That is the Bottleneck (Sore dake ga Neck) é um anime curto do estúdio Toho Interactive Animation (Ninja Collection) que conta a história de Mutou, um protagonista de rosto misterioso e personalidade “sombria”.

A construção do mistério foi algo que curti nesse curta, apesar de ter sido bem simples. Primeiro o público é apresentado ao Otsuka, aquele que nos dá um ponto de vista, e depois aparece o verdadeiro protagonista, o Mutou, um cara alto e prestativo do qual o Otsuka nunca via o rosto, apesar de passar a respeitá-lo.

Logo fica claro (é um curta, não havia tempo a perder mesmo) que o mistério do rosto nortearia o episódio e que havia algo de errado com o Mutou. Por quê? Por causa do rosto. Nem me atentei para a possibilidade da comida ser um sinal de que, na verdade, ele não era tão gente boa assim.

Afinal, fica a impressão de que ele matou o Otsuka e usou sua carne para rechear o onigiri. Estou errado? E se for mesmo o caso, Mutou seria o vilão e não o mocinho? Não que isso importe, pois a ideia me parece ser mexer com o horror dessa forma menos clara, mas ao mesmo tempo não totalmente sutil.

A cena em que o Otsuka se assusta vendo o rosto do Mutou deixa a curiosidade no público e dá a entender que mais pessoas podem sumir caso queiram ver seu rosto e vejam, então o publico já sabe que mais cenas, mais momentos de tensão desse tipo, devem ocorrer. De outra forma, o anime não vai ter “graça”.

O encerramento foi outra coisa que gostei nesse anime, porque ele pode ser só a repetição do título, mas é diferente do que ocorre no final, dá uma ideia até normal em comparação ao que é seu protagonista e o que ele faz com quem vê seu rosto. Dá um contraste interessante que consegui curti.

Por fim, That is the Bottleneck você pode assistir no Crunchyroll, sai as segundas e tem menos de 4 minutos. É uma história simples, mas que se sai bem nesse território particular do horror/terror japonês. A título de curiosidade, a direção é de Noburo Iguchi, que trabalhou na segunda temporada de Yami Shibai e Sekai no Yami Zukan, além do live-action de Aku no Hana (masterpiece do meu autor favorito, Shuzo Oshimi).

Até a próxima!

P.S.: Sim, o título faz referência ao filme dirigido e estrelado pelo Mel Gibson que tenho certeza que vi, mas lembro bem pouco, e é baseado em um livro que nunca li.

Comentários