O que começou com uma tentativa desesperada de fugir da tristeza e da solidão, acabou se transformando em paixão. Obvio que mais cedo ou mais tarde, Kazuya nutriria sentimentos por sua namorada alugada. Ele sabe muito que está cruzando uma linha que não deveria ser passada. Vale lembrar também que a própria Chizuru tem consciência que não pode cruzar a linha que separa o serviço prestado por ela do envolvimento pessoal com os clientes.

Existem uma série de regras que as “namoradas de aluguel” devem seguir para que se possa evitar que o cliente comece a achar que pode realmente ter um namoro sério com qualquer garota que preste tais serviços. Afim de que a história se movimentasse, o casal principal acaba quebrando, mesmo sem querer, algumas regras. Fora isso teve circunstâncias que fazem que o Kazuya e a Chizuru manterem a farsa de que são namorados de verdade.

Toda vez que eles vão contar a verdade surge um “fato novo” que os fazem andar para trás. Toda a armação criada pelas suas avós, embora desconfortável para ambos, é um esforço genuíno de aproxima-los ainda mais. Nem toda boa intenção acaba levando a uma boa ação. Por mais bem intencionadas que fossem, elas se intrometeram na vida de seus netos.

Chizuru pode brigar muito com o protagonista (com razão na grande maioria das vezes) mas é gentil com o mesmo sempre quando necessário. Tal gentileza por parte dela foi um dos pontos fundamentais para que ele se apaixonasse verdadeiramente pela namorada alugada. É  um caminho sem volta, mas que foi escolha do próprio protagonista. O grande desafio agora é conseguir fazer que seus sentimentos sejam compreendidos e correspondidos pela amada.

 

A cena emblemática do episódio embora tenha focado num momento íntimo do Kazuya, é simbólica por representar um conflito interno entre o desejo carnal e o amor genuíno. É evidente que ele admire a beleza física de sua namorada alugada, mas não se limita apenas a isso. Com relação a sua ex-namorada, o lado carnal aparenta se sobressair mais do que outros aspectos que envolvem uma relação amorosa.

É clichê mas é verdade quando afirmam que não temos total controle dos nossos sentimentos. Para o bem ou para o mal, eles são estimulados nas mais variadas situações da vida. Porém, cada pessoa tem a escolha de querer levar adiante (ás vezes até as últimas consequências) seus sentimentos, ou de lutar contra os mesmos. Seria mais conveniente para nosso (nada) heroico protagonista não admitir para si mesmo que possui interesses românticos pela heroína principal da série. Mas o mesmo pelo menos tem coragem de admitir o que verdadeiramente sente.

A Chizuru não é uma pedra gelo como pressupõe o Kazu-kun, mas a diferença entre os dois é a maturidade. Ela sabe como lidar com os seus clientes, e também sabe até onde deve ir na condição de namorada de aluguel. Em outras palavras, ela separa o trabalho da vida pessoal. Todavia, vai ficar cada vez mais complicado separar por completo o trabalho da sua vida pessoal quando o cliente for o Kazuya, pois desde o começo situações de cunho pessoal já se misturaram a relação contratual que os dois firmaram.

Por fim, o fato da Chizuru deixar o protagonista dormir no mesmo quarto demonstra que ela não se incomoda tanto com sua presença, e também mostra que há confiança da parte dela para com ele. De modo geral foi um episódio divertido, e que houve uma pequenina progressão graças ao fato do Kazuya começar a ver a namorada alugada com outros olhos.

Obrigado a todos que leram esse artigo, e até a próxima!

 

 

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