Baseado em uma novel, Ikebukuro West Gate Park vem com a missão de nos convencer sobre como uma história de gangues e drogas pode ser legal, através da jornada de um cidadão que protege os seus diariamente, no meio da violência oculta da cidade grande.

A introdução agitada, com perseguições, gangues coloridas e organizadas, logo me trouxe uma atmosfera muito similar a que vi em Durarara. Apesar do esqueleto parecido e das histórias se passarem no mesmo lugar, as semelhanças acabam por aí, já que IWGP – abreviando pra facilitar – é muito mais simplória e óbvia com os seus personagens e mesmo a trama, ao menos pelo que constatei nessa estreia.

Por hora fomos introduzidos apenas a gangue dos G-Boys, aparentemente caracterizados pela cor azul – minha favorita, por isso já gostei deles – e os protetores da ordem em Ikebukuro. Do jeito deles, todo o grupo é bem organizado pelo líder Takashi e apoiado pelo nosso protagonista Makoto, que conhece cada ser vivente da cidade.

Diferente do que eu imaginei, Makoto é um cara simpático, divertido e competente quando o assunto é investigar ou resolver problemas. Com a sua influência, ele auxilia a polícia, os G-Boys e qualquer outra pessoa que lhe solicite, desde que isso garanta o bem estar e a paz local, sempre buscando a forma mais cautelosa e precisa para fazê-lo.

Algo que achei interessante nele, mesmo com o seu papel de protetor do lugar, é a sua personalidade simples. Ele não é idealista, justiceiro ou perfeitinho, sendo apenas um humano decente como qualquer outro, com suas falhas e virtudes, trabalhando para melhorar tudo ao seu redor sempre que pode – elemento esse que o deixa ainda mais gostável e real.

O episódio em si não apresentou nada de extraordinário, trabalhando em seus 20 minutos, um caso de tráfico de drogas ilegal, cuja atividade vitimou a mãe de uma garotinha bem doida – e incendiária.

Embora eu não tenha achado o ritmo da história ruim, acredito que ela foi bem simplificada no desenvolvimento, não havendo muitos problemas a se vencer, ou mesmo maiores explicações sobre o esquema dos bandidos e afins.

Makoto e os G-Boys sempre pareciam estar um passo a frente dos inimigos, e mesmo que a intenção da direção fosse mostrar as capacidades do rapaz e dos gangsters, me pareceu muito fácil para eles neutralizarem traficantes que se escondiam tão bem de todos.

O clima do episódio em si é bem tranquilo, ganhando discretamente um gás maior com a aparição de inimigos maiores que se mostraram de relance – na abertura e na cena final -, mas já sugerindo um perigo a se considerar, ainda mais levando em conta o que a sinopse do anime diz.

Com isso, a impressão que fiquei é de que a estreia apenas quis pincelar um Makoto normal, antes do evento que deve mudar sua vida, já nos preparando para entender as transformações pelas quais ele venha a passar, ao longo de sua batalha contra o crime como um vigilante solitário e bem relacionado.

No mais achei a produção bem competente, como era de se esperar da Doga Kobo, exibindo cores vivas, cenários bonitos, uma animação decente – incluindo o CG, que está muito bem mesclado ao resto – e fluida nas cenas de ação, sem contar a boa trilha que acompanha.

Julgando por esse começo, penso que a obra vai pender para um lado mais episódico, onde pequenos acontecimentos vão se interligar para chegar num arco final de caçada aos bandidos, mas seja como for, apenas quero que saia bem feito.

A estreia foi boa e a obra tem bastante potencial, se amarrando a uma temática legal, principalmente para o gênero de mistério e ainda conta com personagens carismáticos para lhe guiar daqui para frente, no que eu acredito sim que ela valha o seu tempo.

Agradeço a quem leu até o fim e nos vemos no próximo artigo!

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