Se você está achando que meu título se refere a Mari, ERRRROOOUUU! – como diria o Faustão. Notem que além da imagem reveladora, coloquei o nome em parênteses, mas por um único motivo, eu me refiro a mãezona moral do anime, a madura e dócil Rei.

Como não esperado de uma garotinha nos seus 10 anos, ela carrega a família nas costas – psicologicamente -, mantendo o equilíbrio e a união da melhor forma que pode. O que pega nisso tudo porém, é o quanto ela paga por esse árduo dever, já que essa dedicação exige bastante da sua pequena cabecinha.

O episódio passado pincelou o assunto e de fato eles cumpriram com o que eu esperava, dando continuidade as questões da menina, de uma forma breve – pelo tempo -, mas não menos satisfatória e bonitinha.

Jotaro é o tipo de pai esforçado que ama incondicionalmente sua filha e faz o que pode pela mesma, porém dentro de uma pequena condição, estar ciente dos problemas dela. Embora amoroso, sua concentração no trabalho o impede de enxergar minuciosamente o comportamento da Rei e acompanhá-la de perto em alguns momentos – onde ele falha.

Ela por sua vez, protege o pai de qualquer mínimo evento que o tire de seu foco, através de seu silêncio, uma ação nobre e ao mesmo tempo perigosa. Minha amiga tem um ditado que eu carrego para vida: “Quem tem pena do coitado, fica no lugar dele”, o que é uma verdade quando a pessoa utiliza o seu sentimento de compaixão da forma incorreta.

A princesa samurai pode ajudar seu pai e incentivá-lo? Sempre, isso só mostra o quão incrível ela é como filha e ser humano. O problema em questão é que o ginasta fica alheio a sua casa e a menina impede o pai de fazer um de seus papéis, que é o de cuidar da sua cria e aproveitar as fases de seu crescimento – consequentemente sabotando o seu também enquanto uma criança.

Esse gesto a coloca em uma posição de vulnerabilidade, visto que ela absorve os problemas do pai e os seus, ao mesmo tempo. É bem verdade que o bullying praticado pelos coleguinhas dela eram até que bobinhos se comparado a outras ofensas, mas para uma criança qualquer negativismo impacta e com ela não poderia ser diferente – mesmo com toda a resiliência natural de sua pessoa.

Uma cena bem curiosa nesse trecho é quando os meninos vão pirraçar a Rei, pois quando as outras colegas decidem ir a favor dela, elas acabam meio que piorando a situação com aquela sinceridade desnecessária, apontando o erro deles e alfinetando indiretamente a quem estavam tentando defender – confirmando que lá no fundo, elas não estavam tão distantes dos moleques no fator falta de empatia com a amiguinha.

Dado os fatos, achei bem legal a forma como o Leo se envolveu na vida da menina, respeitando o espaço dela até onde era possível e agindo no lugar daqueles que não podiam, como a Mari – até então sua parceira – e o próprio Jotaro. A Ayu também foi importante como uma conselheira e ajudante dos dois, no que gosto da forma como ela começa a ser aproveitada, para além da gal que só se enfeita e exagera no jeito.

Ainda que pareça idiota – e de fato ele é – o Leo tem certa noção das coisas e sabe ouvir quando necessário, qualidades feitas sob medida para alguém como a filha do protagonista, que é sozinha e precisava de uma vávula de escape. Por ser enérgico escandaloso e solar, ele capta fácil a atenção das pessoas e desvia a atenção dos “buliçosos”, chamando em contra ponto a atenção da Rei.

Obviamente a intenção dele era fazer a amiga se soltar, mas a bichinha acabou foi explodindo. Se escolhendo caminhos doidos o plano parecia não dar certo para ele, no final acabou funcionando porque tirou dela as frustrações que a impediam de sorrir e tentar dialogar de outro modo com a turma.

Toda a situação transformou o ninja no irmão mais velho super protetor que a pequena menina madura nunca teve, mas agora está feliz em ganhar porque pode contar com ele para manter o elo familiar, o que para ele também é bom.

Vencido o obstáculo da Rei, não sei qual os próximos rumos da história, só que com o próximo campeonato chegando, o Jotaro tem muito a fazer. Nesse meio tempo ele ainda quer descobrir o que prende o Leo a sua pessoa, mistério esse que fica estranho pelo fato de ele não contar absolutamente nada sobre si mesmo.

Ao meu ver, se fosse questão de pura admiração, alguém doido como ele teria confessado isso sem dificuldade alguma, mas a insistência dele com o Joe sem motivos, é uma incógnita estranha e instigante. Enfim, Gymnastics Samurai continua bom e fico ansioso para ver o que mais trarão.

Agradeço a quem leu e nos vemos na próxima!

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