Arte – ep 8 – Que molequinha safada!
Que a Arte tinha posto as mãos em uma bomba eu já sentia, só não sabia o grau de periculosidade da figura e o anime me deu uma pequena prévia do que posso esperar da pequena estreante, Katarina – que não tem 1/10 da simpatia de sua vizinha da temporada, a Bakarina.
O episódio explora um momento de pausa e transição, tendo momentos com uma pegada cômica mais constantes, acredito que como uma forma de nos preparar para a tempestade que se anunciava, começando com os amigos da Arte, que fizeram uma confusão e já estavam enfartando com a viagem da aprendiz.
Uma coisa irrelevante, mas que gosto nessa cena, foi ver a menina de fato mais próxima de muita gente e principalmente da sua idade. Como ela interage muito tempo com os adultos, as vezes parece que ela é a adolescente protagonista fora de seu eixo por causa do foco no trabalho, mas não, o Angelo e a Darcia tão sempre por ali para trazer a menina para o mundo jovem.
Apesar de não ter desenvolvido muita coisa do enredo, a travessia da protagonista até Veneza ao menos teve algumas funções extras importantes, como por exemplo acalmar a minha mente quanto ao Yuri, além de reforçar o laço entre o Leo e sua pupila – que estavam meio fora de órbita com a despedida temporária.
O artista estava visivelmente perdido com a mudança das coisas, por se acostumar com ela no seu dia a dia e pela história de ambos, mas ele realmente se importa com ela até mais do que já demonstrava, visualizando não só o bem estar físico e mental dela nessa nova empreitada, como as possibilidades que teria de continuar com sua jornada em mãos mais capazes – gesto que a moça não entendeu direito.
Acho até que esse dilema dela ter achado que era um peso foi longe demais, porque naquele vacilo que ela deu durante a navegação, ela poderia de fato ter morrido afogada pela distração e angústia com algo que era simples e que numa simples conversa se resolveria, papel que coube ao Yuri e ele cumpriu – felizmente, porque por um instante achei que ele podia se aproveitar negativamente da situação.
Já falando do veneziano, me agradou ver que ele não era o problema que eu estava mentalizando, na verdade ele até me surpreendeu por parecer mais digno e simpático quando é verdadeiro e não está bolando seus esquemas pessoais – o fato de ele não ser um tarado e ter procurado a Arte por interesses excusos, só ajudou na melhora da imagem.
Um trecho que ficou meio vago, foi o diálogo dele com o marujo enquanto duelavam, no momento em que ele ganhou trapaceando e solta aquela frase sobre dar desculpas para justificar uma falha.
A cena tem um foco estranho porque não me pareceu que a deixa tinha o objetivo de destacar algo novo nele – até porque o mesmo já tinha se mostrado o suficiente -, muito menos ensinar alguma coisa a sua nova contratada que estava na “lua”, mas ela apareceu ali no meio do negócio e só.
A chegada a Veneza é bem marcada pelo visual – que é notoriamente mais suntuoso e elegante que Florença -, assim como pelos diferentes costumes, o que incluia a diversidade cultural, com pessoas de toda parte do mundo tendo a sua influência naquela sociedade.
Acho que o anime desempenha um bom trabalho na composição dos cenários e dos detalhes em geral, porque minha imersão foi imediata, os elementos locais saltam aos olhos e dão identidade a Veneza que estão retratando ali – e como eu também sou da área da arquitetura, fico sempre encantado com esse quesito quando bem feito.
Finalmente chegando na mansão conhecemos as novas personagens, junto a ameaça que se esconde atrás de uma frágil e bela aparência. Já gostei de cara da Daphne, porque ela tem o mesmo feeling que a Anne – empregada da outra Catarina – e me parece ter uma personalidade igualmente agradável e parceira já prevejo uma amizade bacana aí.
Do outro lado, a Sophia é dona de uma beleza singular e parece gentil – senti que talvez o Yuri tenha interesse nela -, em compensação a filha é uma verdadeira pestinha, já botando as garras de fora cedo, mostrando toda a sua acidez e cinismo. Não vou mentir, mesmo achando ela muito folgada e pirracenta, eu me diverti com o deboche dela e acho que se souberem dosar, será interessante de ver a interação entre ela e a Arte.
Bom, as mudanças já foram feitas e nada não ao menos no lado da comédia a menina promete, ainda mais se a protagonista mantiver o espírito esportivo que é natural dela, pra engolir os sapos que a pecinha vai tentar jogar. Acredito sim que ela deve ter um pano de fundo mais dramático envolvendo a família e o porque de ela ser daquele jeito, mas não enxergo um tratamento muito pesado nisso, então aguardemos para ver.
Agradeço a quem leu este artigo e até a próxima pessoal!