Um episódio tranquilo, mas nem por isso ruim. É hora de Major 2nd no Anime21!

A “fugidinha” das garotas foi, de certa forma, banalizada com a cena em que elas conversam sobre a juventude, sobre tirar um tempinho do basebol para viver outras experiências. Lembrar disso faz sentido após dias exaustivos de jogos e a perspectiva de jogar esperando não vencer, mas não nego que esperava uma razão mais profunda para elas terem “fugido” . Tendo ou não, entendo a calmaria promovida no episódio, e até que curti ela.

O treino dos arremessadores foi interessante por baixar um pouco a adrenalina da Mutsuko e mostrar a desolação dela pelo espaço “perdido” para a Chisato. Não que a Mutsuko seja de falsa modéstia, e também não é orgulhosa, ela me pareceu mais descontente por não ter mais tanto da confiança do Daigo depositada nela. Porque quer a pessoa queira ou não, é normal criar expectativas quando ocorre algo que “estreita” uma relação como a deles.

Uma relação em que ela ama unilateralmente e o Daigo é, infelizmente, o estereótipo mais tapado de mangá shonen possível… Menos mal que esse ponto não incomoda na maior parte do tempo e há espaço para evolução. Não que tenha visto sinal disso, nem que fosse a intenção. Ao menos a atmosfera criada não foi desperdiçada mesmo assim, foi agradável o clima um tanto melancólico desse episódio frente a alguns incômodos, principalmente de quatro garotas.

A Chisato já ganhou um espacinho, saiu no lucro, e eu gostei do que isso propiciou, além de ter dado um espaço que o Nishina precisava receber. Não que ele mereça mais a vaga de titular que a Mutsuko, mas se ela era a segurança para avançar, ele pode ser o algo diferente que permita ao menos a Furin sonhar, pois até agora nada indicou que dará mesmo para vencer. Aliás, não seria inusitado se perdessem a semifinal? E a Michiru que (re)apareceu no final, o que ela fará?

Enfim, a Mutsuko corando sempre é uma fofura, mas o que há a comentar sobre o amor dela pelo Daigo? Honestamente? Nada. Prefiro elogiar a leveza, mas nem tanto, do episódio, provocada muito pela chuva e a possibilidade de adiamento da partida. Por um momento pensei mesmo que o time fosse ter tempo de se recuperar, mas não, a intenção é ir a fundo nas adversidades e espremer coisas que nem o próprio time sabe que pode dar. E aí faço umas perguntas…

E se não perderem a semi, mas perderem a final por causa do desgaste para chegar até ela? Se eles não perderem a final, porém, o que os levará a isso? Acho que a perspectiva se mantém bem interessante, mas espero um equilíbrio maior de adversidades e pontos favoráveis, porque tudo parece muito contra a Furin nesse momento, ainda mais quando a Tao e a Yayoi podem se tornar um ponto de desequilíbrio para o time e, mesmo sem abalos claros, tem o emocional…

Enfrentar uma perspectiva ínfima desanima qualquer um, ainda mais em um grupo com pessoas que têm um histórico não muito favorável nesse aspecto. Se a Anita não se recuperou totalmente, o mesmo vale para o Tanba e não acho mesmo que o Nishina fará seu trabalho sem contratempos. Menos mal que não parecem haver questões em aberto, mas problemas ainda devem (re)surgir, tanto com personagens que já mostraram fragilidades, quanto com os que não.

Por fim, achei legal ver as meninas se preocupando com outras coisas que não o basebol, para variar, mas a gente sabe que isso não vai durar muito, como também sabemos que uma evolução real da relação dos protagonistas dificilmente ocorrerá em breve. De tal forma, o que sobra é o torneio e o que ele reserva. A Michiru vai ajudar ou aparecer como jogadora do time adversário (o que me pareceria meio forçado)? O que o Daigo bolará para conseguir chegar a final?

Tudo isso tendo primeiro que jogar em um campo encharcado, com uma titularidade dividida e tantas outras adversidades que deverão aparecer. Após um episódio mais.morno, mas nem por isso ruim, vamos ver como tudo vai se desenrolar. Eu não entendi tão bem as peças dispostas no tabuleiro, mas acredito na capacidade do autor e da direção de aproveitar as fragilidades dos personagens, mas também aquilo em que evoluíram. E vamos ver onde entra a Michiru.

Até a próxima!

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