Continuando com esse arco de revelações e descobertas do passado de cada um dos protagonistas, chega finalmente o momento do Zen, o magnata grosseiro que no fundo é legal e só estava atrás da sua “alma gêmea” perdida – que neste episódio foi oficialmente encontrada.

Acredito que embora tenha tido alguns baixos, no geral esse episódio foi bom por explorar melhor a relação entre o CEO e a Presidente. Para a surpresa de zero pessoas, ela de fato era a pessoa a quem ele procurava exaustivamente por exatos 17 anos e curiosamente a sua salvadora na infância – dividindo um pouco os papeis.

Assistindo a tudo na condição de um não jogador do game de origem, tive a impressão de que correram um pouco para revelar de vez o laço que unia os dois e explicar ao menos o necessário no processo. Embora eu tenha compreendido o que vi, penso que esse rush atrapalhou um pouco a carga dramática da história deles, que me pareceu ser mais intensa do que foi mostrada, mas ao menos nos permite criar empatia com o Zen – caso ainda não goste muito da figura dele.

Enfim, depois de enganados pela suposta proposta de fazer um programa bobo de variedades, ambos tem a infeliz oportunidade de reviverem vários momentos de sua difícil vida como cobaias da Black Swan e de sabe se lá quem mais. Se por um lado ela continua ignorando que tem poderes como todos os outros que vai encontrando, ao menos já leva a sério as visões que tem, independente desse reconhecimento pessoal.

Algo que continua martelando em minha mente, é o quão longe os vilões precisam ir para despertar a Rainha. Bom, já entendi que eles precisam do elemento nostalgia para seu objetivo e que as situações de risco ativam a habilidade latente dela de manipular e descontrolar o evol alheio, porém mesmo assim, eles exageram na dose de violência e não existe uma preocupação sobre o bem estar físico dela.

Notem que na cena da perseguição, eles não cessam os ataques mesmo quando a moça recebe em cheio o impacto daquela bola de fogo e isso me leva a questionar a utilidade dessa rainha e como funciona essa mudança nela – por acaso a cidadã é imortal? Fica a dúvida.

Ao menos isso me serviu para perceber que ela pode conceder habilidades diferentes a outros Evolvers, que de certa forma derivam ou se conectam ao seu poder central, vide os buracos negros criados pelo Zen – cujo poder de controle do tempo justificariam a extensão para portais dimensionais.

Falando na ação, outro destaque não positivo aqui foi exatamente a queda na animação, especialmente visível nesse trecho, mas que não comprometeu tanto o conjunto, apenas alertando para possíveis outras falhas nos episódios restantes – o que espero não acontecer com frequência.

Voltando ao foco principal, o que marca a ligação entre o Zen e a Presidente acho que é a coisa do destino, que no caso deles não parece abrir brecha para fugas, vide o “sacrifício” dela. Ela já o tinha salvo uma vez e mesmo revivendo esse momento ciente do que aconteceria, mais uma vez ele perde a oportunidade de evitar que ela se machuque.

Levando em conta esse acontecido, eu já consigo entender o motivo dele optar por manter a jovem no escuro, quanto as armações da Black Swan e tudo o que cerca o passado deles. Além do fato de um erro ter afastado os dois por 17 longos anos, ele também tem ciência de que mesmo tendo poder, ele não tem controle sobre tudo, então quanto menos envolvimento ela tiver, menos exposição ao desconhecido.

Do outro lado temos um Simon que discorda, mas aí entra a seguinte questão, ele está querendo proteger a protagonista lhe dando conhecimento para que ela “se vire” como for possível, ou apenas segue o plano dos seus parceiros do mal, com outra intenção particular em mente?

Depois do embate entre esses dois, fiquei curioso para saber o quanto um já sabe sobre o outro em meio a tantas investigações por debaixo dos panos, bem como a interferência dessas informações na relação do grupo a partir de agora. Um é agente duplo, o outro uma ex vitima da organização da qual o primeiro faz parte, será que ambos sabem desse histórico? Vejamos como vai se desenrolar essa mistura.

Para a minha alegria, como não é uma mocinha indefesa – ao menos psicologicamente -, a Presidente já deu o seu parecer sobre a situação e já quer retomar as suas investigações com mais afinco do que antes e agora contando com o apoio de suas memórias recém adquiridas – e uma ajudinha da sua clarividência, que como eu disse antes, já está sendo levada a sério, mesmo sem um domínio completo.

Ela não é nenhuma revolução no molde do gênero e ainda recai em alguns clichês, mas tem crescido e se mostrado uma mulher forte e que sabe o que quer, então espero que a construção dela siga se desenvolvendo positivamente, principalmente agora que o enredo caminha para suas resoluções finais e para o perigo verdadeiro – que mais do que nunca, vai requerer sua força interna.

No mais acho que esse foi um bom episódio, dentro do que foi exposto e eu consegui entender. Espero que os próximos consigam explicar mais coisas relacionadas aos mistérios jogados e que dê para ir fechando isso sem grandes lacunas.

As premonições da rainha estão ficando cada vez mais pesadas…

Agradeço a quem leu e até o próximo ataque da Black Swan!

 

 

 

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