Dino para o Dino, então naquele mundo eles sabem que “Gal to Kyouryuu” existe, certo?

Outro detalhe legal é a reação das pessoas na rua ao verem uma garota andando por aí com um dinossauro. Todo mundo fica curioso, principalmente as crianças. Nada como um dia normal no Japão.

O fim do episódio ainda forçou mais um gancho para o próximo. Quem é a pessoa misteriosa? Ele não parece ser Mieharu, Aoi Shouta e nenhum outro personagem que já apareceu na história até agora. Será que ele também tem um caderno e viaja no tempo? Vai tentar matar a Kaede igual a vizinha maluca? Vamos descobrir na próxima semana, caso o coronavírus não cancele a série.

Foi ai que o problema começou. Aquele sorriso. Aquele maldito sorriso.

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