Um episódio que clareou um pouco as coisas, mas, ainda assim, vacilou em outras e mal teve ação, o que é uma pena, pois é na porrada que GOH se cria.

A mudança no regulamento foi um artifício de roteiro dos mais preguiçosos e instantâneos, pois ainda que não desgoste da ideia (até curti), foi abrupta e muito conveniente para incluir os protagonistas.

Eu preferia que eles tivessem disputado outras eliminatórias e tivessem se classificado através delas, mas tudo bem, a ideia de grupo pode ser bem interessante se bem aproveitada e o contexto, o conflito entre os organizadores e a Nox, dá margem a “combinações”.

Aliás, que bom que falaram mais da organização de oposição e até apareceu o avô do Jin, mas tem uma coisa que me incomodou, além de ter achado uma desculpa esfarrapada.

Me causa estranheza porque eles já têm poderes especiais, mas se esses poderes não vêm dos deuses, se não são Chaeyeok, então de onde vem?

Podiam ter aproveitado a oportunidade para explicar, mas não fizeram nada disso, pelo contrário, só aumentaram o número potencial de candidatos a abrir a fechadura.

Chaeyeok não é mesmo Nem e nem sua explicação me agradou porque tenho a impressão de que esse tipo de fonte de força, de deuses e criaturas que não são conhecidas, da margem a muita arbitrariedade, o famoso poder tirado do nada, para não dizer c*.

Eu já imagino a conveniência que vai ser quando o trio principal conseguir usar esse poder, porque eles devem conseguir, é só chegarem ao nível dos caras que administram o torneio e eles vão chegar lá.

Sobre a apresentação dos novos personagens não tenho nada de interessante a comentar, nem sobre os tais Seis, que não entendi direito a utilidade. Eles são os manda-chuvas da organização por trás do torneio? Um deles é o cabeça, então deve ser por aí…

Para alcançar o objetivo Nox vai precisar lidar com eles e já começou a fazer isso, mas a gente sabe quem vai ser o fiel da balança, o trio, e até aí nenhum problema, o que incomoda é o quão raso está isso.

A infiltração da Nox está em andamento e o início do torneio de verdade deve ir abrindo o problema para os lutadores, a intenção claramente é fazer uma peneira com a garotada para encontrar as chaves.

Acho que o erro consiste na aparente desconexão do meio, Chaeyeok, para chegar a esse objetivo e tudo o que já vimos dos poderes especiais dos jovens, além da trama ainda estar bem rasa. É só poder e pronto?

Por que essas duas facções querem poder? Por que uns moleques são a chave para obtê-lo? Como é que funciona esse lance de poderes especiais que não o Chaeyeok? Precisava de um episódio sem graça feito esse sexto?

Sei que essas perguntas ainda podem, diria até que algumas devem, ser respondidas, mas o anime está na metade e pelo que mostrou até agora não deve se preocupar em esmiuçar esses tópicos e aí definir uma base sólida e “lógica”, além de criativa.

O roteiro é medíocre, quase tudo que rola é clichê e nada empolga na trama, ainda mais sem ação. Aliás, a produção é o único quesito consistente, seguro, do anime, pois sempre entrega o prometido e vai além, empolgando um pouco em momentos bem pontuais.

Eu sei que esse foi só um episódio de transição entre arcos, mas isso não justifica a manutenção de certos problemas, além da falta de aprofundamento e lógica em alguns pontos. Enfim, que ao menos os embates tornem o produto mais interessante de consumir.

Até a próxima!

Comentários