Ter um sonho e lutar para realiza-lo é algo bonito, mas infelizmente nem tudo são flores. Dificuldades e alegrias farão parte da jornada. Se a pessoa alcançará o que deseja ou ficará no meio do caminho, dependerá de uma série de fatores.

Ino Sakura (a protagonista) tem um sonho, que é virar uma idol. Certamente as apresentações de idols pela tv a inspirou em querer se tornar uma idol também. Como ela mora numa cidade do interior, a mesma se dirigiu á Tóquio em busca de seus objetivos.

A ideia de ir para uma cidade grande (geralmente uma capital) segue a lógica que lá existirá mais oportunidades, não importando a área no qual se pretende atuar. Porém, dificilmente uma pessoa que chega a uma cidade grande garante o emprego dos sonhos na primeira tentativa.

Ou no caso do meio do entretenimento, é improvável que um aspirante a artista consiga lotar uma casa de show (se for do meio musical), ou conseguir um grande papel numa peça, novela ou seriado, no caso dos atores/atrizes.

É interessante ver a protagonista e suas companheiras começando por baixo, pois isso soa verossímil, embora a obra seja leve demais para ser muito realista. Mas isso não significa que não há sequer um toque de realidade na história. Esqueça o glamour que uma idol famosa pode desfrutar, aqui, aparentemente acompanharemos o “lado b” da indústria idol, só que de uma maneira bastante leve.

Uma pequena amostra desse lado menos glamuroso do “universo idol” é que o primeiro evento do recém formado grupo das personagens principais foram entregar panfletos de algum mercado. É uma atividade pequena, mas é uma forma de ter contato com as pessoas que, eventualmente, podem vir a serem fãs a médio e longo prazo.

Outra coisa que vale destacar é que as personagens principais estão estrelando uma espécie de documentário/reallity show, onde os telespectadores acompanharão a caminhada delas rumo ao estrelato. A reação de quem viu o primeiro episódio desse programa revela um pouquinho do perfil do público que o assistiu.

Segundo a produtora das meninas, o ponto alto, segundo a audiência, foi quando os seios de uma das personagens apareceram, e o ponto baixo foi quando as meninas sorriram, ou seja, o que o público gostaria de ver mesmo era uma boa dose de baixaria.

Ainda bem ou não (depende do ponto de vista) que a inocência das personagens não permite que elas ajam como participantes do “BBB” (Big Brother Brasil)” e/ou de “A Fazenda” (e similares).

Eu gostei do otimismo inspirador da protagonista, que veio, justamente, injetar uma dose de ânimo nas demais personagens. Outra coisa interessante é que as companheiras de dormitório da Ino fracassaram em suas respectivas áreas. Algo que causou um pouco de choque com a expectativa da protagonista em encontrar veteranas experientes o suficiente para lhe ensinar o necessário para crescer na carreira.

O propósito de salvar o dormitório lembra um pouco Love Live! (nesse anime, a escola é que tinha que ser salva), mas as semelhanças param por aí. No caso de OchiFuru, a iniciativa não partiu das garotas, mas sim da produtora delas.

O fato de existir um desafio a ser enfrentado dar uma certa urgência para a trama, mas como a tônica da série é leve, provavelmente não haverá dramas, apesar do obstáculo imposto que precisa ser vencido.

Acredito no potencial dessa série para ser uma obra divertida e leve, apesar do começo morno. O visual tá ok, a trilha sonora não chamou muita atenção a princípio, a direção não foi ruim, mas longe de ser espetacular, e o roteiro ficou razoável.

No geral, foi uma estreia mediana, e que pode valer a pena acompanhar até o final, caso goste desse tipo de anime. Se não gostou, melhor ir para uma série que combine com seu gosto, pois o tom  desse aqui deve se manter (quase) inalterável do começo até o final.

Agradeço a todos que leram, e até a próxima!

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