Se você for procurar “mulher forte” no dicionário, não se surpreenda se encontrar o retrato da bela Jing Xialian. Não só ela se mostra uma competidora forte, tanto mentalmente quanto em habilidade, como também se mostra merecedora de participar dessa grandiosa corrida. E sinceramente, acho bem capaz dela sair vitoriosa no final.

Antes de tudo eu já vou logo avisando que meus conhecimentos sobre a história dos EUA não são nada invejáveis. Pior ainda é o meu conhecimento sobre carros, então não espere por algo informativo. Aliás, vou ser igual um cego no meio da estrada, as referências vão passar sobre mim e nem serei capaz de ver a placa de quem me atropelou.

Confesso que me interessei pelo anime porque supostamente seria uma “corrida maluca”, e olhe, de fato é mesmo. Aquilo que havia de mais interessante no desenho se mantém aqui. Quero dizer, tanto a parte “maluca” como também a diversidade de carros e pilotos.

Se percebe aqui essa variedade logo de cara olhando para as diversas culturas, nacionalidades, etnias, sexos, etc. Sejam samurais, cowboys, indígenas, europeus, japoneses, americanos, negros, chineses ou mesmo mulheres. Tem de tudo.

Aliás, muito diferente de uma Penélope Charmosa, aqui temos uma mulher realmente forte e capaz. Ainda que ela não tenha esse tipo de charme feminino, ela possui um charme que eu diria ser ainda mais belo. E é sobre essa bela mulher que irei comentar.

E que baita mulher!

O grande problema do episódio foi o confronto da Jing com um corredor. O nome dele é David aliás, e não se culpe se não decorou o nome dele. Eu também não. Ele é o típico babaca sem graça, mas ele não tem importância. Isso pois o real objetivo da Jing era mostrar o seu valor e não ser melhor do que ele.

Era mostrar o seu valor e ser reconhecida. Porém não para receber aplausos e elogios, nada mais é que um reconhecimento merecido e justo. Injusto é ser julgado por ser alguém que não se é. E a Jing sabe bem quem é e do que é capaz, mas foi após conhecer o Appare que ela começou a ter mais confiança em si mesma.

Ainda assim é claro que também que se trata de um orgulho pessoal. Muitas vezes se pensa no orgulho como algo negativo, pois se deve priorizar o bem comum, aliás essa visão coletivista é típica dos japoneses. Talvez o individualismo, o egoísmo tenha sim algo de ruim, mas é uma necessidade humana afirmar e defender a própria individualidade.

Mas se não teve coletivismo aqui, então teve pura camaradagem. Ela teve a ajuda de amigos, o que não é nenhum demérito por sinal. A relação deles de companheirismo vai tornar a corrida muito mais interessante.

Coisa que já pode vir no próximo episódio, talvez com tempo de trabalhar alguns outros personagens. O Dylan é um deles que poderia ter mais destaque. Se quiser trabalhar melhor os personagens ou ir direto, isso cabe ao anime. Estou de acordo com ambas as opções.

A Jing pode ter se apoiado em outros para dar seu salto, mas voou com as próprias asas. Ela se recusou a ajuda que poderia ter dado uma vitória fácil, e aceitou o desafio de frente. Carregando seu orgulho pela pista de corrida e dando tudo de si ainda que em desvantagem, mostrando que vai ser uma oponente digna de se enfrentar.

Aliás, acho que uma das coisas que tornam essa personagem tão louvável é o fato dela estar cheia de medo, de receios, de vontade e de muita determinação. Isso é tudo muito contraditório, e é isso que a diferencia do Appare por exemplo. Claro que ele é incrível de uma forma diferente, mas ela é muito mais “humana”.

Então isso nos faz querer torcer por ela. Não somente nessa corrida aqui, como na corrida transamericana. Na verdade eu realmente estou torcendo por ela. E acho que ela pode ganhar, não apenas por ter mostrado aqui do que é capaz, mas porque o anime não precisa que o Appare vença no final ainda que ele seja o protagonista.

Agora, se ela vai ganhar eu não sei, mas ela é capaz. E como já deixei claro, a minha torcida ela já conquistou. E que venha logo a corrida, é o que todos esperamos. Até mais.

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