Entre as boas histórias que rolavam na temporada de outubro, esse anime me chamou atenção pelo seu design diferenciado e a proposta de usar espadas humanizadas, assim como Touken Ranbu: Hanamaru – que me divertiu bastante quando foi ao ar. Acreditando então nesse modelo de slice of life, acompanhei até o fim e apesar de alguns percalços, as aventuras das meninas valeram sim a pena.

A obra se deriva de um game onde as protagonistas de fato vão lutando contra o mal, mas a ideia executada apenas se concentrou no que seria a vida delas fora do modo de combate, o que ficou bom por conta do pouco tempo disponível, para se explorar minimamente a outra camada do enredo – como aconteceu com o outro anime que citei.

Acho que se houve um erro por parte da produção como um todo, isso fica a cargo da introdução que não deram ao universo dessas personagens. A forma como cada uma vai se apresentando não tem uma fluidez, elas simplesmente são jogadas ali em alguma situação aleatória e pronto.

Tendo a função de captar gente, o anime peca em nisso em partes exatamente por conduzir seu enredo de forma que, somente quem conhece a franquia entenda o que está acontecendo ali e o porque das protagonistas serem afetadas daquele jeito. É bem verdade que independente desse porém, as esquetes continuam engraçadas e algumas até mais fofinhas, mas ainda assim preciso ser sincero e dizer que essa falta de uma introdução faz falta.

Na parte boa Tenka Hyakken tem como um de seus grandes trunfos as próprias garotas espadas. Todas elas tem aquelas personalidades clichês do CGDCT que adoramos ver, passando pelas maduras e fofas Jouizumi, Kuwana e Goou, até chegar no destaque absoluto com o trio das irmãs Masamune – Houchou (Hou), Sukashi (Suu) e Horinuki (Nuu) -, as causadoras de toda a loucura presente aqui.

As piadas de cada episódio seguem uma fórmula padrão, montada na interação das três mais novas com as espadas mais velhas, tendo como ponto de partida alguma macaquice que elas aprontam para arrolar as outras em confusão e mostrar como são loucas mesmo.

Junto a isso, outro mérito da obra é a qualidade da sua arte e a animação, alternando bem entre os momentos de uso do design natural das personagens e o chibi, que também estava muito bem feito para um curta. A arte estava tão impecável que em alguns dos episódios a staff faz uso de uns traços e efeitos diferentes, deixando toda a experiência mais legal pela criatividade utilizada em cada história contada.

A abertura do anime era igualmente legal e nela também havia uma piada que referenciava o pouco tempo que tinham, uma sacada bem legal da direção. No mais o estúdio LIDENFILMS mostrou que pode ingressar bem no ramo dos curtas por conta de bons trabalhos como esse, que expõe que um curta pode e merece ser bem produzido, mesmo que só por 3 minutos – Rebirth está aí para endossar minha fala.

Tenka Hyakken tem seus probleminhas, mas no geral acredito que por ser um curta realmente bem rápido, a gente não tem tempo nem para se incomodar com esses deslizes, dando para se divertir e aproveitar bastante o que nos oferecem como comédia.

Deixo aqui a minha recomendação já agradecendo a quem leu e nos vemos no próximo artigo!

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