D4DJ First Mix – BanG Dream! para DJs – Primeiras impressões
D4DJ é da Bushiroad, a mesma produtora de BanG Dream!, e é seguindo os passos de uma das maiores franquias musicais da atualidade que as garotas DJs buscam seu espaço ao sol. Tem cantoria, performance e mixagem, além de muita fofura e diversão. Embarca comigo nessa jornada?
Na história conhecemos Aimoto Rinku, uma garota que desde pequena viveu em uma ilha remota na África, mas voltou ao Japão para fazer o colegial. Na escola em que estuda ela conhece Akashi Maho e acaba sendo tragada para o universo das DJs, algo com o qual teve uma conexão na infância. Rinku e Maho conseguirão realizar seus sonhos usando a mesa de som?
O conceito de D4DJ é interessante, porque mistura o trabalho de DJ a músicas cantadas pelas personagens. Na realidade, é como se fosse mesmo um BanG Dream!, só que ao invés de bandas de rock, foca em DJs, tanto é que elas se reúnem em grupo, criam suas próprias músicas (mas também remixam outras canções) e perseguem seus sonhos. Será que terá concurso de DJs?
Além disso, o estúdio e o tipo de animação são os mesmos de BanG Dream!, a estrutura narrativa é bastante similar também, eu diria que as mudanças são apenas para não escancarar a fata de criatividade. Apesar disso, é inegável que essa fórmula cabe para esse tipo de proposta envolvendo garotas fofas e música, coisas das quais quase todo otaku gosta.
Enfim, Aimoto Rinku não poderia ser uma patricinha dada o ambiente em que foi criada, mas poderia não ser tão doidinha, só que ela é, lembra a líder de uma certa banda de garotas? Sim, ela é uma Kasumi DJ haha. Ao menos a Maho não é tsundere como a Arisa e a construção das personagens e das situações é um pouquinho diferente.
A ideia da escola incentivar o trabalho de DJ é bem interessante, mas por que exatamente DJ? Acaba que é meio inusitada a ideia, mas nada que incomode, diria até que o suporte provido pela escola leva a crer que a prática é considerada uma manifestação de arte produtiva. Imagino que cantar e “performar” tenha a ver com isso, se fosse apenas a mixagem o produto não seria tão atrativo, né.
Gostei das sacadas da direção para favorecer os momentos de comédia (a entrada dela na sala errada e o lance das conchas foram bem divertidos) e do ritmo da produção, além de seu visual. A ideia foi bem embalada, mas essa fórmula “copiada” me incomodou, fiquei com a impressão de que por mais que me divertisse, não havia nada de original ali.
A introdução da protagonista a esse universo dos DJs mesmo foi bem clichê, pelo menos ela é bem objetiva e logo decidiu por entrar de cabeça. Rinku quer virar DJ e pede ajuda a primeira pessoa com a qual conversa sobre o assunto. Até aí nada demais, mas não senti tanta profundidade assim com a abordagem.
Talvez o anime ter estreado mais tarde tenha a ver com isso? Essa “gordura” da introdução foi cortada? Não sei, só sei que a Rinku dá voltinha da felicidade e, diferente da Kasumi, tem uma característica especial, um “poder”. Disso confesso não ter gostado muito, acho que tira justamente essa profundidade da qual senti falta já que a heroína deve ter facilidade em aprender.
A Kasumi da PoPiPa não é um talento nato, mas uma artista que se forjou no esforço e ousadia. Ao menos a ideia da mixagem ser uma arte é razoavelmente bem passada, não é somente passar a mão em cima de um disco, o DJ precisa ser rápido e criativo para fazer seu trabalho, além de ter uma percepção auditiva aguçada. Mexer com as músicas acaba sendo um trabalho artístico, né? Apesar das ressalvas, achei a estreia decente.
Por fim, gostei do encerramento e acho que seria ainda mais legal se trocassem a música a ser remixada a cada episódio. Imagino que exista um concurso similar ao de BanG Dream!, só que com DJs, e o sonho da Maho seja vencê-lo. Sem querer querendo a Rinku deve ajudá-la com sua habilidade enquanto entra cada vez mais nesse mundo de mesas de som.
Até a próxima!